Meliponicultura : o caso dos criadores de abelhas nativas sem ferrão no Vale do Rio Rolante (RS)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gehrke, Rafael
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/49817
Resumo: Em inúmeros momentos históricos a característica predatória da espécie humana causa impactos inesperados em seu habitat, sendo a conseqüência imediata disto o risco de extinção de espécies. A ocupação desordenada das regiões de domínio do bioma da Mata Atlântica brasileira iniciada no período colonial é um exemplo marcante. O afã produtivo de uma economia fundada no mercado simplificou a utilização dos recursos naturais transformandoos em fatores de produção. A ocupação do Rio Grande do Sul, acelerada com a chegada maciça de imigrantes europeus no século XIX, foi ávida no consumo de terras para agricultura e extrativismo vegetal. Todavia eventos desencadeados pelo próprio mercado associados à intervenção do Estado fizeram com que a intensidade degradante destes eventos fosse abrandada. Em alguns casos encontraram-se características especiais, onde as dimensões ecológicas, culturais e socioeconômicas tornaram possíveis relações mutualistas entre homem e natureza. Como representação deste fenômeno está a atividade representada pela criação de abelhas nativas sem ferrão. O objetivo geral que orientou este trabalho de pesquisa foi o de caracterizar e avaliar socioambientalmente e economicamente a meliponicultura no Vale do Rio Rolante. Como o estudo tratou de observar uma intrincada troca de recursos optou-se por uma abordagem sistêmica. Neste sentido a operacionalização da pesquisa empírica deu-se com bases metodológicas da Análise e Diagnóstico dos Sistemas Agrários. Esta metodologia tem como pressuposto a captação da diversidade dos tipos de agricultura percebidos em um contexto agrário específico. A mesma permite a identificação de condicionantes ecológicos, históricos, socioeconômicos, políticos e culturais responsáveis por diferenciações entre os grupos sociais, que mesmo situados em um mesmo ambiente não são homogêneos. Mesmo adotando sistemas produtivos que se assemelham no que tange a presença marcante da pluriatividade surgiram distinções importantes nos níveis de tecnificação dos meliponicultores. Desta forma e levando a confronto a legislação pertinente com uma atividade que utiliza criar espécies da fauna nativa evidenciaram-se as vantagens do manejo receber o apoio técnico/científico. O meliponicultor pode agir como um agente chave na dispersão de polinizadores e consequentemente um eficaz tributário dos aumentos das produções agrícolas e reprodução da flora nativa. Da mesma forma transforma-se em um conservacionista e multiplicador de abelhas nativas, que pode transformar a meliponicultura em uma atividade economicamente viável e rica em valores intangíveis. Demonstrou-se que os criadores de abelhas nativas sem ferrão têm como característica em primeiro plano o encontro com um hobby e em segundo um aporte econômico. Verifica-se a característica de agricultor rurbano e de forte aporte de rendas não agrícolas em seus sistemas de produção, que tem na meliponicultura uma forma de manutenção de relação e intercâmbio com a natureza.
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spelling Gehrke, RafaelMiguel, Lovois de Andrade2012-06-28T01:32:19Z2010http://hdl.handle.net/10183/49817000828742Em inúmeros momentos históricos a característica predatória da espécie humana causa impactos inesperados em seu habitat, sendo a conseqüência imediata disto o risco de extinção de espécies. A ocupação desordenada das regiões de domínio do bioma da Mata Atlântica brasileira iniciada no período colonial é um exemplo marcante. O afã produtivo de uma economia fundada no mercado simplificou a utilização dos recursos naturais transformandoos em fatores de produção. A ocupação do Rio Grande do Sul, acelerada com a chegada maciça de imigrantes europeus no século XIX, foi ávida no consumo de terras para agricultura e extrativismo vegetal. Todavia eventos desencadeados pelo próprio mercado associados à intervenção do Estado fizeram com que a intensidade degradante destes eventos fosse abrandada. Em alguns casos encontraram-se características especiais, onde as dimensões ecológicas, culturais e socioeconômicas tornaram possíveis relações mutualistas entre homem e natureza. Como representação deste fenômeno está a atividade representada pela criação de abelhas nativas sem ferrão. O objetivo geral que orientou este trabalho de pesquisa foi o de caracterizar e avaliar socioambientalmente e economicamente a meliponicultura no Vale do Rio Rolante. Como o estudo tratou de observar uma intrincada troca de recursos optou-se por uma abordagem sistêmica. Neste sentido a operacionalização da pesquisa empírica deu-se com bases metodológicas da Análise e Diagnóstico dos Sistemas Agrários. Esta metodologia tem como pressuposto a captação da diversidade dos tipos de agricultura percebidos em um contexto agrário específico. A mesma permite a identificação de condicionantes ecológicos, históricos, socioeconômicos, políticos e culturais responsáveis por diferenciações entre os grupos sociais, que mesmo situados em um mesmo ambiente não são homogêneos. Mesmo adotando sistemas produtivos que se assemelham no que tange a presença marcante da pluriatividade surgiram distinções importantes nos níveis de tecnificação dos