Neoplasia em glândula uropigial em Periquito-Australiano (Melopsittacus undulatus): relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, José Gabriel Calhari dos [UNESP]
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Padua, Daniela Borges [UNESP], Kataoka, Felipe [UNESP], Soares Junior, José Carlos [UNESP], Garcia, Sérgio Diniz [UNESP], Maran, Tais Lobo [UNESP]
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/243565
Resumo: Introdução: A glândula uropigial está localizada na base da cauda das aves e está presente na maioria das espécies. Este aparato holócrino produz substância oleaginosa, que possui a função de revestir pele e penas e apresenta propriedades antimicrobianas e antifúngicas. Tumores nesta glândula acometem principalmente os periquitos-australianos e canários, podendo ser carcinomas, e adenomas. Relato de caso: Deu entrada no Hospital Veterinário ‘Luiz Quintiliano de Oliveira’, o animal Quitinho, apresentando apatia, hiporexia, bicamento local e neoformação esférica de 1 cm de diâmetro, com ulceração, em região de glândula uropigeana. Foi administrado tramadol 5mg/kg IM e meloxicam 0,3mg/kg IM. Posteriormente foi realizado o procedimento de punção aspirativa por agulha fina (PAAF), que confirmou o diagnóstico de adenocarcinoma. Foram prescritos dipirona 25mg/kg/TID VO 5 dias, meloxicam 0,3 mg/kg/ SID VO 3 dias e rifamicina tópica. Durante o procedimento cirúrgico, foi realizada a remoção da glândula junto à neoplasia. Após 10 dias, houve cicatrização completa do foco, os pontos de sutura foram retirados e o paciente recebeu alta médica. Discussão: O método utilizado para o diagnóstico foi a PAAF, pois de acordo com Robat et al. (2017), em neoplasias de aves a PAAF deve ser utilizada sempre que viável, por seu potencial diagnóstico, rapidez, baixa morbidade e baixo custo. Neste caso, foi realizada a remoção cirúrgica total da glândula junto à neoplasia. Devido à ausência de evidência de metástases, não foram administrados quimioterápicos como tratamento principal ou coadjuvante; além disso, doses seguras e eficazes de quimioterapia e a frequência de utilização em aves ainda não são estabelecidas. Conclusão: O tratamento cirúrgico adotado neste caso se mostrou altamente eficaz, sendo ele a primeira escolha na maioria das neoplasias em glândula uropigial. Após 5 meses do tratamento, não houve evidências de recidivas ou metástases e o paciente apresentava bom estado geral.
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