Sequências deposicionais do Grupo Itararé (Carbonífero e Eopermiano), Bacia do Paraná, na área de Dr. Pedrinho e cercanias, Santa Catarina, Brasil: turbiditos, pelitos e depósitos caóticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: D'Avila, Roberto Salvador Francisco
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
Texto Completo: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9698
Resumo: Os estratos do Grupo Itararé, produzidos pela glaciação permocarbonífera do Gondwana, na Bacia do Paraná, registram um ambiente dominantemente marinho glácio-influenciado em Santa Catarina, apresentando contextos prodeltaico e distal à geleiras aterradas no mar. São turbiditos conglomeráticos e arenosos, pelitos depositados lentamente abaixo do nível base de ondas de tempestade, com aporte de rain-out e estratos caóticos, gerados por fluxos de detritos, escorregamentos e deslizamentos. Os estudos regionais de seções próximas à Alfredo Wagner, Vidal Ramos, Aurora, Rio do Sul, Trombudo, Presidente Nereu, Lontras, e de detalhe, em Dr. Pedrinho, permitiram o reconhecimento de cinco sequências deposicionais, separadas por discordâncias de extensão regional e correlacionáveis por mais de 300km, até o norte do Paraná. Cada sequência inicia com a entrada abrupta de arenitos e conglomerados sobre sedimentitos lamosos, marcando um rápido deslocamento das fácies grossas para o interior da bacia, devido a rebaixamentos relativos do nível do mar. As seqüencias 1 a 4 equivalem a depósitos do Grupo Itararé, atingindo uma espessura de 450 m. Mostram uma influência glacial notável, estabelecida quando o paleocontinente Gondwana situava-se próximo ao pólo, durante o final do Carbonífero e início do Permiano. Estas sequências glácioinfluenciadas, de 1 até 4, apresentam uma mudança no padrão climático ao longo da deposição. As sequências 1 e 2 registram condições mais frias, ao passo que as sequências 3 e 4 apresentam condições mais amenas, temperadas, marcadas pela retração das geleiras e concomitante desenvolvimento de sistemas fluviais e da vegetação, em resposta à deriva do paleocontinente para longe do pólo. O trato de mar baixo das sequências 1 a 4 é caracterizado por turbiditos espessos, gerados por fluxos saídos da base de geleiras em retração e por correntes hiperpicnais, disparadas por cheias fluviais. Muito localmente ocorrem tilitos, que registram momentos de avanços significativos dos glaciares sobre a bacia, causando rebaixamentos glácioeustáticos maiores. Pelitos prodeltaicos e depositados distalmente a geleiras aterradas no mar intercalam-se a turbiditos delgados e a pacotes caóticos, constituindo depósitos comuns no trato de sistemas transgressivo das sequências 1 a 4. Progradações rápidas, do trato de sistemas de mar alto, propiciaram a deposição de pacotes pelítico-arenosos instáveis, remobilizados como escorregamentos que evoluíram a fluxos de detritos, formando estratos caóticos espessos. O padrão de paleocorrentes indica uma importante mudança no padrão de aporte da bacia. As sequências 1 a 3 mostram um aporte para o quadrante norte, ocorrendo uma mudança a partir da sequência 4, ainda no “tempo Itararé”, quando a bacia recebeu um crescente aporte para sul e sudoeste, precedendo a inversão tectônica maior documentada pela Fm. Rio Bonito. A sequência 5 é composta por sedimentitos pósglaciais da Formação Rio Bonito, depositados em contexto deltaico, fluvial e marinho raso, dominado por ondas e marés.
