Eletroencefalograma de amplitude integrada em prematuros de muito baixo peso ao nascer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Magalhães, Luiza Vieira da Silva
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/158296
Resumo: Introdução: Sequelas neurológicas são comuns em prematuros de muito baixo peso ao nascer.A prevenção de injúria cerebral e o desenvolvimento de estratégias neuroprotetorastem sido os principais objetivos da neurologia neonatal moderna. O eletroencefalograma de amplitude integrada (aEEG) é um método de monitorização cerebral contínua que pode auxiliar no diagnóstico precoce e detectar pacientes em risco. Enquanto o seu papel na avaliação de recém nascidos a termo já está bem estabelecido, em prematuros ainda existem dúvidas. Objetivos: avaliar a relação do aEEG realizadoem prematuros de muito baixo peso ao nascer estáveis durante as primeiras 48 horas de vida com alterações graves nos exames de imagemdurante o período neonatal. Métodos: o aEEG foi realizado durante as primeiras 48 horas de vida em prematuros de muito baixo peso ao nascer, estáveis clinicamente, e analisado em relação à atividade de base, ciclo sono vigília e atividade epiléptica. O desfecho adverso considerado foi a alteração grave em exames de imagem (hemorragia periventricular graus 3 ou 4, leucomalácia e outras alterações de substância branca, hidrocefalia) durante o período neonatal. Resultados: 70 pacientes com peso de nascimento médio de 1226g e idade gestacional média de 30 semanas participaram do estudo. Desfechos adversos foram observados em 7 pacientes (10%). Houve relação significativa do aEEG com alterações moderadas a graves na atividade de base com alterações graves nos exames de imagem (p<0,001). O aEEG apresentou uma sensibilidade de 85%, especificidade de 89%, valor preditivo positivo de 46% e valor preditivo negativo de 98% para lesões graves detectadas em US ou RNM durante o período neonatal. Conclusão: em prematuros de muito baixo peso ao nascer, o aEEG precoce com alterações moderadas a graves na atividade de base tem relação com alterações estruturais graves detectadas em exames de imagem no período neonatal. Esse método deve ser considerado como uma ferramenta de triagemauxiliar na detecção de lesões cerebrais nessa população.
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Métodos: o aEEG foi realizado durante as primeiras 48 horas de vida em prematuros de muito baixo peso ao nascer, estáveis clinicamente, e analisado em relação à atividade de base, ciclo sono vigília e atividade epiléptica. O desfecho adverso considerado foi a alteração grave em exames de imagem (hemorragia periventricular graus 3 ou 4, leucomalácia e outras alterações de substância branca, hidrocefalia) durante o período neonatal. Resultados: 70 pacientes com peso de nascimento médio de 1226g e idade gestacional média de 30 semanas participaram do estudo. Desfechos adversos foram observados em 7 pacientes (10%). Houve relação significativa do aEEG com alterações moderadas a graves na atividade de base com alterações graves nos exames de imagem (p<0,001). O aEEG apresentou uma sensibilidade de 85%, especificidade de 89%, valor preditivo positivo de 46% e valor preditivo negativo de 98% para lesões graves detectadas em US ou RNM durante o período neonatal. Conclusão: em prematuros de muito baixo peso ao nascer, o aEEG precoce com alterações moderadas a graves na atividade de base tem relação com alterações estruturais graves detectadas em exames de imagem no período neonatal. Esse método deve ser considerado como uma ferramenta de triagemauxiliar na detecção de lesões cerebrais nessa população.Introduction: Neurologic sequelae are common in very low birth weight preterm infants. The prevention of brain injury and the development of neuroprotective strategies have been the main objectives of modern neonatal neurology. The amplitude integrated electroencephalogram (aEEG) is a continuous brain monitoring method that can assist in early diagnosis and detect patients at risk. While the aEEG role in the assessment of full-termnewbornsisalreadywellestablished, in preterminfantsthere are stilldoubts. Objective: To evaluate the relationship between aEEG performed in very low birth weight preterm infants during the first 48 hours of life and severe alterations in imaging tests performed during the neonatal period. Methods: An aEEG was performed during the first 48 hours of life and analyzed for the background activity, sleep wake cycle, and epileptic activity. Severe lesionson imaging tests (grade 3 or 4 periventricular hemorrhage, leukomalacia and other white matter changes, and hydrocephalus) during the neonatal period were considered as adverse conditions. Results: A total of 70 patients with a mean birth weight of 1226g and mean gestational age of 30 weeks participated in the study. Adverse outcomes were observed in 7 patients (10%). There was a significant relationship (p<0.001) between moderate to severe abnormalities on the aEEGand severe alterations observed on the imaging tests, for both ultrasonography (US) and magnetic resonance imaging (MRI). The aEEG showed a sensitivity of 85%, specificity of 89%, positive predictive value of 46%, and negative predictive value of 98% for serious lesions detected on the imaging during the neonatal period. Conclusion: In very low birth weight preterms, early aEEG with moderate to severe background activity is associated with severe structural changes detected in imaging studies conductedduring the neonatal period. This method should be considered as an auxiliary screening tool for the detection of brain lesions in this population.application/pdfporRecém-nascido de muito baixo pesoFatores de riscoHemorragia cerebralLeucomalácia periventricularEletroencefalografiaMonitorização neurofisiológicaPrematureOutcomeCerebral hemorrhagePeriventricular leukomalaciaElectroencephalographyNeurophysiological monitoringEletroencefalograma de amplitude integrada em prematuros de muito baixo peso ao nascerinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescentePorto Alegre, BR-RS2016doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001021272.pdf.txt001021272.pdf.txtExtracted Texttext/plain208809http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/158296/2/001021272.pdf.txtded1870009784afca48d6262724dbfb6MD52ORIGINAL001021272.pdf001021272.pdfTexto completoapplication/pdf3771513http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/158296/1/001021272.pdf16db3dd111293be6ff912f8aed1a8e6dMD5110183/1582962023-05-17 03:32:12.992316oai:www.lume.ufrgs.br:10183/158296Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-05-17T06:32:12Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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