Efeitos de doses subletais do imidaclopride no cérebro, ventrículo e túbulo de Malpighi de Apis melifera africanizada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rossi, Caroline de Almeida [UNESP]
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/87683
Resumo: Uma preocupação atual consiste no uso indiscriminado de muitas substâncias sintéticas no controle de pragas na agricultura. Estudos atuais indicam que algumas dessas substâncias podem estar envolvidas em casos de intoxicação de insetos, como as abelhas, que são fundamentais em muitas culturas, devido à atividade de polinização realizada por elas. No Brasil, um dos inseticidas mais usados nas culturas de café, citrus, algodão e cana-de-açúcar é o imidaclopride, que apresenta ação neurotóxica para os insetos. Seus metabólitos circulam por todo o organismo e entram em contato com diversos órgãos. A exposição a doses subletais deste inseticida pode provocar mudanças na fisiologia e no comportamento das abelhas, sendo que tais alterações podem ser mais intensas ou não, dependendo do período de exposição. Dessa maneira, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da exposição crônica a doses subletais (DL50/100, DL50/50 e DL50/10) do inseticida imidaclopride, no cérebro, ventrículo e túbulo de Malpighi de Apis mellifera africanizada. Para isso os órgãos estudados das abelhas expostas e dos controles foram submetidos a análises morfológica, histoquímicas e imunocitoquímica, após 1, 3, 5, 7 e 10 dias de exposição. No cérebro das abelhas expostas foi possível observar alterações morfológicas, histoquímicas e imunocitoquímicas nos lobos ópticos de todos os grupos expostos, enquanto que nos corpos pedunculados observou-se tais alterações apenas no grupo exposto à DL50/10. Já nos lobos antenais as alterações não foram observadas. No ventrículo das abelhas de todos os grupos expostos ao inseticida, a análise morfológica permitiu observar de uma maneira geral um aumento na quantidade de células eliminadas no lúmen, na quantidade de secreção apócrina eliminada no lúmen e na quantidade de halos pericromatínicos nas células...
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A exposição a doses subletais deste inseticida pode provocar mudanças na fisiologia e no comportamento das abelhas, sendo que tais alterações podem ser mais intensas ou não, dependendo do período de exposição. Dessa maneira, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da exposição crônica a doses subletais (DL50/100, DL50/50 e DL50/10) do inseticida imidaclopride, no cérebro, ventrículo e túbulo de Malpighi de Apis mellifera africanizada. Para isso os órgãos estudados das abelhas expostas e dos controles foram submetidos a análises morfológica, histoquímicas e imunocitoquímica, após 1, 3, 5, 7 e 10 dias de exposição. No cérebro das abelhas expostas foi possível observar alterações morfológicas, histoquímicas e imunocitoquímicas nos lobos ópticos de todos os grupos expostos, enquanto que nos corpos pedunculados observou-se tais alterações apenas no grupo exposto à DL50/10. Já nos lobos antenais as alterações não foram observadas. No ventrículo das abelhas de todos os grupos expostos ao inseticida, a análise morfológica permitiu observar de uma maneira geral um aumento na quantidade de células eliminadas no lúmen, na quantidade de secreção apócrina eliminada no lúmen e na quantidade de halos pericromatínicos nas células...The indiscriminate use of synthetic chemicals to control pests in agriculture is not a new concern. Recent studies indicate that some of these substances are involved in cases of poisoning bees, which are fundamental in many cultures due to the activity of pollination. In Brazil, an insecticide widely used on crops of coffee, citrus, cotton and sugar cane, is imidacloprid, which is neurotoxic to insects. However, its metabolites circulate throughout the body and come into contacting with another organs. Exposure to sublethal doses of this insecticides causes changes in physiology and behavior of bees, and these changes can be more intense depending on exposure period. Therefore, this study aimed to evaluate the effects of chronic exposure to sublethal doses (DL50/100, DL50/50 and DL50/10) of imidacloprid in the brain, midgut and the Malpighian tubules of africanized bees (Apis mellifera). For this, the organs of treated and untreated bees were subjected to morphological, histochemical and immunocytochemical techniques, dissecting the bees after 1, 3, 5, 7 and 10 days. In the brains of exposed bees it was possible to observe morphological, histochemical and immunocytochemical alterations on optic lobes of all bees, whereas in the mushroom bodies, alterations was observed only in the group exposed to DL50/10. The antennal lobe presented no alterations after the treatment in all doses. In the midgut of all exposed groups of bees, morphological analysis showed in general an increase in the number of digestive cells and apocrine secretion eliminated in the lumen and in the number of peripherical chromatin halos were also increased. The histochemical techiniques confirmed the presence of pyknotic nuclei, showing the presence of nuclear fragments and degenerated areas in cytoplasm of digestive cells. The immunocytochemical technique showed no presence of positive nuclei for Tunel reaction in ... (Complete abstract click electronic access below)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Malaspina, Osmar [UNESP]Roat, Thaise C. [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Rossi, Caroline de Almeida [UNESP]2014-06-11T19:22:58Z2014-06-11T19:22:58Z2011-04-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis101 f. : il., tabs.application/pdfROSSI, Caroline de Almeida. Efeitos de doses subletais do imidaclopride no cérebro, ventrículo e túbulo de Malpighi de Apis melifera africanizada. 2011. 101 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2011.http://hdl.handle.net/11449/87683000647626rossi_ca_me_rcla.pdf33004137046P475385560855058190000-0002-1650-257XAlephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-11-10T06:10:16Zoai:repositorio.unesp.br:11449/87683Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:17:52.931699Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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