id USIN_08cebc10c325520ce23ca0a4a888d9a3
oai_identifier_str oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/9698
network_acronym_str USIN
network_name_str Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
repository_id_str
spelling 2021-04-06T18:44:37Z2021-04-06T18:44:37Z2009-05-26Submitted by Tatiane Vieira da Costa (tatianec) on 2021-04-06T18:44:37Z No. of bitstreams: 1 Roberto Salvador Francisco d'Avila_.pdf: 15079375 bytes, checksum: 7e8b12d409364a023f993ec81bb46292 (MD5)Made available in DSpace on 2021-04-06T18:44:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Roberto Salvador Francisco d'Avila_.pdf: 15079375 bytes, checksum: 7e8b12d409364a023f993ec81bb46292 (MD5) Previous issue date: 2009-05-26Os estratos do Grupo Itararé, produzidos pela glaciação permocarbonífera do Gondwana, na Bacia do Paraná, registram um ambiente dominantemente marinho glácio-influenciado em Santa Catarina, apresentando contextos prodeltaico e distal à geleiras aterradas no mar. São turbiditos conglomeráticos e arenosos, pelitos depositados lentamente abaixo do nível base de ondas de tempestade, com aporte de rain-out e estratos caóticos, gerados por fluxos de detritos, escorregamentos e deslizamentos. Os estudos regionais de seções próximas à Alfredo Wagner, Vidal Ramos, Aurora, Rio do Sul, Trombudo, Presidente Nereu, Lontras, e de detalhe, em Dr. Pedrinho, permitiram o reconhecimento de cinco sequências deposicionais, separadas por discordâncias de extensão regional e correlacionáveis por mais de 300km, até o norte do Paraná. Cada sequência inicia com a entrada abrupta de arenitos e conglomerados sobre sedimentitos lamosos, marcando um rápido deslocamento das fácies grossas para o interior da bacia, devido a rebaixamentos relativos do nível do mar. As seqüencias 1 a 4 equivalem a depósitos do Grupo Itararé, atingindo uma espessura de 450 m. Mostram uma influência glacial notável, estabelecida quando o paleocontinente Gondwana situava-se próximo ao pólo, durante o final do Carbonífero e início do Permiano. Estas sequências glácioinfluenciadas, de 1 até 4, apresentam uma mudança no padrão climático ao longo da deposição. As sequências 1 e 2 registram condições mais frias, ao passo que as sequências 3 e 4 apresentam condições mais amenas, temperadas, marcadas pela retração das geleiras e concomitante desenvolvimento de sistemas fluviais e da vegetação, em resposta à deriva do paleocontinente para longe do pólo. O trato de mar baixo das sequências 1 a 4 é caracterizado por turbiditos espessos, gerados por fluxos saídos da base de geleiras em retração e por correntes hiperpicnais, disparadas por cheias fluviais. Muito localmente ocorrem tilitos, que registram momentos de avanços significativos dos glaciares sobre a bacia, causando rebaixamentos glácioeustáticos maiores. Pelitos prodeltaicos e depositados distalmente a geleiras aterradas no mar intercalam-se a turbiditos delgados e a pacotes caóticos, constituindo depósitos comuns no trato de sistemas transgressivo das sequências 1 a 4. Progradações rápidas, do trato de sistemas de mar alto, propiciaram a deposição de pacotes pelítico-arenosos instáveis, remobilizados como escorregamentos que evoluíram a fluxos de detritos, formando estratos caóticos espessos. O padrão de paleocorrentes indica uma importante mudança no padrão de aporte da bacia. As sequências 1 a 3 mostram um aporte para o quadrante norte, ocorrendo uma mudança a partir da sequência 4, ainda no “tempo Itararé”, quando a bacia recebeu um crescente aporte para sul e sudoeste, precedendo a inversão tectônica maior documentada pela Fm. Rio Bonito. A sequência 5 é composta por sedimentitos pósglaciais da Formação Rio Bonito, depositados em contexto deltaico, fluvial e marinho raso, dominado por ondas e marés.Outcrops of sedimentary strata from Mafra and Rio do Sul formations (Itararé Group, Paraná Basin) constitutes the record of the Gondwana permocarboniferous glaciation in Santa Catarina state, southern Brazil. These deposits were mainly deposited in glacially influenced prodeltaic and in relatively deep and distal settings related to marine glaciers. They are constituted by sandy and conglomeratic turbidites, slowly settled pelites, deposited below storm wave base and chaotic strata, originated by debris flows, slumps and slides. These rocks had been studied in regional scale, including sections next to Alfredo Wagner, Vidal Ramos, Aurora, Rio do Sul, Trombudo, Presidente Nereu and Lontras cities, as well in the scale of detail, in Dr. Pedrinho region. Five depositional sequences, with regional extent, were correlated along 300km, from Santa Catarina to the north of the Paraná state. Each sequence initiates with the abrupt entrance of sandstones and conglomerates over muddy beds, marking a downward shift of depositional facies to the basin interior, in consequence of the relative sea level fall. Sequences 1 to 4, main targets of this study, are equivalent the Itararé