The Southern Brazilian shelf: general characteristics, quaternary evolution and sediment distribution

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mahiques, Michel Michaelovitch de
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Sousa, Silvia Helena de Mello e, Furtado, Valdenir Veronese, Tessler, Moysés Gonsalez, Toledo, Felipe Antonio de Lima, Burone, Leticia, Figueira, Rubens Cesar Lopes, Klein, Daniel Andreas, Martins, Cristina Celia, Alves, Daniel Pavani Vicente
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Brazilian Journal of Oceanography
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/bjoce/article/view/39515
Resumo: Estendendo-se entre as latitudes 34ºS e 22ºS, a plataforma continental sul-brasileira constitui o único setor que corresponde a um ambiente subtropical a temperado. Os estudos dos diferentes aspectos geológicos da área iniciaram-se na década de 1960 e foram recentemente retomados após os trabalhos relativos à delimitação da Zona Econômica Exclusiva. Em termos de morfologia, pode ser dividida em três setores: Embaiamento de São Paulo, Setor Florianópolis-Mostardas e o Cone do Rio Grande, cada qual definido com base em diferenças geológicas relativas a batimetria, declividade e a presença de cânions e canais. A despeito da existência de centenas de datações ao radiocarbono, a curva de variações relativas do nível do mar no Último Ciclo Glacial é ainda tema de debate. Controvérsia recente sobre as curvas de variação do nível do mar sobre as durante o Holoceno Médio e Tardio trouxe à tona a questão da amplitude das oscilações do nível do mar. Adicionalmente, poucas mas consistentes datações sugerem a ocorrência de um nível do mar elevado durante o Estágio Isotópico 3. Em termos de processos sedimentares atuais, a plataforma continental sul-brasileira exibe um controle hidrodinâmico muito forte, tanto latitudinal quanto batimétrico. O setor ao sul de 25ºS é caracterizado pela influência da pluma de água que carreia sedimentos originários do Rio da Prata, cuja presença é conspícua até 28ºS, havendo uma zona de transição entre essas duas latitudes. A plataforma externa é marcada pelo "efeito enceradeira" da Corrente do Brasil, relíquia responsável pela manutenção de uma fácies em áreas além da isóbata de 100 metros.
id USP-13_1b7d7f5822df4545ed52d0a6ad2f7d91
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/39515
network_acronym_str USP-13
network_name_str Brazilian Journal of Oceanography
repository_id_str
spelling The Southern Brazilian shelf: general characteristics, quaternary evolution and sediment distribution Plataforma continentalSedimentaçãoVariações do nível do marÚltimo ciclo glacialContinental shelfSedimentationSea level changesLast glacial cycle Estendendo-se entre as latitudes 34ºS e 22ºS, a plataforma continental sul-brasileira constitui o único setor que corresponde a um ambiente subtropical a temperado. Os estudos dos diferentes aspectos geológicos da área iniciaram-se na década de 1960 e foram recentemente retomados após os trabalhos relativos à delimitação da Zona Econômica Exclusiva. Em termos de morfologia, pode ser dividida em três setores: Embaiamento de São Paulo, Setor Florianópolis-Mostardas e o Cone do Rio Grande, cada qual definido com base em diferenças geológicas relativas a batimetria, declividade e a presença de cânions e canais. A despeito da existência de centenas de datações ao radiocarbono, a curva de variações relativas do nível do mar no Último Ciclo Glacial é ainda tema de debate. Controvérsia recente sobre as curvas de variação do nível do mar sobre as durante o Holoceno Médio e Tardio trouxe à tona a questão da amplitude das oscilações do nível do mar. Adicionalmente, poucas mas consistentes datações sugerem a ocorrência de um nível do mar elevado durante o Estágio Isotópico 3. Em termos de processos sedimentares atuais, a plataforma continental sul-brasileira exibe um controle hidrodinâmico muito forte, tanto latitudinal quanto batimétrico. O setor ao sul de 25ºS é caracterizado pela influência da pluma de água que carreia sedimentos