Redes de atenção à saúde para gestantes usuárias de álcool e/ou outras drogas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dal Pogetto, Maíra Rodrigues Baldin [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/134379
Resumo: Os registros do uso de drogas são conhecidos nas mais diversas culturas. No Brasil, o uso de álcool e/ou outras drogas tornou-se grave problema de saúde pública. Existe estimativa de que aproximadamente 90% das mulheres usuárias de drogas estejam em idade fértil. As gestantes usuárias de álcool e/ou outras drogas enfrentam diversos obstáculos no campo social e da saúde, fazendo-se necessário o desenvolvimento de estratégias que minimizem os danos biopsicossociais relacionados, de modo que o modelo de atenção seja focado nas necessidades de saúde dessas usuárias. Ou seja, é necessário que haja um olhar voltado à integralidade e às redes de atenção à saúde, em especial nas áreas de saúde mental e materno-infantil. Este estudo é composto por três artigos: o primeiro constitui revisão integrativa da literatura e buscou identificar na produção científica dos últimos dez anos (2004-2014), evidências sobre a melhor forma de tratamento não medicamentoso para gestantes usuárias de álcool e/ou outras drogas; o segundo artigo objetivou compreender as experiências de gestantes usuárias de álcool e/ou outras drogas atendidas nos serviços públicos de saúde de Botucatu/SP, quanto à gestação e à atenção à saúde recebida e o terceiro artigo teve como objetivo compreender as experiências dos profissionais de saúde que atuam nos serviços públicos de saúde de Botucatu/SP sobre o trabalho em rede para estas gestantes. Estes dois últimos artigos foram estudos do tipo qualitativo, e adotaram como referencial teórico a Teoria das Representações Sociais e como referencial metodológico o Discurso do Sujeito Coletivo. No estudo de revisão da literatura encontrou-se que a participação das gestantes em diversos programas de tratamento, por vezes com oferta de alguma forma de benefício, teve impacto positivo, podendo ser potencial fator de mudança de comportamento. Na perspectiva das gestantes, pôde-se apreender que, a despeito da existência de serviços com diferentes níveis de complexidade no município, voltados ao atendimento em saúde mental e na área materno-infantil e, consequentemente, às gestantes usuárias de álcool e/ou outras drogas, há problemas a serem superados, como perda de oportunidade de atendimento, desenvolvimento de atividades que podem afastar a gestante dos serviços de saúde, inadequação dos serviços e desarticulação entre eles. Quanto aos profissionais de saúde, emergiu sentimento de impotência diante do contexto do uso de drogas, como também a sensação da falta de uma política voltada a elas. Assim, a partir da análise dos três artigos pode-se observar a complexidade envolvida na assistência a esta população, sendo que nos discursos das gestantes e dos profissionais constataram-se dificuldades para o efetivo trabalho em rede de atenção à saúde. São escassos os estudos nesta área, mas algumas iniciativas em programas de tratamento demostram que é possível para estas mulheres manterem-se abstinentes. É necessário que os serviços que assistem estas gestantes se conheçam de forma mais ampla, conheçam os seus propósitos e se comuniquem de maneira efetiva, para que o binômio mãe-bebê sejam assistidos integral e verdadeiramente
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Ou seja, é necessário que haja um olhar voltado à integralidade e às redes de atenção à saúde, em especial nas áreas de saúde mental e materno-infantil. Este estudo é composto por três artigos: o primeiro constitui revisão integrativa da literatura e buscou identificar na produção científica dos últimos dez anos (2004-2014), evidências sobre a melhor forma de tratamento não medicamentoso para gestantes usuárias de álcool e/ou outras drogas; o segundo artigo objetivou compreender as experiências de gestantes usuárias de álcool e/ou outras drogas atendidas nos serviços públicos de saúde de Botucatu/SP, quanto à gestação e à atenção à saúde recebida e o terceiro artigo teve como objetivo compreender as experiências dos profissionais de saúde que atuam nos serviços públicos de saúde de Botucatu/SP sobre o trabalho em rede para estas gestantes. Estes dois últimos artigos foram estudos do tipo qualitativo, e adotaram como referencial teórico a Teoria das Representações Sociais e como referencial metodológico o Discurso do Sujeito Coletivo. No estudo de revisão da literatura encontrou-se que a participação das gestantes em diversos programas de tratamento, por vezes com oferta de alguma forma de benefício, teve impacto positivo, podendo ser potencial fator de mudança de comportamento. Na perspectiva das gestantes, pôde-se