Análise da estabilidade da marcha de adultos em diferentes condições visuais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveira, Mateus Corrêa
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/97841
Resumo: O sistema visual tem papel fundamental no controle de estabilidade da marcha. Pessoas com problemas visuais apresentam características de instabilidade ao andar. Apesar do número de indivíduos com visão prejudicada ser cada vez menor, pode-se observar essas mesmas características durante a caminhada em privação da visão ou em ambientes com baixa luminosidade. Aparentemente adultos dependem menos da visão que outros grupos para caminhar, sugerindo que possam ter estabilidade mesmo em menores níveis de luz. Assim, não fica claro quanto adultos dependem do sistema visual. Portanto, o objetivo do estudo foi analisar a estabilidade da marcha de adultos com visão saudável em diferentes condições visuais. O controle de luminosidade ambiente, no entanto, é difícil de ser feito. Então, as diferentes condições de visão foram manipuladas através do uso de máscaras com películas diminuindo a passagem de luz até o olho. Primeiramente, os efeitos das condições visuais foram analisados separadamente nos parâmetros de estabilidade e espaço temporais. Logo após, o efeito de duas velocidades de caminhada e a sua interação com as diferentes condições de visão foram verificados. 37 adultos com visão saudável participaram do estudo. Os participantes caminharam aleatoriamente em quatro condições visuais: visão total e com escurecimento da visão usando máscaras envolvidas por película automotiva 50%, 20% e 5% (mais escuro), cada percentual representando o nível de luz passando pela película até o olho. A caminhada foi realizada em duas velocidades: autosselecionada e 30% mais rápida. Sete câmeras de infravermelho capturaram os parâmetros de estabilidade (avaliada através dos deslocamentos do centro de massa em relação à base de suporte) e espaço temporais (comprimento de passo, velocidade da marcha, tempos de apoio). O nível de significância para todos os testes foi de α = 0,05. Os parâmetros de estabilidade e espaço temporais da marcha não mudaram entre condições visuais nas duas velocidades de caminhada, sem efeito de interação entre os fatores. Apenas a cinemática do tronco apresentou diferença nas piores condições visuais (posição mais posterior), adotando um padrão mais cuidadoso durante a caminhada. As ausências de mudanças nas variáveis espaço temporais podem justificar a manutenção dos níveis de estabilidade. Em conclusão, os resultados sugerem que adultos controlam a estabilidade e os padrões da marcha mesmo em menores níveis de luz.
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Então, as diferentes condições de visão foram manipuladas através do uso de máscaras com películas diminuindo a passagem de luz até o olho. Primeiramente, os efeitos das condições visuais foram analisados separadamente nos parâmetros de estabilidade e espaço temporais. Logo após, o efeito de duas velocidades de caminhada e a sua interação com as diferentes condições de visão foram verificados. 37 adultos com visão saudável participaram do estudo. Os participantes caminharam aleatoriamente em quatro condições visuais: visão total e com escurecimento da visão usando máscaras envolvidas por película automotiva 50%, 20% e 5% (mais escuro), cada percentual representando o nível de luz passando pela película até o olho. A caminhada foi realizada em duas velocidades: autosselecionada e 30% mais rápida. Sete câmeras de infravermelho capturaram os parâmetros de estabilidade (avaliada através dos deslocamentos do centro de massa em relação à base de suporte) e espaço temporais (comprimento de passo, velocidade da marcha, tempos de apoio). O nível de significância para todos os testes foi de α = 0,05. Os parâmetros de estabilidade e espaço temporais da marcha não mudaram entre condições visuais nas duas velocidades de caminhada, sem efeito de interação entre os fatores. Apenas a cinemática do tronco apresentou diferença nas piores condições visuais (posição mais posterior), adotando um padrão mais cuidadoso durante a caminhada. As ausências de mudanças nas variáveis espaço temporais podem justificar a manutenção dos níveis de estabilidade. Em conclusão, os resultados sugerem que adultos controlam a estabilidade e os padrões da marcha mesmo em menores níveis de luz.The visual system plays a fundamental role in gait stability control. People with visual impairment show some gait instability characteristics. Although the number of individuals with visual problems is decreasing, it is possible to see the same characteristics during walking in visual deprivation or in environments with low luminosity. Apparently, adults seem to be less visual dependent than other groups to walk, suggesting that they can have stability even in low light levels. Thus, it is not clear of how much adults depend of the visual system. Therefore, the objective of this study is to analyze the gait stability of adults with normal vision in different visual conditions. However, the control of ambient light level is difficult to be done. Then, the different visual conditions were manipulated by using masks with automotive films that decrease the light passage until the eye. First, only the effect of the different visual conditions on stability and spatiotemporal parameters was analyzed. After that, the effect of two walking velocities and its interaction with the different visual conditions was tested. 37 adults without any visual problems participated of the study. All participants walked randomly in four visual conditions: total vision and darkened vision using masks involved by automotive films of 50%, 20% and 5% (lower light level), with each percentage representing the light level passing through the film until the eye. Participants walked at two gait speeds: self-selected and 130% of self-selected walking speed. Seven infrared cameras were used to capture the gait stability (quantified by the center of mass displacements relative to the base of support) and the spatiotemporal parameters (step length, gait speed and stance times). The level of significance adopted for all the tests was α = 0,05. The spatiotemporal and the gait stability parameters did not change between visual conditions at both walking speeds, with no interaction effect between the two factors. Only the trunk kinematics showed differences in the worst visual conditions (more backward position), adopting a more cautious pattern during walking. The absence of changes in spatiotemporal parameters can justify the maintenance in stability variables. 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