Reparo do defeito ósseo na trepanação craniana com enxerto ósseo autólogo : estudo comparativo morfológico e tomográfico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/15925 |
Resumo: | A cranioplastia para a correção dos defeitos causados pelo trépano cirúrgico é um dos problemas não adequadamente solucionados em neurocirurgia. As depressões deixadas pelo trépano neurocirúrgico nas craniotomias é uma queixa freqüente dos pacientes no pós-operatório. A extensa gama de materiais aloplásticos que tem sido propostos e utilizados para este fim é um bom exemplo desta dificuldade. O pó de osso, que é comumente usado nessas reconstruções, sofre um alto grau de reabsorção, mas até o momento, essa absorção não tinha sido mensurada, nem comparada com a do osso cortical. Outro grande desafio não solucionado até o momento é a dificuldade para acessar o desenvolvimento biológico de ossos transplantados em humanos, impossibilitando assim a quantificação dos resultados. A avaliação do local de reconstrução pela inspeção e pela palpação é um método grosseiro de aferição e permite apenas uma análise qualitativa subjetiva. Nossa insatisfação com o resultado estético das cranioplastias, além da falta de medidas objetivas das falhas ósseas, nos levou a testar a utilização do enxerto ósseo autógeno da lâmina interna da calota craniana para a resolução estético-funcional das deformidades causadas pelo trépano neurocirúrgico. O pó de osso foi recolhido durante a trepanação e o fragmento ósseo foi retirado, com uma trefina, especialmente confeccionada pelo autor para esse fim Após oito meses, realizamos tomografia de crânio com reconstrução óssea. Os locais reconstruídos com pó de osso e com fragmento ósseo foram delimitados e tiveram a densidade óssea aferida mediante tomografia computadorizada de crânio, procedimento ainda não utilizado na prática clínica neurocirúrgica. Os resultados foram expressos em unidades Hounsfield (HU). As reconstruções foram avaliadas por dois especialistas diferentes, cegados para o estudo, que atribuíram uma nota de 0 a 10 para a aparência estética dos locais reconstruídos. Analisamos a correlação entre a nota atribuída pelos avaliadores com a densidade medida pela TC. Foram reconstruídos 108 orifícios de craniotomia nos 23 pacientes estudados, sendo 36 orifícios reconstruídos com fragmento circular da lâmina interna (33,3%) e 72 com pó de osso (66,6%). A densidade média das reconstruções com fragmento circular foi 987,01 ± 172,6 HU, enquanto a de pó de osso foi 464,46 ±197,66 HU. Essa diferença foi estatisticamente significativa (p< 0,001, teste t de Student, < 0,05). A nota média atribuída às reconstruções pelos avaliadores foi de 9,5 para ao fragmento ósseo e 5,7 para o pó de osso, (p< 0,001, teste t pareado < 0,05). Não ocorreram complicações durante o seguimento de até 25 meses. Ao final do estudo, pode-se concluir que o fragmento de osso autólogo da lâmina interna é superior ao pó de osso para reconstrução dos orifícios de trepanação. A absorção do fragmento ósseo é menor e sua característica estética é superior. O custo nulo, bem como a ausência de morbidade do sítio doador, habilita o auto-enxerto como a primeira escolha para a correção dos defeitos causados pelo trépano cirúrgico. |
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Worm, Paulo ValdeciCollares, Marcus Vinicius MartinsFerreira, Nelson Pires2009-05-30T04:12:51Z2007http://hdl.handle.net/10183/15925000690724A cranioplastia para a correção dos defeitos causados pelo trépano cirúrgico é um dos problemas não adequadamente solucionados em neurocirurgia. As depressões deixadas pelo trépano neurocirúrgico nas craniotomias é uma queixa freqüente dos pacientes no pós-operatório. A extensa gama de materiais aloplásticos que tem sido propostos e utilizados para este fim é um bom exemplo desta dificuldade. O pó de osso, que é comumente usado nessas reconstruções, sofre um alto grau de reabsorção, mas até o momento, essa absorção não tinha sido mensurada, nem comparada com a do osso cortical. Outro grande desafio não solucionado até o momento é a dificuldade para acessar o desenvolvimento biológico de ossos transplantados em humanos, impossibilitando assim a quantificação dos resultados. A avaliação do local de reconstrução pela inspeção e pela palpação é um método grosseiro de aferição e permite apenas uma análise qualitativa subjetiva. Nossa insatisfação com o resultado estético das cranioplastias, além da falta de medidas objetivas das falhas ósseas, nos levou a testar a utilização do enxerto ósseo autógeno da lâmina interna da calota craniana para a resolução estético-funcional das deformidades causadas pelo trépano neurocirúrgico. O pó de osso foi recolhido durante a trepanação e o fragmento ósseo foi retirado, com uma trefina, especialmente confeccionada pelo autor para esse fim Após oito meses, realizamos tomografia de crânio com reconstrução óssea. Os locais reconstruídos com pó de osso e com fragmento ósseo foram delimitados e tiveram a densidade óssea aferida mediante tomografia computadorizada de crânio, procedimento ainda não utilizado na prática clínica neurocirúrgica. Os resultados foram expressos em unidades Hounsfield (HU). As reconstruções foram avaliadas por dois especialistas diferentes, cegados para o estudo, que atribuíram uma nota de 0 a 10 para a aparência estética dos locais reconstruídos. Analisamos a correlação entre a nota atribuída pelos avaliadores com a densidade medida pela TC. Foram reconstruídos 108 orifícios de craniotomia nos 23 pacientes estudados, sendo 36 orifícios reconstruídos com fragmento circular da lâmina interna (33,3%) e 