Comunicação científica em ciências da saúde no Brasil : estrutura e dinâmica da produção e indícios de vitalidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maia, Maria de Fátima Santos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/96674
Resumo: Estudo cientométrico de natureza descritiva sobre a estrutura e a dinâmica das atividades de produção científica na área das ciências da saúde no Brasil, sendo que através da identificação de características específicas, foram apontados indícios que representam diferentes graus de vitalidade. Analisando 117.521 artigos publicados entre 1987 e 2011 em periódicos indexados pela base de dados bibliográfica Medline, foram identificadas características de vitalidade em cada um dos 27 estados da federação. Partindo do pressuposto de que a vitalidade da ciência pode ser identificada através de características específicas sobre produtividade de autores, longevidade de instituições, diversidade temática e canais de divulgação, observou-se muitas disparidades entre os estados. As análises de produção por estado indicaram que São Paulo e Rio de Janeiro são os líderes absolutos na produção científica nacional. Na dimensão oposta estão os estados do Amapá e Roraima, nos quais as proporções de artigos publicados somaram 0,02% do total. No que diz respeito às instituições, os estados que ocuparam posições medianas na hierarquia de produção não foram exatamente os mesmos em relação à quantidade de instituições de pesquisa. Especialmente Rio Grande do Norte, Paraíba e Sergipe, que mostraram posição mais favorável na quantidade de artigos do que instituições, e Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Piauí e Rondônia, que com menos instituições, produziram mais. Em relação a periódicos, a maior parte dos artigos foi publicada em revistas estrangeiras, sendo que os estados do Sudeste e do Sul apresentam uma maior diversidade de títulos, significando que as instituições destas regiões possuem maior inserção internacional. Os principais escopos temáticos dos artigos contemplam as áreas de ciências biológicas, medicina tropical, saúde pública, parasitologia, cardiologia e psiquiatria. Em relação às autorias, pode-se afirmar a existência de características colaborativas na área da saúde, sendo que mais de 48% dos artigos foram compartilhados entre quatro, cinco e seis autores A média da taxa de crescimento geométrico da produção científica durante os 25 anos analisados foi de 16,02%. O grau de desigualdade na produção científica entre as diferentes regiões do país indica uma diminuição ao longo do período. A diferença entre as regiões diminuiu sensivelmente, mostrando que regiões que apresentaram uma baixa produção nos primeiros anos foram aos poucos se aproximando das mais produtivas, diminuindo as desigualdades existentes. Entretanto, muito há que se produzir para chegar a níveis mais equilibrados. Foi demonstrada nesta pesquisa a possibilidade de se analisar a vitalidade de um campo científico a partir de suas estruturas e dinâmicas, revelando que, na área das ciências da saúde no Brasil, a vitalidade científica está localizada, principalmente, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
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As análises de produção por estado indicaram que São Paulo e Rio de Janeiro são os líderes absolutos na produção científica nacional. Na dimensão oposta estão os estados do Amapá e Roraima, nos quais as proporções de artigos publicados somaram 0,02% do total. No que diz respeito às instituições, os estados que ocuparam posições medianas na hierarquia de produção não foram exatamente os mesmos em relação à quantidade de instituições de pesquisa. Especialmente Rio Grande do Norte, Paraíba e Sergipe, que mostraram posição mais favorável na quantidade de artigos do que instituições, e Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Piauí e Rondônia, que com menos instituições, produziram mais. Em relação a periódicos, a maior parte dos artigos foi publicada em revistas estrangeiras, sendo que os estados do Sudeste e do Sul apresentam uma maior diversidade de títulos, significando que as instituições destas regiões possuem maior inserção internacional. 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Foi demonstrada nesta pesquisa a possibilidade de se analisar a vitalidade de um campo científico a partir de suas estruturas e dinâmicas, revelando que, na área das ciências da saúde no Brasil, a vitalidade científica está localizada, principalmente, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.Scientometric study of descriptive nature about the structure and dynamics of scientific production activities in the area of health sciences in Brazil, that through the identification of specific characteristics pointed out signs that represent different degrees of vitality. From the analysis of 117 521 articles published between 1987 and 2011 in journals indexed by Medline bibliographic database, characteristics of vitality were identified in each of the 27 states of the federation. Assuming that the vitality of science can be identified by specific characteristics regarding productivity of authors, institutions longevity, thematic diversity and distribution channels, we identified many disparities between states. Analyses of production by state indicated that São Paulo and Rio de Janeiro are the absolute leaders in national scientific production. In the opposite dimension we find the states of Amapá and Roraima, in which the proportions of articles published were 0.02% of the total. With regard to institutions, the states that occupied middle positions in the hierarchy of production were not exactly the same regarding amount of research institutions. Especially Rio Grande do Norte, Paraíba and Sergipe, which showed more favorable position on the amount of articles than institutions, and Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Piauí e Rondônia, which with less institutions produced more. Regarding periodicals, most of the articles were published in foreign journals, and the states of Southeast and South regions have a greater diversity of titles, meaning that institutions of these regions have greater international insertion. The main thematic scopes of articles include the areas of biological sciences, tropical medicine, public health, parasitology, cardiology and psychiatry. Regarding authorship, it can be stated that there are collaborative characteristics in healthcare, as more than 48% of the articles were shared among four, five and six authors. The average rate of geometric growth of scientific production during the 25 years analyzed was 16.02%. The degree of inequality in scientific production between different regions of the country decreases over the period. The difference between regions decreased significantly, indicating that regions that showed a low production in the early years, were gradually approaching the most productive ones, reducing inequalities. However, much remains to be produced to reach more balanced levels. The possibility of analyzing the vitality of a scientific field from the analysis of their structures and dynamics was demonstrated in this study, revealing that, in the area of health sciences in Brazil, the scientific vitality is located in the states of São Paulo, Rio de Janeiro and Rio Grande do Sul.application/pdfporCientometriaComunicação científicaProdução científicaScientific communicationScientometricsBrazilian scienceScientometric indicatorsComunicação científica em ciências da saúde no Brasil : estrutura e dinâmica da produção e indícios de vitalidadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Biblioteconomia e ComunicaçãoPrograma de Pós-Graduação em Comunicação e InformaçãoPorto Alegre, BR-RS2014doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000919271.pdf000919271.pdfTexto completoapplication/pdf3537125http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/96674/1/000919271.pdfb7f2b1a224d0e28e23c078208c9a8f1fMD51TEXT000919271.pdf.txt000919271.pdf.txtExtracted Texttext/plain395264http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/96674/2/000919271.pdf.txta72d00d23fdeb14983bee278e3c84a92MD52THUMBNAIL000919271.pdf.jpg000919271.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1050http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/96674/3/000919271.pdf.jpge5817dd9da28b38ca1b636430acc10d0MD5310183/966742018-10-18 08:20:11.647oai:www.lume.ufrgs.br:10183/96674Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-18T11:20:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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