A pobreza que infesta a cidade: os pequenos mendigos e “esmoleiros mirins”, e as representações da miséria em Caxias do Sul na década de 1970
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de História & Ciências Sociais |
Texto Completo: | https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10690 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo analisar de forma qualitativa as representações construídas em reportagens e crônicas de jornais sobre crianças em situação de rua da cidade de Caxias do Sul na década de 1970. Procura situar as diferentes formas de controle e os discursos de moralização construídos durante a ditadura civil-militar brasileira em torno das camadas sociais consideradas como potencialmente perigosas, vistas inclusive como um problema para a segurança nacional do país. Produtos de uma ordem social degradante, os “esmoleiros mirins” e pequenos mendigos que habitavam o centro da cidade de Caxias do Sul eram temidos e representados nas fontes jornalísticas de forma sensacionalista e degradante. A estigmatização da pobreza, reforçada em diversas crônicas e reportagens através da construção de estereótipos negativos, funcionava como uma representação social da infância que desconsiderava as estratégias de sobrevivência precária daquelas crianças e de suas famílias. |
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A pobreza que infesta a cidade: os pequenos mendigos e “esmoleiros mirins”, e as representações da miséria em Caxias do Sul na década de 1970Infância. Pobreza. Ditadura civil-militar brasileira.O presente trabalho tem como objetivo analisar de forma qualitativa as representações construídas em reportagens e crônicas de jornais sobre crianças em situação de rua da cidade de Caxias do Sul na década de 1970. Procura situar as diferentes formas de controle e os discursos de moralização construídos durante a ditadura civil-militar brasileira em torno das camadas sociais consideradas como potencialmente perigosas, vistas inclusive como um problema para a segurança nacional do país. Produtos de uma ordem social degradante, os “esmoleiros mirins” e pequenos mendigos que habitavam o centro da cidade de Caxias do Sul eram temidos e representados nas fontes jornalísticas de forma sensacionalista e degradante. A estigmatização da pobreza, reforçada em diversas crônicas e reportagens através da construção de estereótipos negativos, funcionava como uma representação social da infância que desconsiderava as estratégias de sobrevivência precária daquelas crianças e de suas famílias.Editora da FURG2016-08-11info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/1069010.14295/rbhcs.v8i15.379Revista Brasileira de História & Ciências Sociais; v. 8 n. 15 (2016): Infância, Juventude e Família (Jan-Jun/2016); 89-1062175-3423reponame:Revista Brasileira de História & Ciências Sociaisinstname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSporhttps://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10690/6965Copyright (c) 2016 Franciele Becherinfo:eu-repo/semantics/openAccessBecher, Franciele2020-01-09T22:29:48Zoai:periodicos.furg.br:article/10690Revistahttps://periodicos.furg.br/rbhcsPRIhttps://periodicos.furg.br/rbhcs/oai||jcs.cardozo@gmail.com2175-34232175-3423opendoar:2020-01-09T22:29:48Revista Brasileira de História & Ciências Sociais - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
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