Arena conta Zumbi (1965) e Ana, Zé e os escravos (1980): formas de resistência e (re) existência no teatro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Ana Maria Lange
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/192075
Resumo: O teatro, ao longo da história, demonstrou potencialidades e formas distintas para retratar a resistência. Em algumas peças, essas resistências não só são identificáveis no plano textual, como constituem-se também maneiras de existir diante de cenários politicamente desfavoráveis. Este é o caso tanto da peça brasileira Arena conta Zumbi (1965), de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri com músicas de Edu Lobo, quanto da peça angolana Ana, Zé e os escravos (1980), de José Mena Abrantes. O fato de essas obras estarem distantes cronológica e geograficamente, em vez de representar uma inviabilidade metodológica, possibilita uma leitura mais abrangente no rastreamento do processo em épocas e espaços distintos. Propõe-se uma leitura comparativa das peças com o objetivo de observar essas formas possíveis de resistência considerando, para tal, as especificidades da arte teatral e destacando também recursos estéticos como elementos resistentes. Como o teatro é uma arte intermidiática, e a proposta abarca diferentes elementos, optou-se por distribuir esses elementos pelos capítulos dispondo-os em categorias que se complementam. Para isso, recuperou-se os contextos histórico-político-sociais do momento das peças, declarações com relação aos projetos de realização, tópicos envolvidos e registros documentais dos espetáculos. Realizou-se análises cênico-literárias observando a forma, o tema e a potencialidade para o performático. Constatou-se que a resistência pode ser percebida como uma postura política de recusa, uma noção artística, assim como por uma capacidade de sobrevivência e adaptação.
id UNSP_6df38ca0464677a1e7318a09c65e489f
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/192075
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Arena conta Zumbi (1965) e Ana, Zé e os escravos (1980): formas de resistência e (re) existência no teatroArena Zumbi (1965) and Ana, Zé e os escravos (1980): Forms of resistance and (re) existence in the theaterResistênciaTeatroDramaturgia comparada de língua portuguesaTeatro de ArenaJosé Mena AbrantesDramaO teatro, ao longo da história, demonstrou potencialidades e formas distintas para retratar a resistência. Em algumas peças, essas resistências não só são identificáveis no plano textual, como constituem-se também maneiras de existir diante de cenários politicamente desfavoráveis. Este é o caso tanto da peça brasileira Arena conta Zumbi (1965), de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri com músicas de Edu Lobo, quanto da peça angolana Ana, Zé e os escravos (1980), de José Mena Abrantes. O fato de essas obras estarem distantes cronológica e geograficamente, em vez de representar uma inviabilidade metodológica, possibilita uma leitura mais abrangente no rastreamento do processo em épocas e espaços distintos. Propõe-se uma leitura comparativa das peças com o objetivo de observar essas formas possíveis de resistência considerando, para tal, as especificidades da arte teatral e destacando também recursos estéticos como elementos resistentes. Como o teatro é uma arte intermidiática, e a proposta abarca diferentes elementos, optou-se por distribuir esses elementos pelos capítulos dispondo-os em categorias que se complementam. Para isso, recuperou-se os contextos histórico-político-sociais do momento das peças, declarações com relação aos projetos de realização, tópicos envolvidos e registros documentais dos espetáculos. Realizou-se análises cênico-literárias observando a forma, o tema e a potencialidade para o performático. Constatou-se que a resistência pode ser percebida como uma postura política de recusa, uma noção artística, assim como por uma capacidade de sobrevivência e adaptação.Throughout history, theater has shown distinctive potentialities and forms in order to portray resistance. In some pieces, these resistances are not only identifiable in the textual plane, but also constitute ways of existing among politically unfavorable scenarios. This is the case of both the Brazilian play Arena conta Zumbi (1965), by Augusto Boal and Gianfrancesco Guarnieri, with songs by Edu Lobo, and the Angolan play Ana, Zé e os escravos (1980), by José Mena Abrantes. The fact that the works are chronologically and geographically distant, instead of representing a methodological unfeasibility, allows a broader reading in the process tracking in different times and spaces. It is proposed a comparative reading of the plays in order to observe these possible forms of resistance considering, for such, the specificities of theatrical art and also highlighting aesthetic resources as resistant elements. Since theater is an intermediate art, and the proposal encompasses different elements, it was decided to distribute these elements among the chapters, arranging them into complementary categories. For this, we recovered the historical-political-social contexts of the moment of the plays, statements regarding the projects of realization, topics involved and documentary records of the shows. Scenic-literary analyzes were performed observing the form, the theme and the potentiality for the performer. It was found that resistance can be perceived as a political stance of refusal, an artistic notion, as well as a capacity for survival and adaptation.Im Laufe der Geschichte zeigte das Theater verschiedene Möglichkeiten und Formen, um den Widerstand darzustellen. In einigen Stücken sind diese Widerstände nicht nur auf der Textebene