Group, reaching a thickness of 450 m. The glacial influence in these sequences is notable, registering the phase when the Gondwana was situated next to the polar region during Carboniferous and early Permian. These glacio-influenced units present a change in the climatic pattern, from sequences 1 up to 4. Sequences 1 and 2 records colder conditions, passing to a mild, temperate climate, marked by glacier retraction and concurrent establishment of fluvial systems and vegetation, already during sequences 3 (final) and 4, as the Gondwana moves away from the polar region. The lowstand systems tract of sequences 1 to 4 is characterized by thick turbidites, generated by subaqueous outwash flows, produced by retreating marine glaciers and by hiperpicnal flows, produced by catastrophic fluvial floods. Tillites are very rare deposits, formed in moments of significant advance of glaciers in the basin, causing glacio-eustatic sea level falls. Prodeltaic pelites and fine-grained deposits related to tidewater glaciers are interbedded with thin-bedded turbidites and chaotic strata, constituting the most common deposits of the transgressive systems tract of sequences 1 to 4. Rapid progradations, developed during the highstand systems tract, propitiated the deposition of unstable pelitic packages, frequently remobilized as slumps and more evolved debris flows, resulting in thick chaotic beds. The change in paleocurrent directions indicates an important modification of sediment supply in the basin during the “Itararé time”. Paleocurrents of sequences 1 to 3 indicates a sediment transport to the north, while paleocurrents from the upper part of sequence 3 and 4 indicates an increasing sediment supply to south and southwest, preceding the bigger tectonic inversion registered by Fm. Rio Bonito. Sequence 5 is composed of postglacial Rio Bonito formation sediments, deposited in deltaic, fluvial, and shallow marine (waves and tides) contexts.NenhumaD'Avila, Roberto Salvador Franciscohttp://lattes.cnpq.br/8591350653509881Paim, Paulo Sergio GomesUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em GeologiaUnisinosBrasilEscola PolitécnicaSequências deposicionais do Grupo Itararé (Carbonífero e Eopermiano), Bacia do Paraná, na área de Dr. Pedrinho e cercanias, Santa Catarina, Brasil: turbiditos, pelitos e depósitos caóticosACCNPQ::Ciências Exatas e da Terra::GeologiaFácies sedimentaresGrupo ItararéSequências deposicionaisSistemas e ambientes deposicionaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9698info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALRoberto Salvador Francisco d'Avila_.pdfRoberto Salvador Francisco d'Avila_.pdfapplication/pdf15079375http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/9698/1/Roberto+Salvador+Francisco+d%27Avila_.pdf7e8b12d409364a023f993ec81bb46292MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/9698/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52UNISINOS/96982021-04-06 15:45:14.616oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/9698Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2021-04-06T18:45:14Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Sequências deposicionais do Grupo Itararé (Carbonífero e Eopermiano), Bacia do Paraná, na área de Dr. Pedrinho e cercanias, Santa Catarina, Brasil: turbiditos, pelitos e depósitos caóticos
title Sequências deposicionais do Grupo Itararé (Carbonífero e Eopermiano), Bacia do Paraná, na área de Dr. Pedrinho e cercanias, Santa Catarina, Brasil: turbiditos, pelitos e depósitos caóticos
spellingShingle Sequências deposicionais do Grupo Itararé (Carbonífero e Eopermiano), Bacia do Paraná, na área de Dr. Pedrinho e cercanias, Santa Catarina, Brasil: turbiditos, pelitos e depósitos caóticos
D'Avila, Roberto Salvador Francisco
ACCNPQ::Ciências Exatas e da Terra::Geologia
Fácies sedimentares
Grupo Itararé
Sequências deposicionais
Sistemas e ambientes deposicionais
title_short Sequências deposicionais do Grupo Itararé (Carbonífero e Eopermiano), Bacia do Paraná, na área de Dr. Pedrinho e cercanias, Santa Catarina, Brasil: turbiditos, pelitos e depósitos caóticos
title_full Sequências deposicionais do Grupo Itararé (Carbonífero e Eopermiano), Bacia do Paraná, na área de Dr. Pedrinho e cercanias, Santa Catarina, Brasil: turbiditos, pelitos e depósitos caóticos
title_fullStr Sequências deposicionais do Grupo Itararé (Carbonífero e Eopermiano), Bacia do Paraná, na área de Dr. Pedrinho e cercanias, Santa Catarina, Brasil: turbiditos, pelitos e depósitos caóticos
title_full_unstemmed Sequências deposicionais do Grupo Itararé (Carbonífero e Eopermiano), Bacia do Paraná, na área de Dr. Pedrinho e cercanias, Santa Catarina, Brasil: turbiditos, pelitos e depósitos caóticos
title_sort Sequências deposicionais do Grupo Itararé (Carbonífero e Eopermiano), Bacia do Paraná, na área de Dr. Pedrinho e cercanias, Santa Catarina, Brasil: turbiditos, pelitos e depósitos caóticos
author D'Avila, Roberto Salvador Francisco
