Dicamba e 2,4-D aplicados isoladamente ou em mistura em culturas sensíveis

• Autor(a) principal: Precipito, Laís Maria Bonadio
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/250822
• topic: herbicidas auxínicos; deriva; culturas sensíveis; sinergismo; fitoxicidade; auxinic herbicides; drift; sensitive crops; synergism; phytotoxicity

No mercado, há cultivares agrícolas que possibilitam a aplicação de herbicidas auxínicos em pós emergência da cultura. Um exemplo disso é a tecnologia Enlist®, que permite o uso de 2,4-D, glyphosate e amônio-glufosinate e a tecnologia Intacta2 Xtend®, que possui tolerância ao dicamba e ao glyphosate. Mesmo doses baixas de herbicidas auxínicos têm grande potencial de causar fitointoxicação de culturas comerciais sensíveis, sendo esta, uma preocupação para produtores que não adotam essas tecnologias ou ainda, aqueles que possuem culturas sensíveis próximas aos produtores que utilizam essas tecnologias. A eficiência das doses letais desses herbicidas é conhecida, mas o efeito de subdoses precisa ser mais explorado. Em vista da disponibilidade dessas tecnologias no campo, sendo uma cultura tolerante ao herbicida 2,4-D e outra ao dicamba, as plantas sensíveis ficam expostas à deriva desses herbicidas. O objetivo do trabalho desenvolvido foi estudar a complementaridade de subdoses dos herbicidas 2,4-D e dicamba quanto à intoxicação de culturas sensíveis. O presente trabalho foi dividido em dois estudos, sendo o primeiro denominado como escolha da planta bioindicadora. Foi conduzido um ensaio de curva de dose-resposta com plantas de tomate (Solanum lycopersicum), beterraba (Beta vulgaris) e pepino (Cucumis sativus) aplicando diferentes doses do herbicidas 2,4 -D e dicamba. Foram aplicadas nove doses dos herbicidas 2,4-D e dicamba, sendo a dose mais elevada equivalente a 40% da dose recomendada nas instruções, e as demais doses correspondentes a 20%, 10%, 5%, 2,5%, 1,25%, 0,625%, 0,3125% e 0 da dose recomendada. As quantidades de herbicidas utilizadas foram as seguintes: 2,4-D (0; 0,014; 0,028; 0,057; 0,114; 0,2727; 0,455; 0,909 e 1,819 mol ha-1) e dicamba (0; 0,010; 0,020; 0,041; 0,081; 0,163; 0,326; 0,651; 1,303 mol ha-1), com cinco repetições totalizando 27 tratamentos, sendo o estudo repetido em dois diferentes momentos. No segundo estudo, foi testado a sensibilidade do pepino aos herbicidas 2,4-D e dicamba isolados e em mistura complementar. Foram aplicadas, subdoses dos herbicidas em 40%, 20%, 10%, 5%, 2,5% e 1,25% da dose de 1,5 L p.c. ha-1 dos herbicidas 2,4-D e dicamba isolados e em mistura complementar, em um segundo experimento foram selecionadas novas subdoses para estudo do efeito da complementaridade dos herbicidas 2,4-D e dicamba isolados e em mistura, a fim de demonstrar a sinergia dos herbicidas quanto a redução de massa seca e maior sensibilidade da cultura a um determinado herbicida, foi utilizado os tratamentos: Testemunha: 0; Tratamento 1: 0,20 Mol ha-1 2,4-D + 0 Mol ha-1 dicamba; Tratamento 2: 0,15 Mol ha-1 2,4-D + 0,05 Mol ha-1 dicamba; Tratamento 3: 0,10 Mol ha-1 2,4-D + 0,10 Mol ha-1 dicamba; Tratamento 4: 0,05 Mol ha-1 2,4-D + 0,015 Mol ha-1 dicamba; Tratamento 5: 0 Mol Mol ha-1 2,4-D + 0,20 Mol ha-1 dicamba. Com base no comportamento da variável analisada em função das doses e sensibilidade da espécie, em que o aumento da dose proporcionou redução gradual e efetiva, a espécie de pepino se demonstrou mais adequada para realização de estudo posteriores. Pode-se concluir que há redução no acúmulo de massa seca de plantas de pepinos quando submetidos a aplicação de dicamba e 2,4-D isolados e em mistura, e que o aumento das doses dos herbicidas dicamba e 2,4-D isolados e em mistura favorecem o aumento da fitotoxicidade e redução do acúmulo de massa seca de plantas de pepino. Utilizando pepino como planta indicadora, os herbicidas 2,4-D e dicamba apresentaram efeitos aditivos ou sinergísticos em termos de intoxicação e redução da biomassa.