erkennbar, sondern stellen auch Möglichkeiten dar, innerhalb von politischen ungünstigen Szenarien zu existieren. Dies gilt sowohl für das brasilianische Theaterstück Arena conta Zumbi (1965), von Augusto Boal und Gianfrancesco Guarnieri, mit Liedern von Edu Lobo, als auch für das angolanische Stück Ana, Zé e os escravos (1980), von José Mena Abrantes. Die Tatsache, dass die Werke chronologisch und geografisch weit voneinander entfernt sind, anstatt eine methodische Unmöglichkeit darzustellen, ermöglicht eine breitere Lesbarkeit der Prozessverfolgung in verschiedenen Zeiten und Räumen. Es wird eine vergleichende Lektüre der Stücke vorgeschlagen, um diese möglichen Formen des Widerstandes unter Berücksichtigung der Besonderheiten der Theaterkunst und unter Hervorhebung der ästhetischen Ressourcen als widerstandsfähige Elemente zu beobachten. Da das Theater eine vermittelnde Kunst ist und der Vorschlag verschiedene Elemente anordnet, wurde beschlossen, diese Elemente auf die Kapitel aufzuteilen und sie in komplementäre Kategorien einzuteilen. Dazu haben wir die historisch-politisch-sozialen Kontexte des Augenblicks der Stücke, Aussagen zu den Realisierungsprojekten, Themen und Dokumentationen der Shows wiederhergestellt. Es wurden szenisch-literarische Analysen durchgeführt, die die Form, das Thema und die Möglichkeiten für den Interpreten betrachteten. Es wurde festgestellt, dass Widerstand als politische Haltung der Ablehnung, als künstlerische Vorstellung sowie als Überlebens- und Anpassungsfähigkeit wahrgenommen werden kann.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Santos, Rubens Pereira dosMiranda, Célia Arns deUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Gomes, Ana Maria Lange2020-04-02T19:27:14Z2020-04-02T19:27:14Z2020-02-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19207500092991633004048019P1porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-18T13:23:21Zoai:repositorio.unesp.br:11449/192075Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T14:29:08.567534Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Arena conta Zumbi (1965) e Ana, Zé e os escravos (1980): formas de resistência e (re) existência no teatro
Arena Zumbi (1965) and Ana, Zé e os escravos (1980): Forms of resistance and (re) existence in the theater
title Arena conta Zumbi (1965) e Ana, Zé e os escravos (1980): formas de resistência e (re) existência no teatro
spellingShingle Arena conta Zumbi (1965) e Ana, Zé e os escravos (1980): formas de resistência e (re) existência no teatro
Gomes, Ana Maria Lange
Resistência
Teatro
Dramaturgia comparada de língua portuguesa
Teatro de Arena
José Mena Abrantes
Drama
title_short Arena conta Zumbi (1965) e Ana, Zé e os escravos (1980): formas de resistência e (re) existência no teatro
title_full Arena conta Zumbi (1965) e Ana, Zé e os escravos (1980): formas de resistência e (re) existência no teatro
title_fullStr Arena conta Zumbi (1965) e Ana, Zé e os escravos (1980): formas de resistência e (re) existência no teatro
title_full_unstemmed Arena conta Zumbi (1965) e Ana, Zé e os escravos (1980): formas de resistência e (re) existência no teatro
title_sort Arena conta Zumbi (1965) e Ana, Zé e os escravos (1980): formas de resistência e (re) existência no teatro
author Gomes, Ana Maria Lange
author_facet Gomes, Ana Maria Lange
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Santos, Rubens Pereira dos
Miranda, Célia Arns de
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Gomes, Ana Maria Lange
dc.subject.por.fl_str_mv Resistência
Teatro
Dramaturgia comparada de língua portuguesa
Teatro de Arena
José Mena Abrantes
Drama
topic Resistência
Teatro
Dramaturgia comparada de língua portuguesa
Teatro de Arena
José Mena Abrantes
Drama
description O teatro, ao longo da história, demonstrou potencialidades e formas distintas para retratar a resistência. Em algumas peças, essas resistências não só são identificáveis no plano textual, como constituem-se também maneiras de existir diante de cenários politicamente desfavoráveis. Este é o caso tanto da peça brasileira Arena conta Zumbi (1965), de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri com músicas de Edu Lobo, quanto da peça angolana Ana, Zé e os escravos (1980), de José Mena Abrantes. O fato de essas obras estarem distantes cronológica e geograficamente, em vez de representar uma inviabilidade metodológica, possibilita uma leitura mais abrangente no rastreamento do processo em épocas e espaços distintos. Propõe-se uma leitura comparativa das peças com o objetivo de observar essas formas possíveis de resistência considerando, para tal, as especificidades da arte teatral e destacando também recursos estéticos como elementos resistentes. Como o teatro é uma arte intermidiática, e a proposta abarca diferentes elementos, optou-se por distribuir esses elementos pelos capítulos dispondo-os em categorias que se complementam. Para isso, recuperou-se os contextos histórico-político-sociais do momento das peças, declarações com relação aos projetos de realização, tópicos envolvidos e registros documentais dos espetáculos. Realizou-se análises cênico-literárias observando a forma, o tema e a potencialidade para o performático. Constatou-se que a resistência pode ser percebida como uma postura política de recusa, uma noção artística, assim como por uma capacidade de sobrevivência e adaptação.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-04-02T19:27:14Z
2020-04-02T19:27:14Z
2020-02-03
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11449/192075
000929916
33004048019P1
url http://hdl.handle.net/11449/192075
identifier_str_mv 000929916
33004048019P1
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808128365925761024