O uso da terra afeta a diversidade funcional, mas não a riqueza de espécies, em assembleias de anuros
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/265072 |
Resumo: | As alterações antrópicas no habitat estão entre as principais causas da perda de biodiversidade, e consistem, principalmente, na conversão e uso da terra. Essas alterações causam impactos que influenciam a estruturação e composição de comunidades locais, por meio da destruição e fragmentação do habitat. O objetivo desse estudo foi avaliar de que forma o uso da terra influencia a riqueza e a diversidade funcional em comunidades de anfíbios. A coleta de dados ocorreu em 12 expedições mensais realizadas entre janeiro de 2013 e dezembro de 2014. Oitenta e um corpos d’água, distribuídos em oito áreas protegidas, e respectivos entornos, nos estados do Paraná e Santa Catarina, foram amostrados em relação à abundância de espécies de anfíbios. Além disso, 21 atributos ecomorfológicos das espécies foram mensurados. Realizamos uma análise de regressão por autovetores filogenéticos para controlar a autocorrelação filogenética nos atributos das espécies. A diversidade funcional foi estimada para cada sítio e calculada como o comprimento total dos ramos dos dendrogramas funcionais para as espécies que ocorrem em cada assembleia. Utilizamos modelagem de equações estruturais para estimar o efeito das variáveis espaciais, de paisagem, uso da terra e microhabitat sobre a riqueza e a diversidade funcional. Para isso, construímos um modelo causal hipotético relacionando as variáveis preditoras a respostas. Nosso estudo demonstrou que enquanto o uso da terra afetou apenas a diversidade funcional, a riqueza foi afetada, principalmente, por fatores espaciais e variáveis relacionadas às características estruturais dos corpos d’água. Os padrões de diversidade funcional e riqueza em comunidades de anfíbios foram afetados por fatores distintos, o que ressalta a importância de se medir diferentes dimensões da diversidade, principalmente, quando visamos a conservação de espécies. |
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Lopes, Priscila do NascimentoDuarte, Leandro da Silva2023-09-23T03:34:42Z2022http://hdl.handle.net/10183/265072001169355As alterações antrópicas no habitat estão entre as principais causas da perda de biodiversidade, e consistem, principalmente, na conversão e uso da terra. Essas alterações causam impactos que influenciam a estruturação e composição de comunidades locais, por meio da destruição e fragmentação do habitat. O objetivo desse estudo foi avaliar de que forma o uso da terra influencia a riqueza e a diversidade funcional em comunidades de anfíbios. A coleta de dados ocorreu em 12 expedições mensais realizadas entre janeiro de 2013 e dezembro de 2014. Oitenta e um corpos d’água, distribuídos em oito áreas protegidas, e respectivos entornos, nos estados do Paraná e Santa Catarina, foram amostrados em relação à abundância de espécies de anfíbios. Além disso, 21 atributos ecomorfológicos das espécies foram mensurados. Realizamos uma análise de regressão por autovetores filogenéticos para controlar a autocorrelação filogenética nos atributos das espécies. A diversidade funcional foi estimada para cada sítio e calculada como o comprimento total dos ramos dos dendrogramas funcionais para as espécies que ocorrem em cada assembleia. Utilizamos modelagem de equações estruturais para estimar o efeito das variáveis espaciais, de paisagem, uso da terra e microhabitat sobre a riqueza e a diversidade funcional. Para isso, construímos um modelo causal hipotético relacionando as variáveis preditoras a respostas. Nosso estudo demonstrou que enquanto o uso da terra afetou apenas a diversidade funcional, a riqueza foi afetada, principalmente, por fatores espaciais e variáveis relacionadas às características estruturais dos corpos d’água. Os padrões de diversidade funcional e riqueza em comunidades de anfíbios foram afetados por fatores distintos, o que ressalta a importância de se medir diferentes dimensões da diversidade, principalmente, quando visamos a conservação de espécies.Human-made habitat modifications are major drivers of biodiversity loss, especially as land use changes. Those modifications cause impacts that affect the structure and composition of local communities, which are mediated by habitat loss and fragmentation. The goal of this study was to evaluate to what extent land use influences the richness and functional diversity in amphibian communities. Data sampling involved twelve monthly field surveys, which were carried out from January of 2013 to December of 2014. Eighty-one watersheds distributed across eight protected areas and their neighbor sites in the Paraná and Santa Catarina States were surveyed in relation to the abundance of amphibian species, and 21 ecomorphological traits were measured. We performed phylogenetic eigenvector regression to control for phylogenetic autocorrelation in species traits. Functional diversity was estimated for each site as the total branch length of functional dendrogram for the species occurring at each site. We used structural equation modelling to estimate the effect of spatial, landscape, land use and microhabitat variables on richness and functional diversities. For this, we built a hypothetical causal model relating predictor and response variables. Our study demonstrated that while land use affected only functional diversity, richness was affected mostly by spatial and structural variables of the watersheds. Patterns of functional diversity and richness in amphibian communities were affected by contrasting factors, highlighting the importance of considering different dimensions of diversity to pursue species conservation.application/pdfporSoloAnurosBiodiversidadeSouth Brazilian grasslandsAmphibiansConservationProtected areasO uso da terra afeta a diversidade funcional, mas não a riqueza de espécies, em assembleias de anurosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPrograma de Pós-Graduação em EcologiaPorto Alegre, BR-RS2022mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001169355.pdf.txt001169355.pdf.txtExtracted Texttext/plain109509http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265072/2/001169355.pdf.txt6a46d741e0c4a4644ba08d87694536a6MD52ORIGINAL001169355.pdfTexto completoapplication/pdf1510325http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265072/1/001169355.pdfd5bd0582fecb35d768669145e4cb4110MD5110183/2650722024-06-26 06:30:29.670105oai:www.lume.ufrgs.br:10183/265072Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-06-26T09:30:29Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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