A Nápoles de Luciano de Crescenzo em Così parlò Bellavista: topoanálise do espaço mítico e do real
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/190795 |
Resumo: | O presente estudo realiza a topoanálise da obra italiana Così parlò Bellavista: Napoli, amore e libertà [Assim falou Bellavista: Nápoles, amor e liberdade], lançada em 1977, pelo escritor italiano Luciano de Crescenzo. Nesse romance, o autor explora Nápoles por meio das observações filosóficas do professor de Filosofia Gennaro Bellavista, juntamente de seus amigos e conterrâneos napolitanos. Desse modo, analisamos a configuração literária da cidade por meio dos espaços denotativos e conotativos presentes nos diálogos dos personagens. Ademais, como Bellavista exacerba as qualidades de Nápoles, buscamos verificar como o aspecto mítico e o aspecto utópico se aplicam no discurso do professor sobre ela. Além disso, buscamos estudar como a presença da Filosofia na estrutura da obra, por meio dos diálogos platônicos e da argumentação de Bellavista, é um meio de configurar a cidade e seus habitantes. Verificamos também como o hibridismo, isto é, a presença de gêneros textuais advindos da tradição oral e de cunho humorístico, é uma outra forma de explorar a cidade ao passo que também a caracteriza por meio do riso. Para tais investigações, utilizamos principalmente as reflexões teóricas de Brandão (2013) e Borges Filho (2007) relativas ao espaço. Para os conteúdos sobre Nápoles, baseamo-nos nas obras de Palumbo, Ponticello (2014) e D’ambrosio (s/d). No que tange à Filosofia, nortearam nossa pesquisa Souza (2018) e De Crescenzo (2012). Os aspectos sobre o Mito e sobre a Utopia foram baseados em Da Tavola (1985) e Vieira (2010), respectivamente. Sobre hibridismo, guiamo-nos pelas reflexões de Bahktin (2002) e, por fim, sobre o riso, utilizamos os estudos de Bergson (1983) e Minois (2002). Concluímos que o espaço em Così parlò Bellavista não só correspondente à cidade empírica de Nápoles, mas também confere aos personagens aspectos socioeconômicos, filosóficos e éticos, interligando-os positivamente a tal espaço. Além disso, ele é exaltado exacerbadamente por Bellavista, caracterizando a sua perspectiva mediante o que nomeamos de “mítico-utópica”. |
id |
UNSP_0510b2fedf165a91fe69fcc9f267a216 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unesp.br:11449/190795 |
network_acronym_str |
UNSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNESP |
repository_id_str |
2946 |
spelling |
A Nápoles de Luciano de Crescenzo em Così parlò Bellavista: topoanálise do espaço mítico e do realThe Naples of Luciano de Crescenzo in Così parlò Bellavista: topoanalysis of the mythical and real spaceNápolesLuciano De CrescenzoTopoanáliseFilosofiaHibridismoNaplesTopoanalysisPhilosophyHybridismNapoliTopoanaliseIbridismoO presente estudo realiza a topoanálise da obra italiana Così parlò Bellavista: Napoli, amore e libertà [Assim falou Bellavista: Nápoles, amor e liberdade], lançada em 1977, pelo escritor italiano Luciano de Crescenzo. Nesse romance, o autor explora Nápoles por meio das observações filosóficas do professor de Filosofia Gennaro Bellavista, juntamente de seus amigos e conterrâneos napolitanos. Desse modo, analisamos a configuração literária da cidade por meio dos espaços denotativos e conotativos presentes nos diálogos dos personagens. Ademais, como Bellavista exacerba as qualidades de Nápoles, buscamos verificar como o aspecto mítico e o aspecto utópico se aplicam no discurso do professor sobre ela. Além disso, buscamos estudar como a presença da Filosofia na estrutura da obra, por meio dos diálogos platônicos e da argumentação de Bellavista, é um meio de configurar a cidade e seus habitantes. Verificamos também como o hibridismo, isto é, a presença de gêneros textuais advindos da tradição oral e de cunho humorístico, é uma outra forma de explorar a cidade ao passo que também a caracteriza por meio do riso. Para tais investigações, utilizamos principalmente as reflexões teóricas de Brandão (2013) e Borges Filho (2007) relativas ao espaço. Para os conteúdos sobre Nápoles, baseamo-nos nas obras de Palumbo, Ponticello (2014) e D’ambrosio (s/d). No que tange à Filosofia, nortearam nossa pesquisa Souza (2018) e De Crescenzo (2012). Os aspectos sobre o Mito e sobre a Utopia foram baseados em Da Tavola (1985) e Vieira (2010), respectivamente. Sobre hibridismo, guiamo-nos pelas reflexões de Bahktin (2002) e, por fim, sobre o riso, utilizamos os estudos de Bergson (1983) e Minois (2002). Concluímos que o espaço em Così parlò Bellavista não só correspondente à cidade empírica de Nápoles, mas também confere aos