Uso de extratos de taninos como sanitizantes em alface minimamente processada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Klug, Tammila Venzke
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/183447
Resumo: A sanitização com hipoclorito de sódio é recomendada para espécies hortícolas, porém há uma preocupação sobre uma possível formação a partir deste sanitizante de trihalometanos e ácidos haloacéticos, reconhecidos como compostos cancerígenos. Com base nisto, o objetivo do presente trabalho foi estudar o efeito microbiológico e qualitativo de sanitizantes à base de extratos de taninos de Acacia mearnsii como uso alternativo ao hipoclorito de sódio em alface minimamente processada. Foram conduzidos dois experimentos. No primeiro trabalho definiram-se as concentrações mínimas inibitórias (CMI) dos extratos de taninos SM®, SG® e AQ® contra a bactéria Escherichia coli ATCC 25972. Além disso, foram feitas avaliações da redução de células de E. coli na superfície de folhas de alface após 2h e 24h de incubação, após o uso de extratos de taninos: SM® 1%, SG® 1% e AQ® 2% por 10 min, solução de hipoclorito de sódio (200 mg/L) por 15 min e água potável por 1 min. A visualização da presença de bactérias na superfície das folhas após os tratamentos de sanitização foi realizada por meio de microscopia eletrônica de varredura (mev). No segundo experimento, alface minimamente processada foi sanitizada com os extratos de taninos SM® 1% (10 min), SG® 1% (10 min), solução de hipoclorito de sódio (200 mg/L / 15 min) e água potável (1 min) e armazenada a 3 ± 1ºC por 9 dias. Foram realizadas análises microbiológicas e físico-químicas, no dia da instalação do experimento (antes e após sanitização) e aos 5, 7 ou 9 dias. No primeiro experimento, as CMIs dos extratos de taninos SM® e SG® foram de 1% para E. coli, enquanto para o AQ® foi de 2%. Em relação à inoculação de E. coli na superfície de alface, os extratos SM® 1% e SG® 1% reduziram significativamente o número de células, comparável à eficácia de redução do hipoclorito de sódio, enquanto o extrato AQ® apresentou um menor efeito de redução não diferindo da redução obtida pelo uso de água. Após incubação de 24h observou-se formação de agregados celulares e foi possível visualizar células de E. coli no interior dos estômatos da folha de alface por mev. Os tratamentos SM® e SG® foram menos eficazes na redução de células de E. coli após incubação por 24h na comparação com a incubação por 2h, o que sugere que a internalização de bactérias no interior dos tecidos vegetais limitou a ação dos extratos de taninos. No segundo experimento, os melhores resultados microbiológicos e físico-químicos foram obtidos com o extrato tânico SM®, o qual não diferiu estatisticamente da solução de cloro. Os extratos de taninos reduziram significativamente a contagem microbiológica inicial das amostras de alface. Portanto, sugere-se o uso do extrato de tanino SM® na água de lavagem, com o objetivo de redução inicial da contagem microbiológica da alface.
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Além disso, foram feitas avaliações da redução de células de E. coli na superfície de folhas de alface após 2h e 24h de incubação, após o uso de extratos de taninos: SM® 1%, SG® 1% e AQ® 2% por 10 min, solução de hipoclorito de sódio (200 mg/L) por 15 min e água potável por 1 min. A visualização da presença de bactérias na superfície das folhas após os tratamentos de sanitização foi realizada por meio de microscopia eletrônica de varredura (mev). No segundo experimento, alface minimamente processada foi sanitizada com os extratos de taninos SM® 1% (10 min), SG® 1% (10 min), solução de hipoclorito de sódio (200 mg/L / 15 min) e água potável (1 min) e armazenada a 3 ± 1ºC por 9 dias. Foram realizadas análises microbiológicas e físico-químicas, no dia da instalação do experimento (antes e após sanitização) e aos 5, 7 ou 9 dias. No primeiro experimento, as CMIs dos extratos de taninos SM® e SG® foram de 1% para E. coli, enquanto para o AQ® foi de 2%. Em relação à inoculação de E. coli na superfície de alface, os extratos SM® 1% e SG® 1% reduziram significativamente o número de células, comparável à eficácia de redução do hipoclorito de sódio, enquanto o extrato AQ® apresentou um menor efeito de redução não diferindo da redução obtida pelo uso de água. Após incubação de 24h observou-se formação de agregados celulares e foi possível visualizar células de E. coli no interior dos estômatos da folha de alface por mev. Os tratamentos SM® e SG® foram menos eficazes na redução de células de E. coli após