Efeitos da prática de exercícios físicos no equilíbrio e na marcha de surdos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brodt, Guilherme Auler
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/200678
Resumo: Introdução: Dentre as tarefas motoras que podem ter seu desenvolvimento prejudicado devido à surdez estão o equilíbrio em ortostase e a marcha. O exercício é capaz de causar adaptações positivas ao organismo afetando tanto o equilíbrio quanto marcha. Não se tem certeza de que aspectos da marcha (espaço-temporais ou cinético-cinemáticos) ou de controle do equilíbrio (vestibulares, visuais ou proprioceptivos) são afetados pela prática de exercícios. Objetivo: Verificar os efeitos da prática de exercícios físicos e da capacidade auditiva na marcha e no equilíbrio. Métodos: 43 homens: 20 surdos (8 sedentários; 12 ativos) e 23 ouvintes (11 sedentários; 12 ativos) responderam os questionários: Confiança no Equilíbrio Específica para Atividade Física (ABC) e Escala Internacional de Eficácia de Quedas (FES-I). Tiverem a área do COP bipodal (aCOP-BIP) e unipodal (aCOP-UNI) durante ortostase e sob perturbações sensoriais (vestibular, proprioceptiva e visual) e tiveram as variáveis espaço-temporais e cinético-cinemáticas da marcha coletadas em laboratório instrumentado com duas plataformas de força e 7 câmeras infravermelho. ANOVAs de dois fatores: (I) atividade física (sedentários vs. ativos) e (II) capacidade auditiva (surdos vs. ouvintes) foram realizadas para comparar: FES-I, ABC, aCOP-UNI e aCOP-BIP em ortostase e sob perturbações, e variáveis espaço-temporais e cinético-cinemáticas da marcha. Resultados: ser praticante de atividade física não afeta FES-I, ABC e espaço-temporais da marcha. Ativos apresentam menor aCOP-UNI e maior plantiflexão na marcha. Surdos apresentam menor escore FES-I e ABC. Surdos apresentam menor velocidade, maior tempo de apoio, menor comprimento de passada, menor momento e potência articulares e maior extensão de joelhos na marcha. Surdos apresentam maior aCOP-UNI sob perturbação visual e vestibular. Surdos que praticavam exercício tem aCOP-UNI diminuído independente da perturbação e comprimento de passada, momento e potência de quadril aumentados. Conclusão: A surdez afeta negativamente a marcha e o equilíbrio, o ser praticante de exercício diminui esse efeito tanto na marcha quanto no equilíbrio.
id URGS_2d1d8b8082080a9d4bd9224a91a4827b
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/200678
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Brodt, Guilherme AulerLoss, Jefferson Fagundes2019-10-12T03:55:05Z2019http://hdl.handle.net/10183/200678001103191Introdução: Dentre as tarefas motoras que podem ter seu desenvolvimento prejudicado devido à surdez estão o equilíbrio em ortostase e a marcha. O exercício é capaz de causar adaptações positivas ao organismo afetando tanto o equilíbrio quanto marcha. Não se tem certeza de que aspectos da marcha (espaço-temporais ou cinético-cinemáticos) ou de controle do equilíbrio (vestibulares, visuais ou proprioceptivos) são afetados pela prática de exercícios. Objetivo: Verificar os efeitos da prática de exercícios físicos e da capacidade auditiva na marcha e no equilíbrio. Métodos: 43 homens: 20 surdos (8 sedentários; 12 ativos) e 23 ouvintes (11 sedentários; 12 ativos) responderam os questionários: Confiança no Equilíbrio Específica para Atividade Física (ABC) e Escala Internacional de Eficácia de Quedas (FES-I). Tiverem a área do COP bipodal (aCOP-BIP) e unipodal (aCOP-UNI) durante ortostase e sob perturbações sensoriais (vestibular, proprioceptiva e visual) e tiveram as variáveis espaço-temporais e cinético-cinemáticas da marcha coletadas em laboratório instrumentado com duas plataformas de força e 7 câmeras infravermelho. ANOVAs de dois fatores: (I) atividade física (sedentários vs. ativos) e (II) capacidade auditiva (surdos