personagens aspectos socioeconômicos, filosóficos e éticos, interligando-os positivamente a tal espaço. Além disso, ele é exaltado exacerbadamente por Bellavista, caracterizando a sua perspectiva mediante o que nomeamos de “mítico-utópica”.This study conducts the topoanalysis of the Italian work Così parlò Bellavista: Napoli, amore e libertà [Thus Spoken Bellavista: Naples, love and liberty], published in 1977, by the Italian writer Luciano de Crescenzo. In this novel, the author explores Naples through the philosophical observations of the philosophy teacher Gennaro Bellavista, along with his friends and Neapolitan countrymen. Therefore, we analyzed the literary configuration of the city through the denotative and connotative spaces present in the dialogues of the characters. Moreover, as Bellavista exacerbates the qualities of Naples, we researched how the mythic aspect and the utopian aspect are applied in the teacher's discourse about the city. Furthermore, we studied how the presence of the Philosophy in the structure of the work, through the platonic dialogues and in the Bellavista's arguments, is a way of setting up the city and its inhabitants. We also analyzed how the hybridity of the work, namely the presence of textual genres from oral tradition with humorous nature, is another way of exploring the city while also characterizing it through laughter. For such investigations, we mainly used the theoretical reflections of Brandão (2013) and Borges Filho (2007) related to space. For the content about Naples, we based our analysis on the works of Palumbo, Ponticello (2014) and D'ambrosio (s / d). Regarding the philosophy, our research was mainly guided by Souza (2018) and De Crescenzo (2012). Aspects about Myth and Utopia were based on Da Tavola (1985) and Vieira (2010), respectively. On Hybridism, we were guided by the reflections of Bahktin (2002) and, finally, on laughter, we based our studies on Bergson (1983) and Minois (2002). We conclude that the space in Così parlò Bellavista not only corresponds to the empirical city of Naples, but also features the characters under socioeconomic, philosophical and ethical aspects, positively interconnecting them to such space. Besides that, it is also exacerbated by Bellavista, characterizing his perspective by means of what we called “mythic-utopian”.Questo studio fa la topoanalise dell'opera italiana Così parlò Bellavista: Napoli, amore e libertà, pubblicata nel 1977, dallo scrittore italiano Luciano de Crescenzo. In questo romanzo, l'autore esplora Napoli attraverso le osservazioni filosofiche dall’insegnante Gennaro Bellavista, insieme ai suoi amici e compaesani napoletani. In questo modo, analizziamo la configurazione letteraria della città mediante gli spazi denotativi e connotativi presenti nei dialoghi dei personaggi. Inoltre, perchè Bellavista esagera le qualità di Napoli, cerchiamo di analizzare come l'aspetto mitico e l'aspetto utopico si applicano nel discorso dell'insegnante sulla città. In aggiunta a questo, cerchiamo di studiare come la presenza della Filosofia nella struttura dell'opera, attraverso i dialoghi platonici e gli argomenti di Bellavista, sia un mezzo per configurare la città e i suoi abitanti. Abbiamo ricercato anche come l’ibridismo, ovvero la presenza di generi testuali della tradizione orale di natura umoristica, sia un altro modo di esplorare la città e allo stesso tempo caratterizzarla mediante il riso. Per tali indagini, utilizziamo principalmente le riflessioni teoriche di Brandão (2013) e Borges Filho (2007) relative allo spazio. Per i contenuti su Napoli, ci siamo basati sulle opere di Palumbo, Ponticello (2014) e D'ambrosio (s/d). Per quanto riguarda la Filosofia, la nostra ricerca è stata guidata principalmente da Souza (2018) e De Crescenzo (2012). Aspetti sul Mito e sul Utopia sono basati su Da Tavola (1985) e Vieira (2010), rispettivamente. Sull'ibridismo, siamo guidati dalle riflessioni di Bahktin (2002) e, infine, sul riso (il comico), abbiamo letto gli studi di Bergson (1983) e Minois (2002). Abbiamo concluso che lo spazio in Così parlò Bellavista non solo corrisponde alla città empirica di Napoli, ma anche conferisce ai personaggi aspetti socioeconomici, filosofici ed etici, collegandoli positivamente a tale spazio. In più di questo, viene esaltato esageratamente da Bellavista, caratterizzando la sua analisi da una prospettiva che chiamiamo "mitico-utopica".Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ramos, Maria Celeste Tommasello [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Bueno, Matheus dos Santos2019-10-21T20:37:36Z2019-10-21T20:37:36Z2019-10-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19079500092618633004153015P22167995922283328porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-27T06:06:24Zoai:repositorio.unesp.br:11449/190795Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T16:05:41.813869Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A Nápoles de Luciano de Crescenzo em Così parlò Bellavista: topoanálise do espaço mítico e do real The Naples of Luciano de Crescenzo in Così parlò Bellavista: topoanalysis of the mythical and real space |