apreender que, a despeito da existência de serviços com diferentes níveis de complexidade no município, voltados ao atendimento em saúde mental e na área materno-infantil e, consequentemente, às gestantes usuárias de álcool e/ou outras drogas, há problemas a serem superados, como perda de oportunidade de atendimento, desenvolvimento de atividades que podem afastar a gestante dos serviços de saúde, inadequação dos serviços e desarticulação entre eles. Quanto aos profissionais de saúde, emergiu sentimento de impotência diante do contexto do uso de drogas, como também a sensação da falta de uma política voltada a elas. Assim, a partir da análise dos três artigos pode-se observar a complexidade envolvida na assistência a esta população, sendo que nos discursos das gestantes e dos profissionais constataram-se dificuldades para o efetivo trabalho em rede de atenção à saúde. São escassos os estudos nesta área, mas algumas iniciativas em programas de tratamento demostram que é possível para estas mulheres manterem-se abstinentes. É necessário que os serviços que assistem estas gestantes se conheçam de forma mais ampla, conheçam os seus propósitos e se comuniquem de maneira efetiva, para que o binômio mãe-bebê sejam assistidos integral e verdadeiramenteRecords of drug use are known in many different cultures. In Brazil the use of alcohol and other drugs has become a serious public health problem. There is estimated that approximately 90% of drug users are women of childbearing age. Pregnant women users of alcohol and other drugs face a number of obstacles in the social and health making it necessary to develop strategies to minimize the related biopsychosocial damage focusing the care model on health needs of these users. In another words, it is needed a overlook facing the completeness and health care networks particularly in the areas of mental health, maternal and child. This study consists in three items: the first is an integrative literature review and sought to identify the scientific production of the last ten years (2004-2014), evidence on the best way to non-medication treatment for pregnant women users of alcohol and/or others drugs; the second article aimed to understand the experiences of pregnant women using alcohol and/or drugs treated in the public health services in Botucatu/SP as pregnancy and the health care received; the third study aimed to understand the experiences of health professionals who works in public health services in Botucatu/SP on networking for these pregnant women. The last two items were qualitative studies and adopted as a theoretical reference the Social Representations Theory as a methodological framework and the Collective Subject Discourse. In the literature review study found that the participation of pregnant women in various treatment programs, sometimes to offer some form of benefit, had a positive impact and may be potential behavior change factor. From the perspective of pregnant women, it could apprehend that, despite the existence of services with different levels of complexity in the municipality, aimed at meeting on mental health and maternal and child health and hence to pregnant women users of alcohol and/or other drugs, there are problems to be overcome, such as loss of service opportunity, development activities which can ward off the mother's health services, inadequate services and disarticulation between them. As for health professionals, emerged feeling of powerlessness in the face of the context of drug use, but also the feeling of the lack of a policy to them. Thus, from the analysis of the three articles can observe the complexity involved in assisting this population, and in the speeches of pregnant women and professionals found to difficulties for effective networking of health care. There are few studies in this area, but some initiatives demonstrate treatment programs it is possible for these women remain sexually abstinent. It is necessary for services that assist these pregnant women are known more broadly know their purpose and to communicate effectively, so that the mother-child binomial are fully serviced and truly.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Parada, Cristina Maria Garcia de Lima [UNESP]Borges, Vera Therezinha Medeiros [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Dal Pogetto, Maíra Rodrigues Baldin [UNESP]2016-03-01T12:36:28Z2016-03-01T12:36:28Z2016-02-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/13437900087032533004064078P9porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-04T13:29:19Zoai:repositorio.unesp.br:11449/134379Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-04T13:29:19Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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