vs. ouvintes) foram realizadas para comparar: FES-I, ABC, aCOP-UNI e aCOP-BIP em ortostase e sob perturbações, e variáveis espaço-temporais e cinético-cinemáticas da marcha. Resultados: ser praticante de atividade física não afeta FES-I, ABC e espaço-temporais da marcha. Ativos apresentam menor aCOP-UNI e maior plantiflexão na marcha. Surdos apresentam menor escore FES-I e ABC. Surdos apresentam menor velocidade, maior tempo de apoio, menor comprimento de passada, menor momento e potência articulares e maior extensão de joelhos na marcha. Surdos apresentam maior aCOP-UNI sob perturbação visual e vestibular. Surdos que praticavam exercício tem aCOP-UNI diminuído independente da perturbação e comprimento de passada, momento e potência de quadril aumentados. Conclusão: A surdez afeta negativamente a marcha e o equilíbrio, o ser praticante de exercício diminui esse efeito tanto na marcha quanto no equilíbrio.Introduction: Deafness can interfere on motor tasks development such as gait and balance. Exercise can improve balance and gait, but it is not clear if exercises improve spatiotemporal parameters or kinetic-kinematic data for gait, or which balance control system (vestibular, visual or proprioceptive) Objective: To verify the effects of physical exercise and auditory capacity on gait and balance. Methods: 43 men: 20 deaf (8 sedentary, 12 active) and 23 hearing (11 sedentary, 12 active) answered the following questionnaires: Activities-Specific Balance Confidence Scale (ABC) and International Falls Efficiency Scale (FES-I). They had the COP area under bipodal (aCOP-BIP) and unipodal (aCOP-UNI) support and during orthostasis and under sensory disturbances (vestibular, proprioceptive and visual). They had the spatiotemporal and kinetic-kinematic variables of the gait collected in a laboratory instrumented with two force plates and 7 infrared cameras. Physical activity (sedentary versus active) and (II) hearing capacity (deaf vs. hearing) were performed to compare: FES-I, ABC, aCOP-UNI and aCOP-BIP in orthostasis and under sensory disturbances, space-time of the march and kinetic-kinematics of the march. Results: Physical activity don’t affect FES-I, ABC and spatiotemporal paramaters. Deaf group shown lower aCOP-UNI and greater plantarflexion ankle angle. Deaf people have lower FES-I and ABC scores. Deaf group present lower speed, longer support time, shorter stride length, lower joint moment and power, and greater knee angle during gait. Deaf group present higher aCOP-UNI under visual and vestibular sensory disturbances. Deaf people who practiced exercise had a decreased aCOP-UNI regardless the sensory disturbances and increased stride length, hip moment and hip power. Conclusion: Deafness negatively affects gait and balance, exercise decreases this effect in both gait and balance.application/pdfporSurdosMarchaEquilíbrioExercício físicoBiomecânicaBalanceGaitDeafExerciseBiomechanicsEfeitos da prática de exercícios físicos no equilíbrio e na marcha de surdosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2019.doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001103191.pdf.txt001103191.pdf.txtExtracted Texttext/plain174939http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/200678/2/001103191.pdf.txta1996df7536a4ac8627cd649fc02215aMD52ORIGINAL001103191.pdfTexto completoapplication/pdf747487http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/200678/1/001103191.pdfefb9cf3e3c0d53adfdf596e6b26a658aMD5110183/2006782019-11-03 03:52:14.567534oai:www.lume.ufrgs.br:10183/200678Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-11-03T05:52:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Efeitos da prática de exercícios físicos no equilíbrio e na marcha de surdos
title Efeitos da prática de exercícios físicos no equilíbrio e na marcha de surdos
spellingShingle Efeitos da prática de exercícios físicos no equilíbrio e na marcha de surdos
