Melancolia, memória e subjetividade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dorneles, Giele Rocha
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/134310
Resumo: A proposta desta tese é estabelecer, através de uma perspectiva comparatista, relações entre três temas articuladores: a melancolia, a memória e a subjetividade, de modo a constituir entrelaçamentos possíveis, além de buscar indicar o modo como essas três temáticas são apresentadas e representadas em diferentes formas de expressão das artes, partindo de obras literárias - como “A maior flor do mundo” e “As pequenas memórias”, entre outras de José Saramago, e de autores como Charles Baudelaire e Fernando Pessoa, e heterônimos - entrecruzando algumas canções populares (de Edith Piaf, Madredeus e Mireille Mathieu), telas de Leonid Afremov, Salvador Dali, Giorgio de Chirico, instalações de Alexandre Farto (Vihls) e composições visuais de Christian Guemy. Para tanto, explicar os conceitos e o percurso da compreensão da melancolia na História assume extrema relevância, pois auxilia no entendimento de que o estado sorumbático passou por muitas interpretações e que elas influenciam continuamente a percepção na elaboração do produto artístico em análise. Desse modo, compondo como proposta de ação da Literatura Comparada, a intertextualidade foi essencial na estruturação de todo o esquema, instigando a relação estreita entre literatura e psicanálise, tendo como ponto de partida o olhar de Julia Kristeva, com a obra “Sol negro, depressão e melancolia”, de Sigmund Freud, com “Luto e melancolia”, além de associação de ideias com Marie-Claire Lambotte e Melaine Klein. A memória, envolta na melancolia, foi observada pela perspectiva de Paul Ricoeur em “História, memória e esquecimento”. Ao mesmo tempo, é essa memória que segundo Kristeva é instigada pela melancolia, aparece como espaço de representação dos sujeitos, das vozes narrativas ou dos sujeitos ficcionais que grafitam, pintam ou cantam, permitindo um olhar que capta as nuances dos espaços de representação e dos sujeitos ficcionais que constituem os corpus analisados e. Assim, a subjetividade pode se expressar de modo mais livre, pois catarticamente ela estrutura o espaço de conversão, entrelaçamento e contextualização que os produtos artísticos representam. As vozes e seus múltiplos significados, as subjetividades e suas relações com os espaços de representação apresentam a compreensão da amplitude dos sujeitos, das vozes e das estruturas de arte que compõem o mundo ficcional ou não.
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Para tanto, explicar os conceitos e o percurso da compreensão da melancolia na História assume extrema relevância, pois auxilia no entendimento de que o estado sorumbático passou por muitas interpretações e que elas influenciam continuamente a percepção na elaboração do produto artístico em análise. Desse modo, compondo como proposta de ação da Literatura Comparada, a intertextualidade foi essencial na estruturação de todo o esquema, instigando a relação estreita entre literatura e psicanálise, tendo como ponto de partida o olhar de Julia Kristeva, com a obra “Sol negro, depressão e melancolia”, de Sigmund Freud, com “Luto e melancolia”, além de associação de ideias com Marie-Claire Lambotte e Melaine Klein. A memória, envolta na melancolia, foi observada pela perspectiva de Paul Ricoeur em “História, memória e esquecimento”. Ao mesmo tempo, é essa memória que segundo Kristeva é instigada pela melancolia, aparece como espaço de representação dos sujeitos, das vozes narrativas ou dos sujeitos ficcionais que grafitam, pintam ou cantam, permitindo um olhar que capta as nuances dos espaços de representação e dos sujeitos ficcionais que constituem os corpus analisados e. Assim, a subjetividade pode se expressar de modo mais livre, pois catarticamente ela estrutura o espaço de conversão, entrelaçamento e contextualização que os produtos artísticos representam. As vozes e seus múltiplos significados, as subjetividades e suas relações com os espaços de representação apresentam a compreensão da amplitude dos sujeitos, das vozes e das estruturas de arte que compõem o mundo ficcional ou não.La propuesta de esta tesis es establecer, mediante una perspectiva comparatista, las posibles relaciones entre articuladores de tres temas: la melancolía, la memoria y la subjetividad para constituyen mallas posibles, así como que indican cómo estos tres temas se presentan y representan en diversas formas de expresión de las artes, de literario obras tales como "La flor más grande del mundo" y "Las pequeñas memorias" entre otros de José Saramago, y autores como Charles Baudelaire y Fernando Pessoa y heterônimos – así como algunas canciones populares (Edith Piaf, Madredeus y Mireille Mathieu), pintura de Leonid Afremov, Salvador Dalí, Giorgio de Chirico, Alexandre Farto (Vihls) y composiciones visuales de Christian Guemy. Para ello, explicar los conceptos y la comprensión de la melancolía en la historia toma de la extrema importancia porque ayuda a comprender el estado de lúgubre atravesó muchas interpretaciones y que influyen en el producto artístico continuamente analizado. Así, componiendo como una propuesta de acción de la literatura comparada, interdisciplina era instrumental en la estructuración del esquema entero, instando a la estrecha relación entre literatura y psicoanálisis, tomando como punto de partida la mirada de Julia Kristeva, con la obra "El sol negro, depresión y melancolía", Sigmund Freud, "Duelo y melancolía" y asociación de ideas con Marie-Claire Lambotte y Melanie Klein. La memoria, que, según Kristeva, es instigada por la melancolía, aparece como un espacio de representación del sujeto, voces de la narrativa o de sujetos ficticios que pintar o cantar, lo que permite una mirada capta los matices de los espacios de representación y ficción temas que constituyen el corpus de análisis para que Paul Ricoeur dio justificación. Así la subjetividad puede expresarse más libre, porque catarticamente la conversión del espacio estructura, forma y artística productos representan contextualización. 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