Grupo de percussão do Instituto de Artes da UNESP: grupo PIAP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Boudler, John [UNESP]
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Atividades_Art_stico-Culturais/Trabalho14.htm
http://hdl.handle.net/11449/148076
Resumo: Com iniciativa voltada para a divulgação e aprendizagem da percussão, foi criado em 1978 o Grupo de Percussão do Instituto de Artes da UNESP - Grupo PIAP pelo Prof. John Boudler. Seu principal objetivo é o de funcionar como meio de aperfeiçoamento acadêmico-artístico dos alunos do Curso de Bacharelado em Percussão. TODOS os alunos de percussão do primeiro ao último ano do curso participam do Grupo. Suas principais metas constituem a adequada formação do percussionista e a divulgação do repertório nacional e internacional para percussão. O repertório é sempre uma mistura de obras de vários estilos, nacionalidades e épocas, podendo ser desde arranjos populares até primeiras audições, incluindo peças escritas especialmente para o Grupo. Os principais elementos favoráveis à sua criação são os fatos de que a aprendizagem em conjunto demonstra um ambiente do campo de trabalho que os alunos irão encontrar, suas responsabilidades e principalmente sua disciplina em relação a colegas, encontrando num trabalho em conjunto maior motivação profissional. Os elementos desfavoráveis à implementação e desenvolvimento do Grupo se deram através dos anos, foram dificuldades em reunir materiais e instrumentos necessários à aprendizagem e execução de obras, intolerância pessoal por imaturidade dos integrantes, alguns vícios de execução a serem superados e até tristes episódios criados pela própria administração universitária, principalmente na unidade de origem. John Boudler, Professor Titular do IA/UNESP iniciou o Grupo PIAP antes do curso de percussão se tornar oficial na Universidade. A importância da vivência do músico/percussionista em um conjunto específico foi o maior incentivo para implementar o projeto. Um percussionista tem menos possibilidades de tocar a "linha de frente" musical... muitas vezes a percussão é considerada apenas como meros ritmos ou timbres especiais. Exigir musicalidade para apresentar as melodias principais, determinar responsabilidades de preparação musical, guiar sutilezas da arte em música de câmara são pilares para uma formação pedagógica e artística mais completa. Manutenção dos equipamentos, paz social dentro do grupo (respeitar limites individuais pessoais e dos outros), rigor profissional em termos de horário, presença no palco e atitudes maduras, são tratados como conduta mínima diária dos integrantes. Há respeito mútuo entre as pessoas que participaram deste conjunto ao longo dos seus 21 anos. Desde 1995 o Grupo é caracterizado oficialmente como Atividade Cultural pela Reitoria/UNESP oferecendo bolsas para seus membros. Entretanto em duas gestões, a de Prof. Jorge Nagle (1984-1988) e a de Prof. Paulo Milton Barbosa (1989-1992), o Grupo PIAP apresentou concertos em todos os campus da UNESP. Nenhuma outra gestão conseguiu levar o Grupo para toda nossa Universidade. O Grupo PIAP tem um grande arsenal de equipamentos. Durante os primeiros 10 anos usou o material da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo - um entendimento precário entre o Maestro Eleazar de Carvalho e o Prof. Boudler, então timpanista desta orquestra. O IA/UNESP comprou dois tímpanos em 1979. Após ganhar o primeiro lugar no Concurso Eldorado de Música em 1986 a Reitoria promoveu uma importação de instrumentos de percussão custando cerca de US$ 30.000,00. Os instrumentos chegaram em 1988, mesmo ano que Prof. Boudler dedicou-se integralmente à UNESP. Hoje o Grupo ainda conta com o material pessoal que o Prof. Boudler trouxe dos EUA em 1978 (cerca de US$10.000,00) e recentes aquisições via Programa de Infra-Estrutura II da FAPESP (R$56.000,00). Através do Programa de Infra-Estrutura III da FAPESP em 1998 o Laboratório de Percussão foi inteiramente reformado (R$76.000,00). Ao longo destes 21 anos o próprio Grupo financiou a manutenção de todo este equipamento além da importação de peças de reposição, tendo em vista a impossibilidade orçamentária do Instituto de Artes para estes fins. A coleção particular do Prof. Boudler é o maior acervo de obras para percussão no Brasil - o acervo fica no Laboratório de Percussão no IA/UNESP, sendo constantemente consultado por profissionais e alunos de percussão. Além de seus concertos ao vivo, o Grupo também já participou em vários programas de Rádio e TV. O Grupo PIAP ainda gravou dois LPs e dois CDs. O primeiro LP foi um dos resultados de ganhar o primeiro lugar no Concurso Eldorado, o segundo foi lançado pela UFBA, ambos em 1987. O primeiro CD do Grupo foi lançado pelo compositor Roberto Victório em 