72 com pó de osso (66,6%). A densidade média das reconstruções com fragmento circular foi 987,01 ± 172,6 HU, enquanto a de pó de osso foi 464,46 ±197,66 HU. Essa diferença foi estatisticamente significativa (p< 0,001, teste t de Student, < 0,05). A nota média atribuída às reconstruções pelos avaliadores foi de 9,5 para ao fragmento ósseo e 5,7 para o pó de osso, (p< 0,001, teste t pareado < 0,05). Não ocorreram complicações durante o seguimento de até 25 meses. Ao final do estudo, pode-se concluir que o fragmento de osso autólogo da lâmina interna é superior ao pó de osso para reconstrução dos orifícios de trepanação. A absorção do fragmento ósseo é menor e sua característica estética é superior. O custo nulo, bem como a ausência de morbidade do sítio doador, habilita o auto-enxerto como a primeira escolha para a correção dos defeitos causados pelo trépano cirúrgico.The cranioplasty for the correction of defects caused by surgical trepan is one of the problems that is not properly solved in neurosurgery. Frequently, the patients complain during postoperative period about the depressions left by the neurosurgical trepan in the craniotomy. The extensive gamma of aloplastic materials that has been considered and used for this end is a good example of this difficulty. The bone dust, frequently used in these reconstructions, suffers a high reabsorption degree, but until the moment, this absorption had not been mesured, nor compared to the one of the cortical bone. Another great challenge that has not been solved yet until the moment is the difficulty to access the biological development of transplanted bones in human beings, something that disabled the results quantification. The place reconstruction evaluation through inspection and palpation is a coarse method of gauging and allows only a subjective qualitative analysis. Our insatisfaction with the cranioplasties aesthetic result and the lack of objective measures of the bone imperfections made us test the use of bone autogenous graft of the internal calvarial bone blade as a aesthetic-functionary resolution for the deformities caused by neurosurgical trepan. Twenty three adult patients submitted to the surgery due to varied causes (ragged aneurism, not ragged aneurism, arteriovenous malformation and benign neoplasia) had had the trepanation orifices reconstructed with autologous bone dust or a autologous bone circular took from the internal blade of the bone segment removed for the intracranium procedure. In the same pacient, the two types of reconstruction had been carried through. The bone dust was collected during trepanation with a trephine especially confectioned by the author for this end. After eight months, we have carried through a tomography of the cranium that had bone reconstruction. The places reconstructed with dust of bone and with bone fragment had been delimited and they had had the bone density gauged by means of cranium computerized tomography, procedure still not used in the practical neurosurgical clinic. The results were expressed in Hounsfield units (HU). The reconstructions were evaluated by two different specialists, blinded for the study, who attributed a grade from 0 to 10 for the aesthetic appearance of the reconstructed places. We analyzed the correlation between the grade attributed for the appraisers with the density measured for the CT. 108 orifices of craniotomy in the 23 studied patients were reconstructed, among those 36 orifices were reconstructed with circular fragment from the internal blade (33,3%) and 72 with bone dust (66,6%). The mean density of the reconstructions with circular fragment was 987.01 ± 172,6 UH, while the one of bone dust was 464,46 ±197,66 UH. This difference was significant in a statistical way (p< 0.001, paired t-test < 0,05). The average grade attributed to the reconstructions by the appraisers was of 9,5 to the bone fragment and 5,7 to the bone dust, (p< 0.001. paired t-test < 0,05). It had not occurred complications during the pursuing of up to 25 months. In the end of the study, it can be concluded that the autologous bone fragment of the internal blade is superior to the dust of bone for the reconstruction of trepanation orifices. The absorption of bone fragment is smaller and its aesthetic characteristic is superior. The null cost, as well as the absence of morbidade of donor place, qualifies the selfgraft as the first choice for the correction of the defects caused by surgical trepan.application/pdfporTransplante ósseoTransplante autólogoCrânioCirurgiaTrepanaçãoReparo do defeito ósseo na trepanação craniana com enxerto ósseo autólogo : estudo comparativo morfológico e tomográficoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Cirurgia (até ago. 2008)Porto Alegre, BR-RS2007mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000690724.pdf000690724.pdfTexto completoapplication/pdf16047418http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15925/1/000690724.pdf5ba1526ec4b3363507e52bbd9ef53c0cMD51TEXT000690724.pdf.txt000690724.pdf.txtExtracted Texttext/plain105229http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15925/2/000690724.pdf.txt0d3b7ba609ec660b38c9b4e675c8aba3MD52THUMBNAIL000690724.pdf.jpg000690724.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1353http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15925/3/000690724.pdf.jpga90e4adf9d9d2b814bf34dcbf47acbc2MD5310183/159252018-10-18 07:18:54.534oai:www.lume.ufrgs.br:10183/15925Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-18T10:18:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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