originários do Rio da Prata, cuja presença é conspícua até 28ºS, havendo uma zona de transição entre essas duas latitudes. A plataforma externa é marcada pelo "efeito enceradeira" da Corrente do Brasil, relíquia responsável pela manutenção de uma fácies em áreas além da isóbata de 100 metros. Extending from latitude 34ºS to 22ºS the Southern Brazilian shelf constitutes the only part of the Brazilian shelf with a subtropical to temperate environment. The studies on the different geological aspects of the area began in the 1960's and have recently been reassessed after studies related to the determination of the Economic Exclusive Zone. In terms of morphology, the Southern Brazilian shelf may be divided into three sectors, the São Paulo Bight, the Florianópolis-Mostardas Sector and the Rio Grande Cone, characterized by conspicuous differences in terms of geological determining factors, bathymetry, declivities and the presence of canyons and channels. Despite the existence of hundreds of radiocarbon datings the sea level changes curve of southern Brazil during the Last Glacial Cycle is still a matter of debate. A recent controversy on the Middle and late Holocene sea level changes curve raised the question of the amplitude of the oscillations which occurred in the period. Also, a few but relatively consistent radiocarbon datings suggest the occurrence of a high sea level during Isotope Stage 3. In terms of sedimentary cover the Southern Brazilian shelf exhibits a very strong hydrodynamic control, both latitudinal and bathymetrical. The sector southward from 25ºS is characterized by the influence of the plume of water carrying sediments originating from the Río de La Plata. Actually its presence is conspicuous up to 28ºS, with the area between this latitude and 25ºS constituting a transitional zone. In terms of bathymetry the outer shelf is marked by the "floor-polisher" effect of the Brazil Current, which is responsible for the maintenance of a relict facies in areas deeper than 100 meters. Universidade de São Paulo. Instituto Oceanográfico2010-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/bjoce/article/view/3951510.1590/S1679-87592010000600004Brazilian Journal of Oceanography; Vol. 58 Núm. spe2 (2010); 25-34 Brazilian Journal of Oceanography; v. 58 n. spe2 (2010); 25-34 Brazilian Journal of Oceanography; Vol. 58 No. spe2 (2010); 25-34 1982-436X1679-8759reponame:Brazilian Journal of Oceanographyinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/bjoce/article/view/39515/42400Mahiques, Michel Michaelovitch deSousa, Silvia Helena de Mello eFurtado, Valdenir VeroneseTessler, Moysés GonsalezToledo, Felipe Antonio de LimaBurone, LeticiaFigueira, Rubens Cesar LopesKlein, Daniel AndreasMartins, Cristina CeliaAlves, Daniel Pavani Vicenteinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-08-20T18:54:33Zoai:revistas.usp.br:article/39515Revistahttps://www.revistas.usp.br/bjoce/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/bjoce/oaiio@usp.br||io@usp.br1982-436X1679-8759opendoar:2012-08-20T18:54:33Brazilian Journal of Oceanography - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv The Southern Brazilian shelf: general characteristics, quaternary evolution and sediment distribution
title The Southern Brazilian shelf: general characteristics, quaternary evolution and sediment distribution
spellingShingle The Southern Brazilian shelf: general characteristics, quaternary evolution and sediment distribution
Mahiques, Michel Michaelovitch de
Plataforma continental
Sedimentação
Variações do nível do mar
Último ciclo glacial
Continental shelf
Sedimentation
Sea level changes
Last glacial cycle
title_short The Southern Brazilian shelf: general characteristics, quaternary evolution and sediment distribution
title_full The Southern Brazilian shelf: general characteristics, quaternary evolution and sediment distribution
title_fullStr The Southern Brazilian shelf: general characteristics, quaternary evolution and sediment distribution
title_full_unstemmed The Southern Brazilian shelf: general characteristics, quaternary evolution and sediment distribution
