Influência da vitamina D e da inflamação nos padrões de remodelação ventricular em pacientes portadores de artrite reumatoide
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/150236 |
Resumo: | A artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica com envolvimento inflamatório sistêmico e que pode levar a manifestações extra-articulares. A AR pode afetar diretamente o miocárdio sem manifestação clínica típica e os mecanismos subjacentes de dano cardíaco permanecem incertos. Portanto, o objetivo deste estudo é avaliar se a concentração de vitamina D, a atividade da doença, o uso de agentes biológicos e a duração da doença estão associados à remodelação cardíaca em pacientes com AR. Avaliamos 93 pacientes com AR, seguidos pelo Serviço de Reumatologia da Faculdade de Medicina de Botucatu, de 2014 a 2016. Foram registrados dados clínicos, incluindo informações demográficas, comorbidades, duração da doença e tipo de tratamento. As concentrações séricas de vitamina D e proteína C reativa (PCR) foram medidas, o índice de atividade da doença (DAS28) foi calculado e o estudo ecocardiográfico transtorácico foi realizado. Os dados foram apresentados em média ± DP ou mediana (P25-P75). A regressão logística uni e multivariada foi realizada para avaliar fatores (concentração de vitamina D, atividade da doença e tipo de tratamento) associados à remodelação cardíaca avaliada por alteração da geometria cardíaca, aumento do espessura relativa da parede, do índice de massa do ventrículo esquerdo, do átrio esquerdo e disfunção diastólica e sistólica. A regressão multivariada foi ajustada por fatores que poderiam potencialmente influenciar a remodelação cardíaca, como hipertensão, tabagismo, idade, sexo e duração da doença. Para avaliar a influência do tratamento com drogas anti-fator de necrose tumoral (anti-TNF) na remodelação cardíaca, foram selecionados apenas pacientes em uso de metotrexate (MTX), que estavam (MTX-antiTNF) ou não (MTX) em uso de antiTNF. Esses dois grupos foram comparados com teste t de Student, Man Whitney ou Qui quadrado. Foi considerado nível de significância com P <0,05. A maioria dos pacientes era do sexo feminino, hipertensão arterial estava presente em 44% dos mesmos e 25% eram tabagistas. A atividade da doença avaliada pelo DAS28 foi de 2,75 ± 0,94, a duração média da doença foi de 96 meses (60-180 meses) e 50% foram tratados com agentes biológicos. A hipertensão é um fator independente associado com a remodelação cardíaca (OR: 9,28; 95% / IC: 2,93-29,3; p< 0,001). O tratamento com agente biológico, especialmente anti-TNF, protege da hipertrofia cardíaca (OR: 0,32; 95% / IC:0,11-0,90; p= 0, 03) e a vitamina D protege da disfunção diastólica (OR:0.93; IC: 95% 0.87-0.99; P=0.03). Todos esses modelos foram ajustados por idade, sexo, hipertensão, tabagismo, DAS 28 e duração da doença. Considerando que a remodelação cardíaca prematura assintomática aumenta os riscos de disfunção miocárdica, insuficiência cardíaca e mortalidade, é relevante realizar estudo ecocardiográfico em pacientes com artrite reumatoide, especialmente em hipertensos, deficientes em vitamina D e doentes não tratados com agentes biológicos. |
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Influência da vitamina D e da inflamação nos padrões de remodelação ventricular em pacientes portadores de artrite reumatoideInfluence of vitamin D and inflammation in patterns of remodeling ventricular function in patients with rheumatoid arthritisArtrite reumatoideRemodelação cardíacaPadrões de geometriaVitamina DAgentes biológicosA artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica com envolvimento inflamatório sistêmico e que pode levar a manifestações extra-articulares. A AR pode afetar diretamente o miocárdio sem manifestação clínica típica e os mecanismos subjacentes de dano cardíaco permanecem incertos. Portanto, o objetivo deste estudo é avaliar se a concentração de vitamina D, a atividade da doença, o uso de agentes biológicos e a duração da doença estão associados à remodelação cardíaca em pacientes com AR. Avaliamos 93 pacientes com AR, seguidos pelo Serviço de Reumatologia da Faculdade de Medicina de Botucatu, de 2014 a 2016. Foram registrados dados clínicos, incluindo informações demográficas, comorbidades, duração da doença e tipo de tratamento. As concentrações séricas de vitamina D e proteína C reativa (PCR) foram medidas, o índice de atividade da doença (DAS28) foi calculado e o estudo ecocardiográfico transtorácico foi realizado. Os dados foram apresentados em média ± DP ou mediana (P25-P75). A regressão logística uni e multivariada foi realizada para avaliar fatores (concentração de vitamina D, atividade da doença e tipo de tratamento) associados à remodelação cardíaca avaliada por alteração da geometria cardíaca, aumento do espessura relativa da parede, do índice de massa do ventrículo esquerdo, do átrio esquerdo e disfunção diastólica e sistólica. A regressão multivariada foi ajustada por fatores que poderiam potencialmente influenciar a remodelação cardíaca, como hipertensão, tabagismo, idade, sexo e duração da doença. Para avaliar