1997. Em 1998 o Grupo PIAP lançou no mercado seu trabalho em CD mais importante. Selecionado como um dos projetos da Lei de Incentivo à Cultura do Estado de São Paulo, foram encomendadas seis obras novas - duas de compositores da UNESP, duas de compositores da USP e duas de compositores da UNICAMP. As obras foram apresentadas em primeira audição nestas três universidades paulistas, na Bienal de Música Brasileira Contemporânea do Rio de Janeiro e também em Belo Horizonte. Há planos de lançar mais um CD até o ano 2000. O curso de percussão resultou em cerca de 40 formados nestas duas décadas (há apenas três vagas por ano) pela UNESP. Quatro destes ex-alunos são professores atuais do IA/UNESP, também há formados contratados na USP, UNICAMP, PUC, UFMG e UFRGS. Três ex-membros trabalharam em Belém, PA e outros dois trabalham na Fundação em São Caetano do Sul, SP. Todo o naipe da nova Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (seis membros) mais dois da orquestra antiga também formaram pela UNESP. Temos "ex-PIAPs" trabalhando em orquestras em Santo André, Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro e Manaus além de três membros na Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. Três ex-alunos estão estudando nos EUA além de dois na Europa e um no México. Um dos formados acaba de ser contratado na University of Amherst nos EUA para dirigir o programa de percussão daquela universidade. Além de estudar em vários estados do nosso país, nossos ex-alunos estudaram nos EUA, Canadá, Suíça, Holanda, México, África do Sul, Alemanha, Itália e Bélgica. Os formados também participaram em programas de pós-graduação - temos três doutores e mais dois terminando seus programas de doutoramento, sete mestres e mais quatro terminando seus mestrados, quase todos em instituições estrangeiras. Estes são alguns dos resultados deste programa. O Grupo PIAP tem-se apresentado nos estados da Bahia, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Em 1987 apresentou-se em onze concertos nos EUA. Devido à diversidade de estilos musicais representada pelo nosso Grupo, aliada ao fascínio da multiplicidade timbrística e rítmica que a percussão exerce, os concertos são com certeza muito ecléticos, aumentando assim a capacidade de atração junto ao público. O público que se forma em torno do Grupo de Percussão do Instituto de Artes da UNESP, vem acompanhando durante os últimos 21 anos este tipo de programação. Grupo PIAP tem colhido grandes sucessos firmando-se no cenário artístico nacional.
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Os principais elementos favoráveis à sua criação são os fatos de que a aprendizagem em conjunto demonstra um ambiente do campo de trabalho que os alunos irão encontrar, suas responsabilidades e principalmente sua disciplina em relação a colegas, encontrando num trabalho em conjunto maior motivação profissional. Os elementos desfavoráveis à implementação e desenvolvimento do Grupo se deram através dos anos, foram dificuldades em reunir materiais e instrumentos necessários à aprendizagem e execução de obras, intolerância pessoal por imaturidade dos integrantes, alguns vícios de execução a serem superados e até tristes episódios criados pela própria administração universitária, principalmente na unidade de origem. John Boudler, Professor Titular do IA/UNESP iniciou o Grupo PIAP antes do curso de percussão se tornar oficial na Universidade. A importância da vivência do músico/percussionista em um conjunto específico foi o maior incentivo para implementar o projeto. Um percussionista tem menos possibilidades de tocar a "linha de frente" musical... muitas vezes a percussão é considerada apenas como meros ritmos ou timbres especiais. Exigir musicalidade para apresentar as melodias principais, determinar responsabilidades de preparação musical, guiar sutilezas da arte em música de câmara são pilares para uma formação pedagógica e artística mais completa. Manutenção dos equipamentos, paz social dentro do grupo (respeitar limites individuais pessoais e dos outros), rigor profissional em termos de horário, presença no palco e atitudes maduras, são tratados como conduta mínima diária dos integrantes. Há respeito mútuo entre as pessoas que participaram deste conjunto ao longo dos seus 21 anos. Desde 1995 o Grupo é caracterizado oficialmente como Atividade Cultural pela Reitoria/UNESP oferecendo bolsas para seus membros. Entretanto em duas gestões, a de Prof. Jorge Nagle (1984-1988) e a de Prof. Paulo Milton Barbosa (1989-1992), o Grupo PIAP apresentou concertos em todos os campus da UNESP. Nenhuma outra gestão conseguiu levar o Grupo para toda nossa Universidade. O Grupo PIAP tem um grande arsenal de equipamentos. Durante os primeiros 10 anos usou o material da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo - um entendimento precário entre o Maestro Eleazar de Carvalho e o Prof. Boudler, então timpanista desta orquestra. O IA/UNESP comprou dois tímpanos em 1979. Após ganhar o primeiro lugar no Concurso Eldorado de Música em 1986 a Reitoria promoveu uma importação de instrumentos de percussão custando cerca de US$ 30.000,00. Os instrumentos chegaram em 1988, mesmo ano que Prof. Boudler dedicou-se integralmente à UNESP. Hoje o Grupo ainda conta com o material pessoal que o Prof. Boudler trouxe dos EUA em 1978 (cerca de US$10.000,00) e recentes aquisições via Programa de Infra-Estrutura II da FAPESP (R$56.000,00). Através do Programa de Infra-Estrutura III da FAPESP em 1998 o Laboratório de Percussão foi inteiramente reformado (R$76.000,00). Ao longo destes 21 anos o próprio Grupo financiou a manutenção de todo este equipamento além da importação de peças de reposição, tendo em vista a impossibilidade orçamentária do Instituto de Artes para estes fins. A coleção particular do Prof. Boudler é o maior acervo de obras para percussão no Brasil - o acervo fica no Laboratório de Percussão no IA/UNESP, sendo constantemente consultado por profissionais e alunos de percussão. Além de seus concertos ao vivo, o Grupo também já participou em vários programas de Rádio e TV. O Grupo PIAP ainda gravou dois LPs e dois CDs. O primeiro LP foi um dos resultados de ganhar o primeiro lugar no Concurso Eldorado, o segundo foi lançado pela UFBA, ambos em 1987. O primeiro CD do Grupo foi lançado pelo compositor Roberto Victório em 1997. Em 1998 o Grupo PIAP lançou no mercado seu trabalho em CD mais importante. Selecionado como um dos projetos da Lei de Incentivo à Cultura do Estado de São Paulo, foram encomendadas seis obras novas - duas de compositores da UNESP, duas de compositores da USP e duas de compositores da UNICAMP. As obras foram apresentadas em primeira audição nestas três universidades paulistas, na Bienal de Música Brasileira Contemporânea do Rio de Janeiro e também em Belo Horizonte. Há planos de lançar mais um CD até o ano 2000. O curso de percussão resultou em cerca de 40 formados nestas duas décadas (há apenas três vagas por ano) pela UNESP. Quatro destes ex-alunos são professores atuais do IA/UNESP, também há formados contratados na USP, UNICAMP, PUC, UFMG e UFRGS. Três ex-membros trabalharam em Belém, PA e outros dois trabalham na Fundação em São Caetano do Sul, SP. Todo o naipe da nova Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (seis membros) mais dois da orquestra antiga também formaram pela UNESP. Temos "ex-PIAPs" trabalhando em orquestras em Santo André, Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro e Manaus além de três membros na Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. Três ex-alunos estão estudando nos EUA além de dois na Europa e um no México. Um dos formados acaba de ser contratado na University of Amherst nos EUA para dirigir o programa de percussão daquela universidade. Além de estudar em vários estados do nosso país, nossos ex-alunos estudaram nos EUA, Canadá, Suíça, Holanda, México, África do Sul, Alemanha, Itália e Bélgica. Os formados também participaram em programas de pós-graduação - temos três doutores e mais dois terminando seus programas de doutoramento, sete mestres e mais quatro terminando seus mestrados, quase todos em instituições estrangeiras. Estes são alguns dos resultados deste programa. O Grupo PIAP tem-se apresentado nos estados da Bahia, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Em 1987 apresentou-se em onze concertos nos EUA. Devido à diversidade de estilos musicais representada pelo nosso Grupo, aliada ao fascínio da multiplicidade timbrística e rítmica que a percussão exerce, os concertos são com certeza muito ecléticos, aumentando assim a capacidade de atração junto ao público. O público que se forma em torno do Grupo de Percussão do Instituto de Artes da UNESP, vem acompanhando durante os últimos 21 anos este tipo de programação. 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Os principais elementos favoráveis à sua criação são os fatos de que a aprendizagem em conjunto demonstra um ambiente do campo de trabalho que os alunos irão encontrar, suas responsabilidades e principalmente sua disciplina em relação a colegas, encontrando num trabalho em conjunto maior motivação profissional. Os elementos desfavoráveis à implementação e desenvolvimento do Grupo se deram através dos anos, foram dificuldades em reunir materiais e instrumentos necessários à aprendizagem e execução de obras, intolerância pessoal por imaturidade dos integrantes, alguns vícios de execução a serem superados e até tristes episódios criados pela própria administração universitária, principalmente na unidade de origem. John Boudler, Professor Titular do IA/UNESP iniciou o Grupo PIAP antes do curso de percussão se tornar oficial na Universidade. A importância da vivência do músico/percussionista em um conjunto específico foi o maior incentivo para implementar o projeto. 