incubação por 24h na comparação com a incubação por 2h, o que sugere que a internalização de bactérias no interior dos tecidos vegetais limitou a ação dos extratos de taninos. No segundo experimento, os melhores resultados microbiológicos e físico-químicos foram obtidos com o extrato tânico SM®, o qual não diferiu estatisticamente da solução de cloro. Os extratos de taninos reduziram significativamente a contagem microbiológica inicial das amostras de alface. Portanto, sugere-se o uso do extrato de tanino SM® na água de lavagem, com o objetivo de redução inicial da contagem microbiológica da alface.Although sanitization with sodium hypochlorite is recommended for fresh cut vegetables, skepticisms remain concerning the possible formation of trihalomethanes and haloacetic acids, acknowledged carcinogenic compounds. Based on that, the present work intended to evaluate the microbiological and qualitative effects of sanitizers based on tannin extracts of Acacia mearnsii as an alternative to the use of sodium hypochlorite on fresh cut lettuce. Two experiments were conducted. In the first experiment, the minimal inhibitory concentrations (MIC) of the tannin extracts SM®, SG® and AQ® were defined against the Escherichia coli ATCC 25972. Furthermore, after a 2h or a 24h incubation period, the reduction of E. coli cells on the surface of lettuce leaves after the application of tannin extracts: SM® 1%, SG® 1% and AQ® 2% for 10 min, of solution of sodium hypochlorite (200 mg/L) for 15 min or water for 1 min was determined. Scanning electron microscopy (SEM) was performed after the sanitizing treatments. In the second experiment, fresh cut lettuce was sanitized with the tannin extracts SM® 1% (10 min) and SG® 1% (10 min), solution of sodium hypochlorite (200 mg/L / 15 min) and potable water (1 min) and stored at 3+1ºC for 9 days. Microbiological and quality analyses were completed at day zero (before and after sanitization) and after 5, 7 or 9 days of cold storage. On the first experiment, the MIC of the SM® and SG® tannin extracts was 1% for E. coli, while the MIC of the AQ® was 2%. Regarding the inoculation of E. coli cells on the lettuce leaves surface, the SM® (1%) and SG® (1%) tannin extracts significantly reduced the number of cells comparable to the reducing efficacy of sodium hypochlorite. The AQ® extract presented the lowest reduction, which was not statistically different from the reduction obtained by using tap water. After the 24h incubation period, a formation of cellular aggregates was observed facilitating the visualization of E. coli cells in stomata of lettuce leaves by means of SEM. Moreover, the SM® and SG® treatments were less efficient in the reduction of E. coli cells after the 24h incubation compared with the 2h incubation, which suggests that the internalization of bacteria in the interior of plant tissues limited the action of the tannin extracts. On the second experiment, the results were obtained with the SM® tannin extract, not showing statistical difference from the chlorite solution. The tannin extracts significantly reduced the initial microbiological count of the lettuce samples. Therefore, the use of the tannin extract SM® is suggested for rinsing water, with the objective of an initial reduction of the microbiological count on lettuce leaves.application/pdfporAlfaceTaninoEscherichia coliSanitizantesLactuca sativaEscherichia coliTannin extractsUso de extratos de taninos como sanitizantes em alface minimamente processadaApplication of tannin extracts as sanitizers on minimally procesed letuce1 Effect of tannin extracts on biofilms and attachment of Escherichia coli on leaf lettuceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaPorto Alegre, BR-RS2015mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000968224.pdfTexto completoapplication/pdf3435758http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183447/1/000968224.pdf0ebb015c15ddb2be3614dccabf1bfc0eMD51TEXT000968224.pdf.txt000968224.pdf.txtExtracted Texttext/plain174575http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183447/2/000968224.pdf.txtf458d52311ccf4ddbc928b9e8a16d677MD52THUMBNAIL000968224.pdf.jpg000968224.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1162http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183447/3/000968224.pdf.jpgcc27b7dce1f2d7b4214e687ae180fa90MD5310183/1834472018-10-17 02:37:48.198604oai:www.lume.ufrgs.br:10183/183447Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-17T05:37:48Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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