ArtInclusiva: relato de experiência

• Autor(a) principal: Silva, Ricardo Henrique Marques da [UNESP]
• Data de Publicação: 2013
• Outros Autores: Master, Suely [UNESP], Kiyan, Ana Maria Mezzarana [UNESP]
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/publicacao.asp?codTrabalho=OTk3NA==; http://hdl.handle.net/11449/146822
• topic: Arte-terapia; Saúde; Autonomia; Teatro; Música; Linguagens artísticas; Inclusão; Diversidade; Psicologia; Arte-educação

Introdução: ArtInclusiva UNESP é um projeto pioneiro ao unir pesquisa e extensão com o objetivo de prestar atendimento a pessoas com necessidades especiais e limitações cognitivas ampliando o estudo e a prática da Arte-Terapia na universidade. Objetivos: O projeto busca promover aos jovens atendidos a inclusão social, a elevação da autoestima, a autonomia do indivíduo, a vinculação, o autoconhecimento e o desenvolvimento de potencialidades humanas fundamentando-se no estudo e na prática da Arte-Terapia. Métodos: O ArtInclusiva oferece semanalmente oficinas com duas horas de duração, com fins terapêuticos e também pedagógicos, tais como artes plásticas, expressão corporal, artes cênicas e musicalização. O projeto preocupa-se também em atender pais ou responsáveis pelos jovens atendidos, enquanto são realizadas as vivências com estes. Além disso, há reuniões semanais dos colaboradores do grupo, que conta com graduandos bolsistas, pós-graduandos do curso Lato Sensu de Arte-Terapia e dois psicólogos que auxiliam e supervisionam o trabalho. Resultados: Devido ao fato de o projeto ainda estar em andamento, é plausível inserir depoimentos de dois jovens participantes, para que se possa compreender acerca do ArtInclusiva tendo como base suas falas. R, 31 anos, afirma: "o ArtInclusiva é uma parte importante da minha vida, aqui tenho amigos. Gostamos de dançar, de fazer bonecos, fazer teatro. É como se tivesse um trabalho. Conheço pessoas e aprendo a fazer coisas novas, como cantar e pintar." H, 35 anos, afirma: "Aqui é muito bom. A gente se solta fazendo circo, pintura, desenho. Gosto daqui porque também recebem a minha família. No projeto, experimentamos a arte com o objetivo de lidar com as nossas dificuldades." Ambos os participantes estão há mais de um ano e meio no projeto, e são perceptíveis melhorias em suas vidas tendo em vista o fato de R estar hoje almejando um trabalho remunerado e começar a realizar atividades cotidianas sem o auxílio de sua mãe, além de outros fatos observados. No próprio grupo dos atendidos, nota-se que existe maior união e sociabilização, assim como no grupo dos pais e responsáveis, que está mais vinculado afetivamente entre si e também em relação aos trabalhadores do projeto. A gradativa sociabilidade entre os integrantes, bem como a conquista crescente de autonomia é claramente perceptível. Um dos subprodutos do projeto é a aproximação entre as áreas de Artes, Educação e Saúde, o que implica na possibilidade de gerar novos conhecimentos científicos na confluência pouco explorada dessas áreas. Orientados por Suely Master, os bolsistas estão atualmente aprimorando-se como arte-educadores e unindo suas pesquisas acadêmicas ao projeto mediante a prática de seus saberes nas áreas de teatro, artes visuais e educação musical.