Sistemas parasito-hospedeiro como sentinelas de poluição aquática na bacia hidrográfica do Tietê-Jacaré, sudeste do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/215161 |
Resumo: | O avanço da urbanização e do desenvolvimento da industrialização e do agronegócio são uma constante ameaça à conservação da biodiversidade, especialmente em ambientes aquáticos. Nesses ambientes, bioindicadores podem ser muito úteis na detecção e prevenção de impactos ambientais que colocariam em risco a estruturação do ecossistema. Dentre os organismos com potencial bioindicador, encontra-se um grupo bastante peculiar e comumente esquecido em estudos de biodiversidade: os parasitos. Os estudos envolvendo parasitos e seus possíveis potenciais como bioindicadores da saúde do ambiente aumentaram muito nas últimas décadas, entretanto, na região da América do Sul ainda é um campo de pesquisa pouco explorado. No presente estudo, avaliou-se o potencial bioindicador de parasitos em duas vertentes: a bioindicação de efeito e a bioindicação de acumulação de metais-traço, em dois rios do Estado de São Paulo: o rio Jacaré-Pepira e o Jacaré-Guaçú. No estudo com bioindicação de efeito, foi testada a variação nos índices de prevalência, intensidade e abundância de cinco espécies da classe Monogenea (Gussevia astronoti, Gussevia asota, Anacanthorus serrasalmi, Rhinoxenus piranhus e Amphithecium speirocamarotum) em relação à sazonalidade (período seco e chuvoso), às variáveis químicas orgânicas e inorgânicas da água dos rios e em relação ao fator de condição de seus hospedeiros Serrasalmus maculatus e Astronotus crassipinnis. Os resultados mostraram variações significativas dos índices de prevalência, abundância e intensidade de algumas das espécies de monogenéticos testadas, com G. asota mostrando interações tanto com os parâmetros químicos da água quanto com os fatores de condição dos hospedeiros, se mostrando a espécie mais sensível das cinco analisadas. Já no estudo com bioindicação de acumulação, avaliou-se o potencial acumulativo para metais-traço de parasitos pertencentes à três taxa: Cestoda (Proteocephalus macrophalus), Nematoda (Hysterothylacium sp.) e Digenea (Phyllodistomum sp.) parasitos de Cichla kelberi e de Hoplias malabaricus. As três espécies demonstraram uma alta capacidade de acumulação, especialmente cestoides e nematoides. Além disso, verificou-se que peixes infectados tendem a concentrar menos metais em seus tecidos que hospedeiros não-infectados. Em geral os estudos mostram que os parasitos de peixes dos rios Jacaré-Pepira e Jacaré-Guaçú possuem potencial bioindicador e podem ser usados em estudos de diagnóstico e monitoramento ambiental. Além disso, expande-se ainda mais o conhecimento relacionado ao parasitismo e bioindicação na região neotropical. Por fim, realizou-se um estudo de avaliação de risco de contaminação por consumo humano e de bioacumulação de metais-traço na musculatura de H. malabaricus, também dos rios Jacaré-Pepira e Jacaré-Guaçú, onde observou-se que os peixes do rio Jacaré-Guaçú possuem concentrações significativamente maiores que os do Jacaré-Pepira. Além disso, nos peixes do rio Jacaré-Guaçú, o elemento Al teve o quociente de risco (HQ) acima de 1, que indica possível risco de contaminação caso seja consumido por humanos. Outros elementos que merecem destaque são o Cr e o Cd. O Cr estava em concentrações muito acima do permitido na legislação brasileira e o Cd teve um fator de bioconcentração alto, que pode indicar um processo de biomagnificação. |
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Sistemas parasito-hospedeiro como sentinelas de poluição aquática na bacia hidrográfica do Tietê-Jacaré, sudeste do BrasilHost-parasite systems as sentinels for water pollution in the Tietê-Jacaré hydrographic basin, southeastern BrazilParasitologia ambientalBioindicação de efeitoBioindicação de acumulaçãoPoluição aquáticaParasitologia de peixesO avanço da urbanização e do desenvolvimento da industrialização e do agronegócio são uma constante ameaça à conservação da biodiversidade, especialmente em ambientes aquáticos. Nesses ambientes, bioindicadores podem ser muito úteis na detecção e prevenção de impactos ambientais que colocariam em risco a estruturação do ecossistema. Dentre os organismos com potencial bioindicador, encontra-se um grupo bastante peculiar e comumente esquecido em estudos de biodiversidade: os parasitos. Os estudos envolvendo parasitos e seus possíveis potenciais como bioindicadores da saúde do ambiente aumentaram muito nas últimas décadas, entretanto, na região da América do Sul ainda é um campo de pesquisa pouco explorado. No presente estudo, avaliou-se o potencial bioindicador de parasitos em duas vertentes: a bioindicação de efeito e a bioindicação de acumulação de metais-traço, em