Efeitos arrítmicos da cafeína : metanálise e ensaio clínico randomizado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/165710 |
Resumo: | A relação entre o consumo de cafeína e a ocorrência de arritmias permanece controverso. Apesar desta falta de evidência científica, a redução do consumo de cafeína ainda é amplamente recomendada. No intuito de elucidar esta questão, foram desenvolvidos I) revisão sistemática com metanálise e II) ensaio clínico randomizado. I) Métodos e resultados: A pesquisa foi realizada no Pubmed, Embase e Cochrane, e termos relacionados ao café, a cafeína, e arritmia cardíaca foram utilizados. Após avaliação de texto completo, sete estudos em humanos e dois estudos em animais foram incluídos na metanálise. Em estudos com animais, o principal resultado relatado foi uma redução significativa no limiar para fibrilação ventricular, no qual foi observada uma diferença média de 22,15 mA. O principal resultado avaliado em estudos com humanos foi o risco para batimentos prematuros ventriculares (BPV) em 24h (RR 1,00 (95% IC 0,94-1,06).II) Métodos e resultados: Em um estudo duplo-cego randomizado cruzado, comparou-se o efeito da cafeína e placebo sobre a frequência de BPV e batimentos prematuros supraventriculares (BPS), em repouso e durante um teste ergométrico, em 51 pacientes (60,6 ± 7 anos) com insuficiência cardíaca. Após a ingestão de 5 doses de 100ml de café descafeinado com um total de 500mg de cafeína ou placebo, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos no número de BPV ou BPS (150 vs. 212 BPV, p = 0,39; 6 SVPBs vs. 7 SVPBs, p = 0,83). Além disso, variáveis derivadas de testes de esforço também não foram influenciadas pela ingestão de cafeína. Conclusão: Não há nenhuma evidência para apoiar a recomendação comum para limitar o consumo moderado de cafeína em pacientes cardiopatas. |
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