a influência do tratamento com drogas anti-fator de necrose tumoral (anti-TNF) na remodelação cardíaca, foram selecionados apenas pacientes em uso de metotrexate (MTX), que estavam (MTX-antiTNF) ou não (MTX) em uso de antiTNF. Esses dois grupos foram comparados com teste t de Student, Man Whitney ou Qui quadrado. Foi considerado nível de significância com P <0,05. A maioria dos pacientes era do sexo feminino, hipertensão arterial estava presente em 44% dos mesmos e 25% eram tabagistas. A atividade da doença avaliada pelo DAS28 foi de 2,75 ± 0,94, a duração média da doença foi de 96 meses (60-180 meses) e 50% foram tratados com agentes biológicos. A hipertensão é um fator independente associado com a remodelação cardíaca (OR: 9,28; 95% / IC: 2,93-29,3; p< 0,001). O tratamento com agente biológico, especialmente anti-TNF, protege da hipertrofia cardíaca (OR: 0,32; 95% / IC:0,11-0,90; p= 0, 03) e a vitamina D protege da disfunção diastólica (OR:0.93; IC: 95% 0.87-0.99; P=0.03). Todos esses modelos foram ajustados por idade, sexo, hipertensão, tabagismo, DAS 28 e duração da doença. Considerando que a remodelação cardíaca prematura assintomática aumenta os riscos de disfunção miocárdica, insuficiência cardíaca e mortalidade, é relevante realizar estudo ecocardiográfico em pacientes com artrite reumatoide, especialmente em hipertensos, deficientes em vitamina D e doentes não tratados com agentes biológicos.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gaiolla, Paula Schmidt Azevedo [UNESP]Minicucci, Marcos Ferreira [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Batista, Andréa de Almeida Peduti [UNESP]2017-04-17T18:56:19Z2017-04-17T18:56:19Z2017-02-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15023600088410133004064020P0121314080140264774387040344716730000-0002-5843-6232porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-03T17:27:11Zoai:repositorio.unesp.br:11449/150236Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-03T17:27:11Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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A artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica com envolvimento inflamatório sistêmico e que pode levar a manifestações extra-articulares. A AR pode afetar diretamente o miocárdio sem manifestação clínica típica e os mecanismos subjacentes de dano cardíaco permanecem incertos. Portanto, o objetivo deste estudo é avaliar se a concentração de vitamina D, a atividade da doença, o uso de agentes biológicos e a duração da doença estão associados à remodelação cardíaca em pacientes com AR. Avaliamos 93 pacientes com AR, seguidos pelo Serviço de Reumatologia da Faculdade de Medicina de Botucatu, de 2014 a 2016. Foram registrados dados clínicos, incluindo informações demográficas, comorbidades, duração da doença e tipo de tratamento. As concentrações séricas de vitamina D e proteína C reativa (PCR) foram medidas, o índice de atividade da doença (DAS28) foi calculado e o estudo ecocardiográfico transtorácico foi realizado. Os dados foram apresentados em média ± DP ou mediana (P25-P75). A regressão logística uni e multivariada foi realizada para avaliar fatores (concentração de vitamina D, atividade da doença e tipo de tratamento) associados à remodelação cardíaca avaliada por alteração da geometria cardíaca, aumento do espessura relativa da parede, do índice de massa do ventrículo esquerdo, do átrio esquerdo e disfunção diastólica e sistólica. A regressão multivariada foi ajustada por fatores que poderiam potencialmente influenciar a remodelação cardíaca, como hipertensão, tabagismo, idade, sexo e duração da doença. Para avaliar a influência do tratamento com drogas anti-fator de necrose tumoral (anti-TNF) na remodelação cardíaca, foram selecionados apenas pacientes em uso de metotrexate (MTX), que estavam (MTX-antiTNF) ou não (MTX) em uso de antiTNF. Esses dois grupos foram comparados com teste t de Student, Man Whitney ou Qui quadrado. Foi considerado nível de significância com P <0,05. A maioria dos pacientes era do sexo feminino, hipertensão arterial estava presente em 44% dos mesmos e 25% eram tabagistas. A atividade da doença avaliada pelo DAS28 foi de 2,75 ± 0,94, a duração média da doença foi de 96 meses (60-180 meses) e 50% foram tratados com agentes biológicos. A hipertensão é um fator independente associado com a remodelação cardíaca (OR: 9,28; 95% / IC: 2,93-29,3; p< 0,001). O tratamento com agente biológico, especialmente anti-TNF, protege da hipertrofia cardíaca (OR: 0,32; 95% / IC:0,11-0,90; p= 0, 03) e a vitamina D protege da disfunção diastólica (OR:0.93; IC: 95% 0.87-0.99; P=0.03). Todos esses modelos foram ajustados por idade, sexo, hipertensão, tabagismo, DAS 28 e duração da doença. Considerando que a remodelação cardíaca prematura assintomática aumenta os riscos de disfunção miocárdica, insuficiência cardíaca e mortalidade, é relevante realizar estudo ecocardiográfico em pacientes com artrite reumatoide, especialmente em hipertensos, deficientes em vitamina D e doentes não tratados com agentes biológicos. |
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