dois rios do Estado de São Paulo: o rio Jacaré-Pepira e o Jacaré-Guaçú. No estudo com bioindicação de efeito, foi testada a variação nos índices de prevalência, intensidade e abundância de cinco espécies da classe Monogenea (Gussevia astronoti, Gussevia asota, Anacanthorus serrasalmi, Rhinoxenus piranhus e Amphithecium speirocamarotum) em relação à sazonalidade (período seco e chuvoso), às variáveis químicas orgânicas e inorgânicas da água dos rios e em relação ao fator de condição de seus hospedeiros Serrasalmus maculatus e Astronotus crassipinnis. Os resultados mostraram variações significativas dos índices de prevalência, abundância e intensidade de algumas das espécies de monogenéticos testadas, com G. asota mostrando interações tanto com os parâmetros químicos da água quanto com os fatores de condição dos hospedeiros, se mostrando a espécie mais sensível das cinco analisadas. Já no estudo com bioindicação de acumulação, avaliou-se o potencial acumulativo para metais-traço de parasitos pertencentes à três taxa: Cestoda (Proteocephalus macrophalus), Nematoda (Hysterothylacium sp.) e Digenea (Phyllodistomum sp.) parasitos de Cichla kelberi e de Hoplias malabaricus. As três espécies demonstraram uma alta capacidade de acumulação, especialmente cestoides e nematoides. Além disso, verificou-se que peixes infectados tendem a concentrar menos metais em seus tecidos que hospedeiros não-infectados. Em geral os estudos mostram que os parasitos de peixes dos rios Jacaré-Pepira e Jacaré-Guaçú possuem potencial bioindicador e podem ser usados em estudos de diagnóstico e monitoramento ambiental. Além disso, expande-se ainda mais o conhecimento relacionado ao parasitismo e bioindicação na região neotropical. Por fim, realizou-se um estudo de avaliação de risco de contaminação por consumo humano e de bioacumulação de metais-traço na musculatura de H. malabaricus, também dos rios Jacaré-Pepira e Jacaré-Guaçú, onde observou-se que os peixes do rio Jacaré-Guaçú possuem concentrações significativamente maiores que os do Jacaré-Pepira. Além disso, nos peixes do rio Jacaré-Guaçú, o elemento Al teve o quociente de risco (HQ) acima de 1, que indica possível risco de contaminação caso seja consumido por humanos. Outros elementos que merecem destaque são o Cr e o Cd. O Cr estava em concentrações muito acima do permitido na legislação brasileira e o Cd teve um fator de bioconcentração alto, que pode indicar um processo de biomagnificação.Preventing environmental impacts that would jeopardize the structuring of the ecosystem. Among the organisms with potential for bioindication, there is a very peculiar and commonly overlooked group in biodiversity studies: parasites. Studies involving parasites and their potential as bioindicators of the environmental health have increased in recent decades, however, in the South American region it is still a little explored field of research. In the present study, the potential of parasites as bioindicators was assessed in two ways: the effect bioindication, and the bioindication of trace metals accumulation in two rivers in the state of São Paulo: the Jacaré-Pepira River and the Jacaré-Guaçú River. In the study with effect bioindication, the variation in the rates of prevalence, abundance, and intensity of five species of the Monogenea class (Gussevia astronoti, Gussevia asota, Anacanthorus serrasalmi, Rhinoxenus piranhus e Amphithecium speirocamarotum) was tested compared to the seasonality (dry and wet season), to the organic and inorganic chemical variables of the rivers waters, and in relation to the condition factors of its fish hosts Serrasalmus maculatus and Astronotus crassipinis. The results showed significant variations in the prevalence, abundance, and intensity rates of some of the monogenetic species tested, with G. asota showing interactions both with the chemical parameters of the water and with de condition factors of the hosts, proving to be the most sensitive species of the five analyzed. In the study with accumulation bioindication, the potential for trace metal accumulation of parasites belonging to three different taxa was evaluated: Cestoda (Proteocephalus macrophalus), Nematoda (Hysterothylacium sp.) and Digenea (Phyllodistomum sp.) parasites of Cichla kelberi and Hoplias malabaricus. The three species showed a high capacity for accumulation, specially cestodes and nematodes. In addition, it has been found that infected fish tend to concentrate less amounts of metals in their tissues than non-infected hosts. In general, our studies show that fish parasites in the Jacaré-Pepira and Jacaré-Guaçú rivers have potential for bioindication and can be used in diagnostic and environmental monitoring studies. In addition, the knowledge related to parasitism and bioindication in the