Cadê a minha liberdade roubada? : os entraves da violência de gênero no contexto da pandemia

• Autor(a) principal: Braz, Pamela da Silva
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/276657
• topic: COVID-19; Política social : Brasil; Colaboração intersetorial; Serviços de saúde mental; Violência contra a mulher; Violência doméstica; Porto Alegre, Região Metropolitana de (RS); Social policies; Gender violence; Mental health; Pandemics; Intersectoriality

A presente dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Política Social e Serviço Social da UFRGS teve como objetivo analisar os efeitos decorrentes da pandemia do covid-19 na saúde mental das mulheres vítimas da violência doméstica atendidas nos Centros de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) em municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre. Realizou-se a articulação entre os princípios que norteiam o Sistema Único de Saúde e a reforma psiquiátrica, de forma a garantir um olhar amplo sobre o contexto de violência de gênero vivenciado pelas mulheres. A violência de gênero é um grave e multifacetado problema de saúde pública e ocasiona consequências em diversos âmbitos da vida das pessoas, dentre eles, os agravos da saúde mental, além de outras expressões da questão social. Assim, analisar esse contexto frente à pandemia da covid-19 trouxe à tona a importância do acompanhamento deste tema tão caro ainda para a sociedade, haja vista a necessidade da articulação em rede. A pesquisa realizada foi qualitativa, descritiva e de campo, na perspectiva do materialismo histórico-dialético, com entrevista semiestruturada com oito mulheres de sete municípios em acompanhamento do Cram na Região Metropolitana, e a metodologia usada para a análise de dados foi a análise de conteúdo. Os principais resultados mostram que a pandemia agravou os casos de violência de gênero; assim, é preciso fortalecer as políticas de prevenção, educação e apoio às vítimas. Além disso, a abordagem deve ocorrer de forma intersetorial, em articulação com as várias instâncias (saúde, assistência social, segurança pública, educação), havendo sido verificado que há uma carência quanto a isso. Mostrou-se necessário que ocorra capacitação sobre o tema para os profissionais em contato permanente com essa demanda, a fim de que haja maior apropriação da temática e do conhecimento da rede de atendimento.