Efeito de uma sobrecarga aguda de ácidos graxos monoinsaturados e saturados nos níveis séricos de GLP-1 e PYY em ratos wistar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/69827 |
Resumo: | Introdução: A prevalência de doenças crônicas tem crescido em decorrência do aumento da obesidade nos últimos anos. Peptídeos secretados pelo trato gastrointestinal, como o peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) e o peptídeo YY (PYY), exercem papel fundamental no controle da ingestão alimentar, pois levam informações acerca dos nutrientes ingeridos até o sistema nervoso central, possuindo efeitos anorexígenos e/ou orexígenos. Tanto GLP-1 quanto PYY são produzidos pelas células-L do íleo distal e cólon, sendo liberados após a ingestão alimentar. Além do efeito incretina produzido pelo GLP-1, ambos os peptídeos apresentam implicações no controle do apetite, o qual reflete na redução do peso corpóreo. Objetivos: Demonstrar um aumento na secreção de GLP-1 e PYY após sobrecarga oral de diferentes tipos de lipídios, comparados à controle negativo (água) e positivo (glicose). Métodos: Foi realizado um estudo experimental controlado em ratos Wistar, distribuídos em 4 grupos de acordo com a sobrecarga oral: grupo MUFA (óleo de oliva); grupo SAT (banha suína); grupo GLUC (glicose) e grupo CONT (água), foram avaliadas as concentrações séricas de GLP-1 ativo e PYY3-36 nos tempos: 0, 15, 30, 60 e 120 minutos. As sobrecargas foram isovolumétricas e isocalóricas, com exceção do grupo controle. Resultados: Houve pico de secreção do GLP-1 pós-sobrecarga no grupo MUFA no ponto 120’ vs CONT e GLUC (p≤0,001) e no ponto 30’ quando comparado ao seu baseline. Também observou-se pico de secreção de PYY no grupo MUFA vs CONT no ponto 30’ (p=0,015); no ponto 60’ vs CONT e GLUC (p=0,019) e no ponto 120’ vs CONT e SAT (p=0,02). A carga secretada do PYY foi maior no MUFA quando comparada ao CONT (p=0,04). Verificou-se forte correlação entre os níveis basais e AUC’s do GLP-1 e PYY (r=0,57; (p= 0,02); r=0,39; (p≤0,001)). A proporção GLP-1/PYY apresentou um coeficiente médio de 3,77 (±2,04). O grupo MUFA evidenciou níveis menores de glicose e maiores de insulina no ponto 15’, enquanto SAT mostrou níveis maiores de glicose e menores de insulina neste ponto, porém, sem diferença significativa. Conclusão: A sobrecarga oral de fontes de ácidos graxos monoinsaturados promoveu um pico de secreção do GLP-1 de forma rápida e no que diz respeito ao PYY, o pico foi mais sustentado. Estudos adicionais são necessários, a fim de se avalir o efeito de fontes distintas de lipídeos da dieta sobre a secreção destes peptídeos e seus efeitos na saciedade. |
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Jornada, Manoela Neves daBertoluci, Marcello Casaccia2013-03-28T01:41:04Z2012http://hdl.handle.net/10183/69827000874630Introdução: A prevalência de doenças crônicas tem crescido em decorrência do aumento da obesidade nos últimos anos. Peptídeos secretados pelo trato gastrointestinal, como o peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) e o peptídeo YY (PYY), exercem papel fundamental no controle da ingestão alimentar, pois levam informações acerca dos nutrientes ingeridos até o sistema nervoso central, possuindo efeitos anorexígenos e/ou orexígenos. Tanto GLP-1 quanto PYY são produzidos pelas células-L do íleo distal e cólon, sendo liberados após a ingestão alimentar. Além do efeito incretina produzido pelo GLP-1, ambos os peptídeos apresentam implicações no controle do apetite, o qual reflete na redução do peso corpóreo. Objetivos: Demonstrar um aumento na secreção de GLP-1 e PYY após sobrecarga oral de diferentes tipos de lipídios, comparados à controle negativo (água) e positivo (glicose). Métodos: Foi realizado um estudo experimental controlado em ratos Wistar, distribuídos em 4 grupos de acordo com a sobrecarga oral: grupo MUFA (óleo de oliva); grupo SAT (banha suína); grupo GLUC (glicose) e grupo CONT (água), foram avaliadas as concentrações séricas de GLP-1 ativo e PYY3-36 nos tempos: 0, 15, 30, 60 e 120 minutos. As sobrecargas foram isovolumétricas e isocalóricas, com exceção do grupo controle. Resultados: Houve pico de secreção do GLP-1 pós-sobrecarga no grupo MUFA no ponto 120’ vs CONT e GLUC (p≤0,001) e no ponto 30’ quando comparado ao seu baseline. Também observou-se pico de secreção de PYY no grupo MUFA vs CONT no ponto 30’ (p=0,015); no ponto 60’ vs CONT e GLUC (p=0,019) e no ponto 120’ vs CONT e SAT (p=0,02). A carga secretada do PYY foi maior no MUFA quando comparada ao CONT (p=0,04). Verificou-se forte correlação entre os níveis basais e AUC’s do GLP-1 e PYY (r=0,57; (p= 0,02); r=0,39; (p≤0,001)). A proporção GLP-1/PYY apresentou um coeficiente médio de 3,77 (±2,04). O grupo MUFA evidenciou níveis menores de glicose e maiores de insulina no ponto 15’, enquanto SAT mostrou níveis maiores de glicose e menores de insulina neste ponto, porém, sem diferença significativa. Conclusão: A sobrecarga oral de fontes de ácidos graxos monoinsaturados promoveu um pico de secreção do GLP-1 de forma rápida e no que diz respeito ao PYY, o pico foi mais sustentado. Estudos adicionais são necessários, a fim de se avalir o efeito de fontes distintas de lipídeos da dieta sobre a secreção destes peptídeos e seus efeitos na saciedade.Background: The increased prevalence of chronic diseases has risen due to obesity. Gut peptides, such as glucagon-like peptide 1 (GLP-1) and peptide YY (PYY), play an important role controlling food intake in response to a meal. GLP-1 exerts the known incretin effect stimulating the release of insulin in a glucosedependent manner. Besides its insulinotropic effects, it is well established that GLP-1 slows gastric emptying, and also inhibits inappropriate glucagon release, additionally improves satiety. Both PYY and GLP-1 are produced by L cells of the distal ileum and colon. Objective: Demonstrate an increased secretion of PYY and GLP-1 after oral overload of different types of lipids, compared to negative (water) and positive (glucose) control. Methods: We conducted a controlled experimental study in Wistar rats, divided into 4 groups according to oral overload: MUFA group (olive oil), SAT group (lard:), carbohydrates group (glucose) and CONT group (water), It was evaluated the serum concentration of active GLP-1 and PYY3-36 in the times: 0, 15, 30, 60 and 120 minutes. Overloads were isovolumetric and isocaloric, but the control group. Results: It was verified a higher peak secretion of GLP-1 in MUFA group at 120' after overload vs. CONT and carbohydrates (p ≤ 0.001) and at 30' when compared to its baseline (p=0,01). It was shown a higher secretion peak of GLP-1 after MUFA overload at time 120’ vs CONT e GLUC (p≤0,001) and at time 30’ when compared to its baseline. It was also verified a PYY release peak in MUFA vs CONT at time 30’ (p=0,015); 60’ vs CONT e GLUC (p=0,019) and 120’ vs CONT e SAT (p=0,02). PYY release load presented higher in MUFA group when compared to CONT (p=0,04). A strong correlation was seen between baseline PYY and GLP-1 (r=0,57; p= 0,02) as their AUC’s (r=0,39; p≤0,001). GLP-1/PYY proportion release presented a mean coefficient of 3, 77(±2,04).Conclusion: monounsaturated fatty acids promoted a release peak of GLP-1 in a faster manner and concerning PYY this peak was more sustained. Further studies are necessary to evaluate whether distinct diet fatty acids can ameliorate these gut