Sistema HLA : caracterização de anticorpos extraídos de placentas, aplicações clínicas em investigação de paternidade, transplantes renais e associações com doenças
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1992 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/197969 |
Resumo: | Esta tese reúne uma série de trabalhos com o sistema HLA. Inicin com a caracterização de 82 anticorpos ue c1asse I e II no soro de 2600 placentas humanas, possibilitando reagentes para a organização de um Laboratório de Histocompatibilidade. A aplicação clínica da imunogenética HLA na investigação de paternidade e nos transplantes renais vem a seguir. Estudou-se 66 casos de perícia médica, sendo que a dúvida da paternidade foi solucionada pelo estudo HLA em 42 ocasiões (64%). Em 10 casos foi necessário acrescentar a pesquisa de grupos sangüíneos ABO, Rh (C,c,D ,E,e) e MNSs. O número de exclusões de paternidade foi de 14 casos ( 21%). Os 25O transplantes renais analisados foram realizados com doador vivo (158) e doador cadáver (92). Os enxertos entre indivíduos relacionados HLA idênticos (30) apresentaram sobrevida de 96% para o 1º ano e 75.4% para o 2º. Os com um haplótipo de diferença (128) alcancaram 78.2% e 65.9%, respectivamente. Quando o doador foi cadáver, observou-se 62% e 43.9% de sobrevida actuarial. A análise dos resultados dos transplantes entre relacionados, HLA parcialmente idênticos, de monstrou um pior resultado para os que usaram a Ciclosporina A, ao contrário do esperado. Observou-se uma diferença na sobrevida entre os centros transplantadores, assim como uma tendência para melhores resultados, após a organização da "coordenadoria de transplantes" na cidade de Porto Alegre. Os pacientes de raça branca, aparentemente, tiveram melhores resultados do que os de raça negra, entretanto estes últimos são em número pequeno. Não foi observado o efeito da transfusão sangüínea específica do doador na sobrevida dos enxertos. Os resultados, quando os pais foram os doadores, não foram superiores quando as mães foram as escolhidas. A pesquisa da relação entre HLA e doenças foi realizada em relação à Leucemia Linfática Crônica (LLC) e Diabetes Mellitus Insulina-Dependente. No primeiro estudo, observou-se que a LLC não está associada positivamente ao sistema HLA, após tipagem de 120 pacientes. A associação negativa, relacionada com a proteção à doença, foi observada para o alelo HLA-A9 e HLA-Cw4. Paralelamente, foram observados raros pacientes com CLL que não apresentavam moléculas de HLA-DQ na membrana celular, tanto da forma homozigota como heterozigota. Estudaram-se estes casos com sondas moleculares, observando-se a presença dos genes ao nível do DNA, embora faltassem sua expressão ao nível de membrana. A tipagem HLA de pacientes diabéticos envolveu os locos HLA-A, B, DR, DQA e DQβ. Estes pacientes foram provenientes do Estado do Colorado no Estados Unidos da América do Norte, tendo sido previamente observado, pelo Departamento de Epidemiologia da Universidade do Colorado, existir menos diabetes nos descendentes dos colonizadores de língua hispânica do que nos descendentes de lingua inglesa. A remessa das células de pacientes e controles para o Laboratório de Genética da Diabetes na Univesidade de Oxford possibilitou esse estudo. Entre os diversos dados observados, deve-se destacar que não existem diferenças na genética HLA entre os diabéticos hispânicos e os anglo-saxões, entretanto o mesmo não ocorre entre os controles, pois nos hispânicos não se observou a presença do haplótipo caucasóide e diabetogênico HLA-Al,B8,DR3. Nestes útimos encontrou-se frequência aumentada do HLA;A24, B35 e B16, fato somente encontrado entre orientais e Indios Americanos. Concluí-se que a população de hispânicos normais apresenta genes HLA de origem oriental, obtidos pelo seu entrecruzamento com os índios. A falta dos genes caucasóides que predispõe à doença, como DR3. DQWB e o alelo A3 de DQA1 protegem estes indivíduos de adquirirem a diabetes, entretanto quando recebem estes genes pela mistura com o branco, ficam predispostos a mesma. As populações diabéticas estudadas apresentam os alelos DR3 DQW8 e A3 (DQA1) em associação significantemente positiva com a doença, confirmando o encontrado em outras populações. Associações negativas aconteceram com DR5 e DQW7 nos hispânicos e DQW6 nos anglos. Todos os pacientes hispânicos e 96% dos anglós apresentaram um ou ambos os alelos sem ácido aspártico na posição 57 de DQβ, enquanto nos controles observou-se 80% e 84%, confirmando outras pesquisas que demonstraram esta predisposição ao nível molecular. Os principais métodos utilizados nesta tese foram a tipagem HLA por sorologia, tipagem HLA por RFLP e também pela amplificação do DNA com a enzima Taq polirnerase, utilizando oligonucleotídios sintéticos como sondas radioativas. |
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Os com um haplótipo de diferença (128) alcancaram 78.2% e 65.9%, respectivamente. Quando o doador foi cadáver, observou-se 62% e 43.9% de sobrevida actuarial. A análise dos resultados dos transplantes entre relacionados, HLA parcialmente idênticos, de monstrou um pior resultado para os que usaram a Ciclosporina A, ao contrário do esperado. Observou-se uma diferença na sobrevida entre os centros transplantadores, assim como uma tendência para melhores resultados, após a organização da "coordenadoria de transplantes" na cidade de Porto Alegre. Os pacientes de raça branca, aparentemente, tiveram melhores resultados do que os de raça negra, entretanto estes últimos são em número pequeno. Não foi observado o efeito da transfusão sangüínea específica do doador na sobrevida dos enxertos. Os resultados, quando os pais foram os doadores, não foram superiores quando as mães foram as escolhidas. A pesquisa da relação entre HLA e doenças foi realizada em relação à Leucemia Linfática Crônica (LLC) e Diabetes Mellitus Insulina-Dependente. No primeiro estudo, observou-se que a LLC não está associada positivamente ao sistema HLA, após tipagem de 120 pacientes. A associação negativa, relacionada com a proteção à doença, foi observada para o alelo HLA-A9 e HLA-Cw4. Paralelamente, foram observados raros pacientes com CLL que não apresentavam moléculas de HLA-DQ na membrana celular, tanto da forma homozigota como heterozigota. Estudaram-se estes casos com sondas moleculares, observando-se a presença dos genes ao nível do DNA, embora faltassem sua expressão ao nível de membrana. A tipagem HLA de pacientes diabéticos envolveu os locos HLA-A, B, DR, DQA e DQβ. 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