Sensibilidade in vitro de Colletotrichum spp. associados a Citrus sinensis a fungicidas triazois (DMI) e suas combinações às estrobilurinas (QoI)

• Autor(a) principal: Salgado, Gabriel Henrique dos Santos Silva
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/202855
• topic: Podridão floral dos citros; Fungitoxicidade; Inibidores da desmetilação; Inibidores da quinona oxidase; Demethylation inhibitors; Prostbloom fruit drop; Fungitoxicity; Quinone oxidase inhibitors

Espécies de Colletotrichum coexistem na forma patogênica, endofítica e como saprófita em centenas de espécies de plantas frutíferas, cereais, grãos, hortaliças e ornamentais. Em citro, são responsáveis por perdas em pós-colheita e principalmente durante o florescimento de laranjeiras doces, que sob ambiente favorável pode causar enormes queda na produção. No Brasil, Colletotrichum abscissum e C. gloeosporioides sensu stricto são responsáveis pela doença podridão floral dos citros (PFC). Há indicações de outras espécies também associadas à doença, especialmente C. karstii. O controle da doença é feito por meio de aplicações dos fungicidas tebuconazol e difenoconazol (DMIs), ou sua combinação às estrobilurinas (QoI), especialmente trifloxistrobina e azoxistrobina. Neste trabalho foi avaliada a sensibilidade in vitro de espécies de Colletotrichum associadas a laranjeiras doces no Estado de São Paulo. Os fungicidas avaliados foram tebuconazole, difenoconazole, e formulações comerciais destes fungicidas associados a azoxistrobina e trifloxistrobina, nas concentrações 0,01, 0,1, 1, 10 e 100 µg mL-1. A avaliação consistiu na determinação da inibição do crescimento das colônias, a partir da qual foi determinado a porcentagem de inibição do crescimento das colônias (PIC), e concentraçao inibitória efetiva (CE50). Para interpretação dos resultados foi também aplicado análise de regressão dos dados. Constatou-se que todas as espécies de Colletotrichum avaliadas foram altamente sensíveis aos fungicidas avaliados, sendo demonstrado sua sensibilidade in vitro. Todas as espécies de Colletotrichum avaliadas mostraram-se mais sensíveis às combinações de trifloxistrobina e tebuconazole que aos trizóis isoladamente. Tais resultados indicaram que, em que pese o uso recorrente e sistemático de fungicidas DMI e QoI no controle das diversas doenças associadas aos citros, no Estado de São Paulo, como PFC e Pinta preta (Phyllosticta citricarpa), a eficiência dos mesmos mantém-se inalterada no manejo das espécies de Colletotrichum associadas a Citrus sinensis.