Lucro no tabu: a quem serve a indústria do sexo?

• Autor(a) principal: Oliveira, Arthur Almeida de
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Motta, Eduarda Albrechete, Vale, Geovanna Sena, Peixoto, Julia Faria, Florindo, Leonardo Scramin Esteves
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/252816
• topic: Jornalismo; Onlyfans; Privacy; Reportagem Hipermídia; Trabalhadores sexuais

O presente relatório documenta o desenvolvimento do projeto experimental “Lucro no Tabu: a quem serve a indústria do sexo?”, que deu origem a uma reportagem hipermídia centrada na temática do trabalho sexual no Brasil – em especial, aquele publicado e consumido nas plataformas online de conteúdo adulto por assinatura, tais como o OnlyFans ou o Privacy. A atividade teve como objetivos promover um debate construtivo acerca do mercado do sexo, evidenciar as problemáticas desse meio, apontar a realidade vivida pelos produtores de conteúdo para além do glamour criado pela narrativa do “dinheiro fácil”, indicar os impactos físicos e psicológicos da indústria pornográfica e, por fim, identificar o perfil dos consumidores desses materiais dentro do mercado nacional emergente que tem se estabelecido nos últimos anos, sobretudo, a partir da pandemia de covid-19, quando se percebe um crescimento de acessos e inscrições nessas plataformas. Para tanto, empregou-se técnicas de revisão bibliográfica, entrevistas jornalísticas semi-estruturadas com produtores de conteúdo adulto, consumidores e especialistas, coleta de dados e análise documental. Para além das características típicas de uma produção hipermídia, investiu-se em recursos transmidiáticos, como vídeos hospedados no YouTube, um podcast no Spotify, áudios no SoundCloud e uma página no Instagram para criar uma rede completa de distribuição da reportagem, refletindo o cenário de convergência midiática que se vê hoje no jornalismo brasileiro e explorando as diversas linguagens possibilitadas por esse modelo, estimulando o seu acesso por mais públicos, bem como ampliando a discussão para outros espaços. Apesar das dificuldades encontradas ao longo da elaboração do projeto, concluiu-se que a escolha por esse formato foi um acerto que se alinhou bem à proposta e que iniciativas como esta abrem caminho para a naturalização e mitigação dos preconceitos morais direcionados às atividades sexuais profissionais.