O avanço da Covid-19 sobre os povos indígenas amazônicos: A extração mineral como vetor da doença e a luta em defesa dos territórios

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Farias, Michelle Cristina
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Jardim Wanderley, Luiz
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ambientes (Francisco Beltrão)
Texto Completo: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/26939
Resumo: O presente artigo tem o objetivo de analisar se as minerações e os garimpos no entorno e dentro de Terras Indígenas atuaram como importantes vetores de propagação da Covid-19 na Amazônia. E ainda, identificar as estratégias de luta de diferentes povos indígenas e de organizações indígenas nacionais em defesa dos territórios e por medidas efetivas do governo federal para salvaguardar os povos frente à pandemia.  A partir de avaliações qualitativas e quantitativas de dados do SESI, RAISG e da APIB, rela­tórios de pesquisa, mas também em reportagens publicadas durante 2020, constatamos que o garimpo se portou um dos principais meios de penetração e alastramento do vírus em Terras Indígenas. Deter­minadas regiões de saúde indígena registraram entre 20% e 25% da população contaminada, em feverei­ro de 2021. Quatro a cinco vezes mais que a média nacional. Além disso, as atividades minerais já vinham tornando mais vulneráveis as populações indígenas ao provocarem novas doenças, que funcionam co­mo comorbidades frente à Covid-19. Por fim, o temor de propagação da doença e o grande avanço das atividades ilegais em TIs fizeram os povos indígenas realizarem ações de autodefesa, expulsões de inva­sores, campanhas de mobilização e medidas jurídicas para proteger os territórios e pressionar o Estado por políticas públicas.
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