neotropical region further expands. Finally, a study was carried out to assess the risk of contamination by human consumption and bioaccumulation of trace metals in the musculature of H. malabaricus, also from the Jacaré-Pepira and Jacaré-Guaçú rivers, where fish from the Jacaré-Guaçú River have trace metals concentrations significantly higher than those from the Jacaré-Pepira. In addition, in fish from the Jacaré-Guaçú River, the element Al had a hazard quotient (HQ) above 1, which indicates a possible risk of contamination if consumed by humans. Other elements that are worth mentioning are Cr and Cd. Cr was in concentrations much higher than the allowed by the Brazilian legislation, and Cd had a high bioconcentration factor, which may indicate a biomagnification process.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2017/00566-5Universidade Estadual Paulista (Unesp)Kozlowiski, Vanessa Doro Abdallah [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Leite, Lucas Aparecido Rosa [UNESP]2021-11-19T19:54:20Z2021-11-19T19:54:20Z2021-09-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/21516133004064012P8porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-18T06:03:43Zoai:repositorio.unesp.br:11449/215161Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T15:12:41.621163Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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O avanço da urbanização e do desenvolvimento da industrialização e do agronegócio são uma constante ameaça à conservação da biodiversidade, especialmente em ambientes aquáticos. Nesses ambientes, bioindicadores podem ser muito úteis na detecção e prevenção de impactos ambientais que colocariam em risco a estruturação do ecossistema. Dentre os organismos com potencial bioindicador, encontra-se um grupo bastante peculiar e comumente esquecido em estudos de biodiversidade: os parasitos. Os estudos envolvendo parasitos e seus possíveis potenciais como bioindicadores da saúde do ambiente aumentaram muito nas últimas décadas, entretanto, na região da América do Sul ainda é um campo de pesquisa pouco explorado. No presente estudo, avaliou-se o potencial bioindicador de parasitos em duas vertentes: a bioindicação de efeito e a bioindicação de acumulação de metais-traço, em dois rios do Estado de São Paulo: o rio Jacaré-Pepira e o Jacaré-Guaçú. No estudo com bioindicação de efeito, foi testada a variação nos índices de prevalência, intensidade e abundância de cinco espécies da classe Monogenea (Gussevia astronoti, Gussevia asota, Anacanthorus serrasalmi, Rhinoxenus piranhus e Amphithecium speirocamarotum) em relação à sazonalidade (período seco e chuvoso), às variáveis químicas orgânicas e inorgânicas da água dos rios e em relação ao fator de condição de seus hospedeiros Serrasalmus maculatus e Astronotus crassipinnis. Os resultados mostraram variações significativas dos índices de prevalência, abundância e intensidade de algumas das espécies de monogenéticos testadas, com G. asota mostrando interações tanto com os parâmetros químicos da água quanto com os fatores de condição dos hospedeiros, se mostrando a espécie mais sensível das cinco analisadas. Já no estudo com bioindicação de acumulação, avaliou-se o potencial acumulativo para metais-traço de parasitos pertencentes à três taxa: Cestoda (Proteocephalus macrophalus), Nematoda (Hysterothylacium sp.) e Digenea (Phyllodistomum sp.) parasitos de Cichla kelberi e de Hoplias malabaricus. As três espécies demonstraram uma alta capacidade de acumulação, especialmente cestoides e nematoides. Além disso, verificou-se que peixes infectados tendem a concentrar menos metais em seus tecidos que hospedeiros não-infectados. Em geral os estudos mostram que os parasitos de peixes dos rios Jacaré-Pepira e Jacaré-Guaçú possuem potencial bioindicador e podem ser usados em estudos de diagnóstico e monitoramento ambiental. Além disso, expande-se ainda mais o conhecimento relacionado ao parasitismo e bioindicação na região neotropical. Por fim, realizou-se um estudo de avaliação de risco de contaminação por consumo humano e de bioacumulação de metais-traço na musculatura de H. malabaricus, também dos rios Jacaré-Pepira e Jacaré-Guaçú, onde observou-se que os peixes do rio Jacaré-Guaçú possuem concentrações significativamente maiores que os do Jacaré-Pepira. Além disso, nos peixes do rio Jacaré-Guaçú, o elemento Al teve o quociente de risco (HQ) acima de 1, que indica possível risco de contaminação caso seja consumido por humanos. Outros elementos que merecem destaque são o Cr e o Cd. O Cr estava em concentrações muito acima do permitido na legislação brasileira e o Cd teve um fator de bioconcentração alto, que pode indicar um processo de biomagnificação. |
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