meliponicultores. Desta forma e levando a confronto a legislação pertinente com uma atividade que utiliza criar espécies da fauna nativa evidenciaram-se as vantagens do manejo receber o apoio técnico/científico. O meliponicultor pode agir como um agente chave na dispersão de polinizadores e consequentemente um eficaz tributário dos aumentos das produções agrícolas e reprodução da flora nativa. Da mesma forma transforma-se em um conservacionista e multiplicador de abelhas nativas, que pode transformar a meliponicultura em uma atividade economicamente viável e rica em valores intangíveis. Demonstrou-se que os criadores de abelhas nativas sem ferrão têm como característica em primeiro plano o encontro com um hobby e em segundo um aporte econômico. Verifica-se a característica de agricultor rurbano e de forte aporte de rendas não agrícolas em seus sistemas de produção, que tem na meliponicultura uma forma de manutenção de relação e intercâmbio com a natureza.En inumerables momentos históricos la característica depredatória de la espécie humana excede la resiliencia de su hábitat siendo que la consecuencia inmediata de esto es correr el riezgo de la extinción de especies. La ocupación desordenada de las regiones donde predomina el bioma de Mata Atlantica Brasilera iniciada en el periodo Colonialn catalizo este proceso. El afán productivo de una economia fundada en el mercado, simplifico la utilización de los recursos naturales transformandolos en factores de producción. La ocupación de Rio Grande del Sur acelerada con la llegada en masa de migrantes europeos en el Siglo XIX, fué avaro en el consumo de tierras para la agricultura y para la explotación vegetal. Tambien, eventos desencadenados por el propio mercado asociados a la intervención del Estado hicieron que la intensidad degradante de estos eventos fuera atenuada. En una region especifica se encuentran caractiristicas especiales, donde las dimensiones ecológicas culturales y socieconómicas tornaran posibles relaciones mutuas entre el homebre y la naturaleza. Como ejemplo de este fenomeno esta la actividad representada por la cria de abejas nativas en aguijón. El obejtivo general que oriento este trabajo de investigación, fué de caracterizar y evaluar la meliponicultura en el Valle del Rio Rolante. Como el estudio trató de observar trocas dificiles, se optó por un abordage sistemico. En este sentido la opracionalización de la investigación imppirica se dio con bases metodológicas del Analisis y Diagnóstico de los Sistemas Agrários. Esta metodologia tiene como presupuesto la captación de diversos tipos de la agricultura percibidos en un contexto agrário específico. Ésta, permite la identificación de condicionantes ecológicos, históricos, socioeconómicos, políticos y culturales responsables por establecer las diferencias entre los grupos sociales, que a pesar de estar situados en un mismo ambiente no son homogeneos. A pesar de adoptar sistemas productivos que se asemejan en lo que respecta a la presencia marcante de la pluriatividad, surgieron distinciones importantes en los niveles de tecnificación de los meliponicultores. De esta forma, conduciendo El confronto con la legislación pertinente con una actividad que cria especies de la fauna nativa se evidencian las ventajas de maniobrar recibiendo el apoyo técnico-científico. El meliponicultor puede actuar como un agente clave en la dispersión de polinizadores y por consecuencia, un eficaz contribuyente de los aumentos de las producciones agrícolas y reproducción de la flora nativa. De la misma forma, se transforma en un conservacionista y multiplicador de abejas nativas, que puede transformar la meliponicultura en una actividad económicamente viable y rica en valores intangibles. Se demostró que los criadores de abejas nativas sin aguijón tienen como característica en primer lugar el encuentro con un hobby, y en segundo lugar un aporte económico. Se verifica la característica del agricultor rurbano, y fuerte aporte rentable no agrícola en sus sistemas de producción que encuentra en la meliponicultura una forma de mantenimiento de la relación e intercambio con la naturaleza.application/pdfporMeliponiculturaVale do Rio Rolante, Região (RS)MeliponiculturaValle del Rio RolanteSistemas agrariosSistemas de producciónLegislaciónMeliponicultura : o caso dos criadores de abelhas nativas sem ferrão no Vale do Rio Rolante (RS)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Ciências EconômicasPrograma de Pós-Graduação em Desenvolvimento RuralPorto Alegre, BR-RS2010mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000828742.pdf000828742.pdfTexto completoapplication/pdf3915757http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/49817/1/000828742.pdfac5595e44b34af92a0e7fb80c277b7adMD51TEXT000828742.pdf.txt000828742.pdf.txtExtracted Texttext/plain445358http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/49817/2/000828742.pdf.txtd9dbb03e6c1529ec8a04db4795b8c843MD52THUMBNAIL000828742.pdf.jpg000828742.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg981http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/49817/3/000828742.pdf.jpg28ab39a065265f4580ca6c2b8a8d7caaMD5310183/498172019-05-01 02:34:51.080679oai:www.lume.ufrgs.br:10183/49817Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-05-01T05:34:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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