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Entretanto em duas gestões, a de Prof. Jorge Nagle (1984-1988) e a de Prof. Paulo Milton Barbosa (1989-1992), o Grupo PIAP apresentou concertos em todos os campus da UNESP. Nenhuma outra gestão conseguiu levar o Grupo para toda nossa Universidade. O Grupo PIAP tem um grande arsenal de equipamentos. Durante os primeiros 10 anos usou o material da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo - um entendimento precário entre o Maestro Eleazar de Carvalho e o Prof. Boudler, então timpanista desta orquestra. O IA/UNESP comprou dois tímpanos em 1979. Após ganhar o primeiro lugar no Concurso Eldorado de Música em 1986 a Reitoria promoveu uma importação de instrumentos de percussão custando cerca de US$ 30.000,00. Os instrumentos chegaram em 1988, mesmo ano que Prof. Boudler dedicou-se integralmente à UNESP. Hoje o Grupo ainda conta com o material pessoal que o Prof. Boudler trouxe dos EUA em 1978 (cerca de US$10.000,00) e recentes aquisições via Programa de Infra-Estrutura II da FAPESP (R$56.000,00). Através do Programa de Infra-Estrutura III da FAPESP em 1998 o Laboratório de Percussão foi inteiramente reformado (R$76.000,00). Ao longo destes 21 anos o próprio Grupo financiou a manutenção de todo este equipamento além da importação de peças de reposição, tendo em vista a impossibilidade orçamentária do Instituto de Artes para estes fins. A coleção particular do Prof. Boudler é o maior acervo de obras para percussão no Brasil - o acervo fica no Laboratório de Percussão no IA/UNESP, sendo constantemente consultado por profissionais e alunos de percussão. Além de seus concertos ao vivo, o Grupo também já participou em vários programas de Rádio e TV. O Grupo PIAP ainda gravou dois LPs e dois CDs. O primeiro LP foi um dos resultados de ganhar o primeiro lugar no Concurso Eldorado, o segundo foi lançado pela UFBA, ambos em 1987. O primeiro CD do Grupo foi lançado pelo compositor Roberto Victório em 1997. Em 1998 o Grupo PIAP lançou no mercado seu trabalho em CD mais importante. Selecionado como um dos projetos da Lei de Incentivo à Cultura do Estado de São Paulo, foram encomendadas seis obras novas - duas de compositores da UNESP, duas de compositores da USP e duas de compositores da UNICAMP. As obras foram apresentadas em primeira audição nestas três universidades paulistas, na Bienal de Música Brasileira Contemporânea do Rio de Janeiro e também em Belo Horizonte. Há planos de lançar mais um CD até o ano 2000. O curso de percussão resultou em cerca de 40 formados nestas duas décadas (há apenas três vagas por ano) pela UNESP. Quatro destes ex-alunos são professores atuais do IA/UNESP, também há formados contratados na USP, UNICAMP, PUC, UFMG e UFRGS. Três ex-membros trabalharam em Belém, PA e outros dois trabalham na Fundação em São Caetano do Sul, SP. Todo o naipe da nova Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (seis membros) mais dois da orquestra antiga também formaram pela UNESP. Temos "ex-PIAPs" trabalhando em orquestras em Santo André, Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro e Manaus além de três membros na Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. Três ex-alunos estão estudando nos EUA além de dois na Europa e um no México. Um dos formados acaba de ser contratado na University of Amherst nos EUA para dirigir o programa de percussão daquela universidade. Além de estudar em vários estados do nosso país, nossos ex-alunos estudaram nos EUA, Canadá, Suíça, Holanda, México, África do Sul, Alemanha, Itália e Bélgica. Os formados também participaram em programas de pós-graduação - temos três doutores e mais dois terminando seus programas de doutoramento, sete mestres e mais quatro terminando seus mestrados, quase todos em instituições estrangeiras. Estes são alguns dos resultados deste programa. O Grupo PIAP tem-se apresentado nos estados da Bahia, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Em 1987 apresentou-se em onze concertos nos EUA. Devido à diversidade de estilos musicais representada pelo nosso Grupo, aliada ao fascínio da multiplicidade timbrística e rítmica que a percussão exerce, os concertos são com certeza muito ecléticos, aumentando assim a capacidade de atração junto ao público. O público que se forma em torno do Grupo de Percussão do Instituto de Artes da UNESP, vem acompanhando durante os últimos 21 anos este tipo de programação. Grupo PIAP tem colhido grandes sucessos firmando-se no cenário artístico nacional.
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