A educação no Rio Grande do Sul sob o castilhismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tambara, Elomar Antonio Callegaro
Data de Publicação: 1991
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/253456
Resumo: No Rio Grande do Sul, durante a República Velha, houve domínio de um único partido político: o Partido Republicano Rio-Grandense. Este partido adotava como diretriz ideológica, a doutrina positivista sob a interpretação de Júlio de Castilhos. Entre os elementos deste paradigma destacam-se a defesa da liberdade profissional e de ensino e a assunção da defesa da “ditadura republicana”. Com este intuito estruturou-se uma forma de governo baseada em um executivo extremamente fortalecido e em uma bancada parlamentar disciplinada às diretrizes partidárias. Na República Velha, ocorreu uma decisiva participação do aparelho político castilhista no Congresso Nacional na consecução de políticas públicas e educação consentâneas com os postulados positivistas. Dentre elas destaca-se a resistência à participação da União na área educacional. O ponto de vista castilhista obteve sua mais alta ascendência, em termos de política educacional, em nível nacional, por ocasião da discussão e aprovação da Reforma do Ensino proposta por Rivadávia Correa. Este ministro, oriundo da bancada gaúcha, implantou as principais proposições historicamente defendidas pelo Partido Republicano Rio-Grandense. E obteve desta bancada sustentáculo parlamentar para implementar sua Reforma, ao mesmo tempo que obteve respaldo na resistência às modificações propostas por ocasião da Reforma de Ensino proposta por Carlos Maximiliano. Sob este aspecto, conclui-se que o perfil atual do “sistema educacional brasileiro” se deve à atuação da bancada castilhista no Congresso Nacional. Concomitantemente à atuação em nível federal, o castilhismo, no Rio Grande do Sul, implantou uma forma de governo que contemplou as premissas teoricamente defendidas. Moldou-se, neste período, um sistema de ensino caracterizado por uma abertura à iniciativa privada. Aproveitando-se desta circunstância, várias agências ideológicas procuraram ocupar os espaços existentes no aparelho escolar. Entre elas destacaram-se: A maçônica, a liberal a operária, a protestante, a burguesa e a católica. Estruturou-se, assim, um modelo educacional no qual cabe ao Estado um papel de supervisão.
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