title |
A Nápoles de Luciano de Crescenzo em Così parlò Bellavista: topoanálise do espaço mítico e do real |
spellingShingle |
A Nápoles de Luciano de Crescenzo em Così parlò Bellavista: topoanálise do espaço mítico e do real Bueno, Matheus dos Santos Nápoles Luciano De Crescenzo Topoanálise Filosofia Hibridismo Naples Topoanalysis Philosophy Hybridism Napoli Topoanalise Ibridismo |
title_short |
A Nápoles de Luciano de Crescenzo em Così parlò Bellavista: topoanálise do espaço mítico e do real |
title_full |
A Nápoles de Luciano de Crescenzo em Così parlò Bellavista: topoanálise do espaço mítico e do real |
title_fullStr |
A Nápoles de Luciano de Crescenzo em Così parlò Bellavista: topoanálise do espaço mítico e do real |
title_full_unstemmed |
A Nápoles de Luciano de Crescenzo em Così parlò Bellavista: topoanálise do espaço mítico e do real |
title_sort |
A Nápoles de Luciano de Crescenzo em Così parlò Bellavista: topoanálise do espaço mítico e do real |
author |
Bueno, Matheus dos Santos |
author_facet |
Bueno, Matheus dos Santos |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Ramos, Maria Celeste Tommasello [UNESP] Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bueno, Matheus dos Santos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Nápoles Luciano De Crescenzo Topoanálise Filosofia Hibridismo Naples Topoanalysis Philosophy Hybridism Napoli Topoanalise Ibridismo |
topic |
Nápoles Luciano De Crescenzo Topoanálise Filosofia Hibridismo Naples Topoanalysis Philosophy Hybridism Napoli Topoanalise Ibridismo |
description |
O presente estudo realiza a topoanálise da obra italiana Così parlò Bellavista: Napoli, amore e libertà [Assim falou Bellavista: Nápoles, amor e liberdade], lançada em 1977, pelo escritor italiano Luciano de Crescenzo. Nesse romance, o autor explora Nápoles por meio das observações filosóficas do professor de Filosofia Gennaro Bellavista, juntamente de seus amigos e conterrâneos napolitanos. Desse modo, analisamos a configuração literária da cidade por meio dos espaços denotativos e conotativos presentes nos diálogos dos personagens. Ademais, como Bellavista exacerba as qualidades de Nápoles, buscamos verificar como o aspecto mítico e o aspecto utópico se aplicam no discurso do professor sobre ela. Além disso, buscamos estudar como a presença da Filosofia na estrutura da obra, por meio dos diálogos platônicos e da argumentação de Bellavista, é um meio de configurar a cidade e seus habitantes. Verificamos também como o hibridismo, isto é, a presença de gêneros textuais advindos da tradição oral e de cunho humorístico, é uma outra forma de explorar a cidade ao passo que também a caracteriza por meio do riso. Para tais investigações, utilizamos principalmente as reflexões teóricas de Brandão (2013) e Borges Filho (2007) relativas ao espaço. Para os conteúdos sobre Nápoles, baseamo-nos nas obras de Palumbo, Ponticello (2014) e D’ambrosio (s/d). No que tange à Filosofia, nortearam nossa pesquisa Souza (2018) e De Crescenzo (2012). Os aspectos sobre o Mito e sobre a Utopia foram baseados em Da Tavola (1985) e Vieira (2010), respectivamente. Sobre hibridismo, guiamo-nos pelas reflexões de Bahktin (2002) e, por fim, sobre o riso, utilizamos os estudos de Bergson (1983) e Minois (2002). Concluímos que o espaço em Così parlò Bellavista não só correspondente à cidade empírica de Nápoles, mas também confere aos personagens aspectos socioeconômicos, filosóficos e éticos, interligando-os positivamente a tal espaço. Além disso, ele é exaltado exacerbadamente por Bellavista, caracterizando a sua perspectiva mediante o que nomeamos de “mítico-utópica”. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-10-21T20:37:36Z 2019-10-21T20:37:36Z 2019-10-03 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11449/190795 000926186 33004153015P2 2167995922283328 |
url |
http://hdl.handle.net/11449/190795 |
identifier_str_mv |
000926186 33004153015P2 2167995922283328 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNESP |
collection |
Repositório Institucional da UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808128607002820608 |