title_sort The Southern Brazilian shelf: general characteristics, quaternary evolution and sediment distribution
author Mahiques, Michel Michaelovitch de
author_facet Mahiques, Michel Michaelovitch de
Sousa, Silvia Helena de Mello e
Furtado, Valdenir Veronese
Tessler, Moysés Gonsalez
Toledo, Felipe Antonio de Lima
Burone, Leticia
Figueira, Rubens Cesar Lopes
Klein, Daniel Andreas
Martins, Cristina Celia
Alves, Daniel Pavani Vicente
author_role author
author2 Sousa, Silvia Helena de Mello e
Furtado, Valdenir Veronese
Tessler, Moysés Gonsalez
Toledo, Felipe Antonio de Lima
Burone, Leticia
Figueira, Rubens Cesar Lopes
Klein, Daniel Andreas
Martins, Cristina Celia
Alves, Daniel Pavani Vicente
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Mahiques, Michel Michaelovitch de
Sousa, Silvia Helena de Mello e
Furtado, Valdenir Veronese
Tessler, Moysés Gonsalez
Toledo, Felipe Antonio de Lima
Burone, Leticia
Figueira, Rubens Cesar Lopes
Klein, Daniel Andreas
Martins, Cristina Celia
Alves, Daniel Pavani Vicente
dc.subject.por.fl_str_mv Plataforma continental
Sedimentação
Variações do nível do mar
Último ciclo glacial
Continental shelf
Sedimentation
Sea level changes
Last glacial cycle
topic Plataforma continental
Sedimentação
Variações do nível do mar
Último ciclo glacial
Continental shelf
Sedimentation
Sea level changes
Last glacial cycle
description Estendendo-se entre as latitudes 34ºS e 22ºS, a plataforma continental sul-brasileira constitui o único setor que corresponde a um ambiente subtropical a temperado. Os estudos dos diferentes aspectos geológicos da área iniciaram-se na década de 1960 e foram recentemente retomados após os trabalhos relativos à delimitação da Zona Econômica Exclusiva. Em termos de morfologia, pode ser dividida em três setores: Embaiamento de São Paulo, Setor Florianópolis-Mostardas e o Cone do Rio Grande, cada qual definido com base em diferenças geológicas relativas a batimetria, declividade e a presença de cânions e canais. A despeito da existência de centenas de datações ao radiocarbono, a curva de variações relativas do nível do mar no Último Ciclo Glacial é ainda tema de debate. Controvérsia recente sobre as curvas de variação do nível do mar sobre as durante o Holoceno Médio e Tardio trouxe à tona a questão da amplitude das oscilações do nível do mar. Adicionalmente, poucas mas consistentes datações sugerem a ocorrência de um nível do mar elevado durante o Estágio Isotópico 3. Em termos de processos sedimentares atuais, a plataforma continental sul-brasileira exibe um controle hidrodinâmico muito forte, tanto latitudinal quanto batimétrico. O setor ao sul de 25ºS é caracterizado pela influência da pluma de água que carreia sedimentos originários do Rio da Prata, cuja presença é conspícua até 28ºS, havendo uma zona de transição entre essas duas latitudes. A plataforma externa é marcada pelo "efeito enceradeira" da Corrente do Brasil, relíquia responsável pela manutenção de uma fácies em áreas além da isóbata de 100 metros.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/bjoce/article/view/39515
10.1590/S1679-87592010000600004
url https://www.revistas.usp.br/bjoce/article/view/39515
identifier_str_mv 10.1590/S1679-87592010000600004
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/bjoce/article/view/39515/42400
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Instituto Oceanográfico
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Instituto Oceanográfico
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Oceanography; Vol. 58 Núm. spe2 (2010); 25-34
Brazilian Journal of Oceanography; v. 58 n. spe2 (2010); 25-34
Brazilian Journal of Oceanography; Vol. 58 No. spe2 (2010); 25-34
1982-436X
1679-8759
reponame:Brazilian Journal of Oceanography
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Brazilian Journal of Oceanography
collection Brazilian Journal of Oceanography
repository.name.fl_str_mv Brazilian Journal of Oceanography - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv io@usp.br||io@usp.br
_version_ 1800223769550127104