Análise estrutural de ocorrências de gossans associadas à grafita-xistos do complexo metamórfico porongos

• Autor(a) principal: Silva, Marly Aparecida da
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/914
• topic: Mapeamento geológico; Magnetometria; Gossan; Geological mapping; Magnetometry

Os Gossans são formações supergênicas resultantes da alteração de rochas sulfetadas, tendo sido utilizados na prospecção dos metais base Zn, Cu, Ag entre outros. O estudo dos Gossans associados aos Grafita-Xistos do Complexo Metamórfico Porongos teve como principal objetivo compreender a relação estrutural destas rochas com as encaixantes. A área de estudo está inserida no Domo de Santana da Boa Vista, unidade estrutural do Complexo Metamórfico Porongos. Neste trabalho foram utilizadas análise estrutural e magnetometria de campo. A análise estrutural foi realizada a partir da definição dos aspectos geométricos das estruturas, envolvendo análise descritiva e aquisição de atitudes das estruturas planares e lineares. Os dados foram tabelados e foram gerados diagramas estereográficos, mapas estruturais e geofísicos para análise e compreensão espacial dos dados. As amostras coletadas em campo foram descritas e todas as informações foram organizadas em banco de dados georreferenciado. Os valores do Campo Magnético Total (nT) adquiridos em campo foram corrigidos da variação diurna. Os mapas magnetmométricos permitem a identificação de anomalias magnéticas lineares orientadas na direção N55E associadas ao Gossan. Através do estudo geológico-estrutural, realizado na escala 1:5.000, foram identificados cinco litotipos com suas respectivas estruturas planares e lineares formadas sob condições dúcteis e rúpteis. A análise estrutural mostrou que a foliação metamórfica e o plano axial das dobras ocorrem na direção NE-SW e os eixos das dobras mergulham para SW. Já as fraturas possuem orientação preferencial NW-SE, com moderado a alto ângulo de mergulho. O estudo macroscópico do Gossan mostrou que a Goethita botroidal ocorre nos boxworks deixados pela dissolução de pirita. A hematita, às vezes oxidada, foi identificada na porção maciça do Gossan. Na fácies brechada, predominam os Grafita-Xistos intensamente afetados pela alteração hidrotermal, com sílica ou carbonato como cimentos. As fraturas apresentam forte oxidação. Foram identificados sulfetos apenas nas fraturas dos Grafita-Xistos que afloram nas drenagens, parcialmente poupados da oxidação. O estudo mostra que a mineralização dos Gossans é associada aos planos axiais das dobras da foliação S1 e também nos planos de fratura de direção NW.