Razões e racionalidade: os limites do Internalismo de Razões

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caldas, Jean Caiaffo
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/246509
Resumo: De acordo com a forma mais influente do Internalismo de Razões, há uma razão normativa para um agente realizar uma determinada ação, ou um agente tem uma razão normativa para realizar uma determinada ação, somente se esse agente é capaz de ser motivado a realizar essa ação a partir de uma boa deliberação com base no fato constituidor dessa razão. Neste trabalho, argumenta-se a favor de uma versão mitigada dessa forma de Internalismo de Razões: é defendido que essa posição só é verdadeira se o seu escopo de aplicação for restrito ao escopo das razões normativas para ação que são possuídas. Por um lado, é defendido que essa posição deve ser rejeitada enquanto uma tese acerca das condições para que exista uma razão normativa para um agente realizar uma determinada ação, na medida em que existem razões normativas para ação que, constitutivamente, não podem racionalmente motivar os agentes para os quais elas são razões. Mas, por outro lado, é defendido que essa posição não deve ser completamente rejeitada, na medida em que, dada a distinção entre razões possuídas e razões meramente existentes, ela é verdadeira quando mitigada enquanto uma tese acerca das condições para que um agente possua uma razão normativa para realizar uma determinada ação. Pois, ela é verdadeira enquanto uma tese acerca da condição prática da posse de razões normativas. Se os argumentos deste trabalho são sólidos, então a forma mais influente de Internalismo de Razões deve ser limitada tão somente enquanto uma posição acerca do que é ter ou possuir uma razão normativa para ação, e não acerca do que é existir uma razão normativa para ação.
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