peptides release and their role on satiety.application/pdfporPeptídeo YYInsulinaGlicemiaÁcidos graxos monoinsaturadosÁcidos graxosRatos WistarGLP-1PYYInsulinGlucoseMonounsaturated fatty acidsSaturated fatty acidsEfeito de uma sobrecarga aguda de ácidos graxos monoinsaturados e saturados nos níveis séricos de GLP-1 e PYY em ratos wistarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2012mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000874630.pdf000874630.pdfTexto completoapplication/pdf572768http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/69827/1/000874630.pdfa3d5b61be4cb4dd2f464c5dd4f724d0fMD51TEXT000874630.pdf.txt000874630.pdf.txtExtracted Texttext/plain93290http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/69827/2/000874630.pdf.txt61713e39ce537eab99d5ce23d9d9b8c4MD52THUMBNAIL000874630.pdf.jpg000874630.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1049http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/69827/3/000874630.pdf.jpgd2bbe4cbc7199aea87fb44a5246e66a4MD5310183/698272018-10-15 08:03:34.352oai:www.lume.ufrgs.br:10183/69827Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-15T11:03:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Introdução: A prevalência de doenças crônicas tem crescido em decorrência do aumento da obesidade nos últimos anos. Peptídeos secretados pelo trato gastrointestinal, como o peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) e o peptídeo YY (PYY), exercem papel fundamental no controle da ingestão alimentar, pois levam informações acerca dos nutrientes ingeridos até o sistema nervoso central, possuindo efeitos anorexígenos e/ou orexígenos. Tanto GLP-1 quanto PYY são produzidos pelas células-L do íleo distal e cólon, sendo liberados após a ingestão alimentar. Além do efeito incretina produzido pelo GLP-1, ambos os peptídeos apresentam implicações no controle do apetite, o qual reflete na redução do peso corpóreo. Objetivos: Demonstrar um aumento na secreção de GLP-1 e PYY após sobrecarga oral de diferentes tipos de lipídios, comparados à controle negativo (água) e positivo (glicose). Métodos: Foi realizado um estudo experimental controlado em ratos Wistar, distribuídos em 4 grupos de acordo com a sobrecarga oral: grupo MUFA (óleo de oliva); grupo SAT (banha suína); grupo GLUC (glicose) e grupo CONT (água), foram avaliadas as concentrações séricas de GLP-1 ativo e PYY3-36 nos tempos: 0, 15, 30, 60 e 120 minutos. As sobrecargas foram isovolumétricas e isocalóricas, com exceção do grupo controle. Resultados: Houve pico de secreção do GLP-1 pós-sobrecarga no grupo MUFA no ponto 120’ vs CONT e GLUC (p≤0,001) e no ponto 30’ quando comparado ao seu baseline. Também observou-se pico de secreção de PYY no grupo MUFA vs CONT no ponto 30’ (p=0,015); no ponto 60’ vs CONT e GLUC (p=0,019) e no ponto 120’ vs CONT e SAT (p=0,02). A carga secretada do PYY foi maior no MUFA quando comparada ao CONT (p=0,04). Verificou-se forte correlação entre os níveis basais e AUC’s do GLP-1 e PYY (r=0,57; (p= 0,02); r=0,39; (p≤0,001)). A proporção GLP-1/PYY apresentou um coeficiente médio de 3,77 (±2,04). O grupo MUFA evidenciou níveis menores de glicose e maiores de insulina no ponto 15’, enquanto SAT mostrou níveis maiores de glicose e menores de insulina neste ponto, porém, sem diferença significativa. Conclusão: A sobrecarga oral de fontes de ácidos graxos monoinsaturados promoveu um pico de secreção do GLP-1 de forma rápida e no que diz respeito ao PYY, o pico foi mais sustentado. Estudos adicionais são necessários, a fim de se avalir o efeito de fontes distintas de lipídeos da dieta sobre a secreção destes peptídeos e seus efeitos na saciedade. |
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