author_facet D'Avila, Roberto Salvador Francisco
author_role author
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8591350653509881
dc.contributor.author.fl_str_mv D'Avila, Roberto Salvador Francisco
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Paim, Paulo Sergio Gomes
contributor_str_mv Paim, Paulo Sergio Gomes
dc.subject.cnpq.fl_str_mv ACCNPQ::Ciências Exatas e da Terra::Geologia
topic ACCNPQ::Ciências Exatas e da Terra::Geologia
Fácies sedimentares
Grupo Itararé
Sequências deposicionais
Sistemas e ambientes deposicionais
dc.subject.por.fl_str_mv Fácies sedimentares
Grupo Itararé
Sequências deposicionais
Sistemas e ambientes deposicionais
description Os estratos do Grupo Itararé, produzidos pela glaciação permocarbonífera do Gondwana, na Bacia do Paraná, registram um ambiente dominantemente marinho glácio-influenciado em Santa Catarina, apresentando contextos prodeltaico e distal à geleiras aterradas no mar. São turbiditos conglomeráticos e arenosos, pelitos depositados lentamente abaixo do nível base de ondas de tempestade, com aporte de rain-out e estratos caóticos, gerados por fluxos de detritos, escorregamentos e deslizamentos. Os estudos regionais de seções próximas à Alfredo Wagner, Vidal Ramos, Aurora, Rio do Sul, Trombudo, Presidente Nereu, Lontras, e de detalhe, em Dr. Pedrinho, permitiram o reconhecimento de cinco sequências deposicionais, separadas por discordâncias de extensão regional e correlacionáveis por mais de 300km, até o norte do Paraná. Cada sequência inicia com a entrada abrupta de arenitos e conglomerados sobre sedimentitos lamosos, marcando um rápido deslocamento das fácies grossas para o interior da bacia, devido a rebaixamentos relativos do nível do mar. As seqüencias 1 a 4 equivalem a depósitos do Grupo Itararé, atingindo uma espessura de 450 m. Mostram uma influência glacial notável, estabelecida quando o paleocontinente Gondwana situava-se próximo ao pólo, durante o final do Carbonífero e início do Permiano. Estas sequências glácioinfluenciadas, de 1 até 4, apresentam uma mudança no padrão climático ao longo da deposição. As sequências 1 e 2 registram condições mais frias, ao passo que as sequências 3 e 4 apresentam condições mais amenas, temperadas, marcadas pela retração das geleiras e concomitante desenvolvimento de sistemas fluviais e da vegetação, em resposta à deriva do paleocontinente para longe do pólo. O trato de mar baixo das sequências 1 a 4 é caracterizado por turbiditos espessos, gerados por fluxos saídos da base de geleiras em retração e por correntes hiperpicnais, disparadas por cheias fluviais. Muito localmente ocorrem tilitos, que registram momentos de avanços significativos dos glaciares sobre a bacia, causando rebaixamentos glácioeustáticos maiores. Pelitos prodeltaicos e depositados distalmente a geleiras aterradas no mar intercalam-se a turbiditos delgados e a pacotes caóticos, constituindo depósitos comuns no trato de sistemas transgressivo das sequências 1 a 4. Progradações rápidas, do trato de sistemas de mar alto, propiciaram a deposição de pacotes pelítico-arenosos instáveis, remobilizados como escorregamentos que evoluíram a fluxos de detritos, formando estratos caóticos espessos. O padrão de paleocorrentes indica uma importante mudança no padrão de aporte da bacia. As sequências 1 a 3 mostram um aporte para o quadrante norte, ocorrendo uma mudança a partir da sequência 4, ainda no “tempo Itararé”, quando a bacia recebeu um crescente aporte para sul e sudoeste, precedendo a inversão tectônica maior documentada pela Fm. Rio Bonito. A sequência 5 é composta por sedimentitos pósglaciais da Formação Rio Bonito, depositados em contexto deltaico, fluvial e marinho raso, dominado por ondas e marés.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009-05-26
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-04-06T18:44:37Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-04-06T18:44:37Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9698
url http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9698
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade do Vale do Rio dos Sinos
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv Unisinos
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Escola Politécnica
publisher.none.fl_str_mv Universidade do Vale do Rio dos Sinos
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
instacron:UNISINOS
instname_str Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
instacron_str UNISINOS
institution UNISINOS
reponame_str Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
collection Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/9698/1/Roberto+Salvador+Francisco+d%27Avila_.pdf
http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/9698/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 7e8b12d409364a023f993ec81bb46292
320e21f23402402ac4988605e1edd177
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801845047577018368