Cineclube Boitatá

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Siscar, Marcos Antonio [UNESP]
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Atividades_Art_stico-Culturais/Trabalho04.htm
http://hdl.handle.net/11449/148101
Resumo: O Cineclube Boitatá é uma atividade artístico-cultural sem fins lucrativos desenvolvida no Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da UNESP, Câmpus de São José do Rio Preto. Sua fundação teve lugar há nove anos, mas as atividades desenvolvidas atualmente são fruto da retomada de atividades ocorrida no final de 1996. O objetivo principal do Cineclube é o de apresentar filmes de arte que normalmente não têm espaço no circuito comercial de cinema da cidade. A proposta que orienta a condução do Cineclube é a de que a escolha desses filmes deve priorizar seu conteúdo artístico e sua motivação questionadora da realidade. Paralelamente à programação artística, o Cineclube promove ainda palestras e debates relacionados com o tema dos filmes, participando inclusive de atividades acadêmicas locais como as Semanas de Letras. Desde que a nova diretoria foi empossada, no início de 1997, por iniciativa de alguns docentes, a programação do Cineclube obedece a uma sistemática mensal de organização por "ciclos", orientados pelo tema, pelo diretor, pela nacionalidade ou pelo gênero comuns aos filmes. A prerrogativa da escolha dos temas e dos filmes que constituem os ciclos é aberta a qualquer pessoa, da comunidade universitária ou exterior, desde que esteja adequada aos objetivos fundadores do Cineclube. Para a divulgação da programação, o Cineclube conta com uma publicação mensal de circulação interna, o "Boletim do Boitatá", e com a publicação do programa no jornal "Diário da Região". A diretoria, composta por professores, alunos e membros da comunidade externa, conta hoje com o apoio do Centro Acadêmico de Letras (na organização cotidiana dos eventos e no custeio de xerox), com a direção do Instituto (para a reserva semanal de um auditório e uso de equipamentos) e com uma videolocadora (para o empréstimo de fitas, uma vez que os filmes são atualmente projetados em telão de vídeo). O Cineclube sobrevive, assim, sem praticamente nenhum tipo de patrocínio, unicamente graças à boa vontade e à persistência dos envolvidos. No passado, a Diretoria do Instituto chegou a apoiar o Cineclube reembolsando o aluguel de fitas e seu transporte; esse apoio não tem se renovado nos últimos tempos. Apesar das dificuldades, os responsáveis têm acreditado no potencial cultural e educativo desse tipo de presença artística dentro do Campus e têm mantido a regularidade das atividades. Isso só foi possível graças ao envolvimento dos alunos. Estes monitoram e, atualmente, executam a maior parte do processo, uma vez instaurada uma relação de confiança e sublinhada a necessidade de responsabilidade por parte dos voluntários. Constatou-se que o compromisso dos alunos é essencial para o bom andamento das iniciativas, já que os docentes arcam normalmente com outros deveres e não podem encarregar-se da divulgação e implementação das atividades. Os principais beneficiados pelas atividades do Cineclube têm sido tradicionalmente os alunos de Letras, público mais constante, embora toda comunidade do Instituto e externa participe por ocasião de algumas iniciativas. O resultado, pelo menos no que se pode julgar junto aos primeiros, é de um aprofundamento da idéia de iniciativa pessoal (dada a democratização regulada da concepção dos programas) e da necessidade da participação comunitária no sentido de se garantir certas conquistas. O papel pedagógico da fruição dos filmes e das discussões sobre a história e a estética cinematográficas não é desprezível, ao ponto de alguns espectadores mencionarem a programação do Cineclube como fonte para o início de uma reflexão sobre a arte. Os benefícios para a Universidade poderiam ser encontrados, assim, tanto na melhoria do desempenho acadêmico de alguns alunos quanto no aprimoramento da convivência dentro do Câmpus, sem mencionar o fortalecimento da idéia da Universidade como espaço de iniciativas que, por não proporcionarem retorno econômico imediato, não teriam existência fora dali. A comunidade externa, que tem no Cineclube uma opção ímpar de lazer e de educação, certamente estará se beneficiando de maneira mais consistente na medida em que o Cineclube conseguir, com o apoio necessário, adequar seus horários à demanda da maioria e encontrar um meio mais eficaz de divulgação.