Brodt, Guilherme Auler
Surdos
Marcha
Equilíbrio
Exercício físico
Biomecânica
Balance
Gait
Deaf
Exercise
Biomechanics
title_short Efeitos da prática de exercícios físicos no equilíbrio e na marcha de surdos
title_full Efeitos da prática de exercícios físicos no equilíbrio e na marcha de surdos
title_fullStr Efeitos da prática de exercícios físicos no equilíbrio e na marcha de surdos
title_full_unstemmed Efeitos da prática de exercícios físicos no equilíbrio e na marcha de surdos
title_sort Efeitos da prática de exercícios físicos no equilíbrio e na marcha de surdos
author Brodt, Guilherme Auler
author_facet Brodt, Guilherme Auler
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Brodt, Guilherme Auler
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Loss, Jefferson Fagundes
contributor_str_mv Loss, Jefferson Fagundes
dc.subject.por.fl_str_mv Surdos
Marcha
Equilíbrio
Exercício físico
Biomecânica
topic Surdos
Marcha
Equilíbrio
Exercício físico
Biomecânica
Balance
Gait
Deaf
Exercise
Biomechanics
dc.subject.eng.fl_str_mv Balance
Gait
Deaf
Exercise
Biomechanics
description Introdução: Dentre as tarefas motoras que podem ter seu desenvolvimento prejudicado devido à surdez estão o equilíbrio em ortostase e a marcha. O exercício é capaz de causar adaptações positivas ao organismo afetando tanto o equilíbrio quanto marcha. Não se tem certeza de que aspectos da marcha (espaço-temporais ou cinético-cinemáticos) ou de controle do equilíbrio (vestibulares, visuais ou proprioceptivos) são afetados pela prática de exercícios. Objetivo: Verificar os efeitos da prática de exercícios físicos e da capacidade auditiva na marcha e no equilíbrio. Métodos: 43 homens: 20 surdos (8 sedentários; 12 ativos) e 23 ouvintes (11 sedentários; 12 ativos) responderam os questionários: Confiança no Equilíbrio Específica para Atividade Física (ABC) e Escala Internacional de Eficácia de Quedas (FES-I). Tiverem a área do COP bipodal (aCOP-BIP) e unipodal (aCOP-UNI) durante ortostase e sob perturbações sensoriais (vestibular, proprioceptiva e visual) e tiveram as variáveis espaço-temporais e cinético-cinemáticas da marcha coletadas em laboratório instrumentado com duas plataformas de força e 7 câmeras infravermelho. ANOVAs de dois fatores: (I) atividade física (sedentários vs. ativos) e (II) capacidade auditiva (surdos vs. ouvintes) foram realizadas para comparar: FES-I, ABC, aCOP-UNI e aCOP-BIP em ortostase e sob perturbações, e variáveis espaço-temporais e cinético-cinemáticas da marcha. Resultados: ser praticante de atividade física não afeta FES-I, ABC e espaço-temporais da marcha. Ativos apresentam menor aCOP-UNI e maior plantiflexão na marcha. Surdos apresentam menor escore FES-I e ABC. Surdos apresentam menor velocidade, maior tempo de apoio, menor comprimento de passada, menor momento e potência articulares e maior extensão de joelhos na marcha. Surdos apresentam maior aCOP-UNI sob perturbação visual e vestibular. Surdos que praticavam exercício tem aCOP-UNI diminuído independente da perturbação e comprimento de passada, momento e potência de quadril aumentados. Conclusão: A surdez afeta negativamente a marcha e o equilíbrio, o ser praticante de exercício diminui esse efeito tanto na marcha quanto no equilíbrio.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-10-12T03:55:05Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/200678
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001103191
url http://hdl.handle.net/10183/200678
identifier_str_mv 001103191
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/200678/2/001103191.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/200678/1/001103191.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv a1996df7536a4ac8627cd649fc02215a
efb9cf3e3c0d53adfdf596e6b26a658a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1810085501286219776