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Desde que a nova diretoria foi empossada, no início de 1997, por iniciativa de alguns docentes, a programação do Cineclube obedece a uma sistemática mensal de organização por "ciclos", orientados pelo tema, pelo diretor, pela nacionalidade ou pelo gênero comuns aos filmes. A prerrogativa da escolha dos temas e dos filmes que constituem os ciclos é aberta a qualquer pessoa, da comunidade universitária ou exterior, desde que esteja adequada aos objetivos fundadores do Cineclube. Para a divulgação da programação, o Cineclube conta com uma publicação mensal de circulação interna, o "Boletim do Boitatá", e com a publicação do programa no jornal "Diário da Região". A diretoria, composta por professores, alunos e membros da comunidade externa, conta hoje com o apoio do Centro Acadêmico de Letras (na organização cotidiana dos eventos e no custeio de xerox), com a direção do Instituto (para a reserva semanal de um auditório e uso de equipamentos) e com uma videolocadora (para o empréstimo de fitas, uma vez que os filmes são atualmente projetados em telão de vídeo). O Cineclube sobrevive, assim, sem praticamente nenhum tipo de patrocínio, unicamente graças à boa vontade e à persistência dos envolvidos. No passado, a Diretoria do Instituto chegou a apoiar o Cineclube reembolsando o aluguel de fitas e seu transporte; esse apoio não tem se renovado nos últimos tempos. Apesar das dificuldades, os responsáveis têm acreditado no potencial cultural e educativo desse tipo de presença artística dentro do Campus e têm mantido a regularidade das atividades. Isso só foi possível graças ao envolvimento dos alunos. Estes monitoram e, atualmente, executam a maior parte do processo, uma vez instaurada uma relação de confiança e sublinhada a necessidade de responsabilidade por parte dos voluntários. Constatou-se que o compromisso dos alunos é essencial para o bom andamento das iniciativas, já que os docentes arcam normalmente com outros deveres e não podem encarregar-se da divulgação e implementação das atividades. Os principais beneficiados pelas atividades do Cineclube têm sido tradicionalmente os alunos de Letras, público mais constante, embora toda comunidade do Instituto e externa participe por ocasião de algumas iniciativas. O resultado, pelo menos no que se pode julgar junto aos primeiros, é de um aprofundamento da idéia de iniciativa pessoal (dada a democratização regulada da concepção dos programas) e da necessidade da participação comunitária no sentido de se garantir certas conquistas. O papel pedagógico da fruição dos filmes e das discussões sobre a história e a estética cinematográficas não é desprezível, ao ponto de alguns espectadores mencionarem a programação do Cineclube como fonte para o início de uma reflexão sobre a arte. Os benefícios para a Universidade poderiam ser encontrados, assim, tanto na melhoria do desempenho acadêmico de alguns alunos quanto no aprimoramento da convivência dentro do Câmpus, sem mencionar o fortalecimento da idéia da Universidade como espaço de iniciativas que, por não proporcionarem retorno econômico imediato, não teriam existência fora dali. A comunidade externa, que tem no Cineclube uma opção ímpar de lazer e de educação, certamente estará se beneficiando de maneira mais consistente na medida em que o Cineclube conseguir, com o apoio necessário, adequar seus horários à demanda da maioria e encontrar um meio mais eficaz de divulgação.Universidade Estadual Paulista (UNESP)Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de Estudos Linguísticos e Literários, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas de São José do Rio PretoUniversidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de Estudos Linguísticos e Literários, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas de São José do Rio PretoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Siscar, Marcos Antonio [UNESP]2017-01-18T15:22:21Z2017-01-18T15:22:21Z2001info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Atividades_Art_stico-Culturais/Trabalho04.htmhttp://hdl.handle.net/11449/148101PROEXreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporCongresso de Extensão Universitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-10-22T18:06:01Zoai:repositorio.unesp.br:11449/148101Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:02:21.341918Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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