Fatores bióticos e abióticos associados à supressividade de solos a Rhizoctonia solani

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ghini, Raquel
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Morandi, Marcelo Augusto Boechat
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Scientia Agrícola (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/22148
Resumo: As atividades agrícolas podem modificar as características do solo e, como conseqüência, alterar a incidência de patógenos veiculados pelo solo. Este trabalho avaliou a supressividade a R. solani em 59 amostras de solos de uma microbacia. As áreas amostradas foram selecionadas quanto à vegetação, incluindo mata, pasto/pousio, culturas anuais, culturas perenes e solo arado. As amostras de solo foram caracterizadas quanto às propriedades abióticas (pH, condutividade elétrica, teor de matéria orgânica, N total, P, K, Ca, Mg, Al, H, S, Na, Fe, Mn, Cu, Zn, B, capacidade de troca catiônica, soma de bases e saturação de bases) e bióticas (atividade microbiana do solo, avaliada pelo desprendimento de CO2 e hidrólise de diacetato de fluoresceína; comunidades de bactérias, fungos, actinomicetos, protozoários, Pseudomonas fluorescentes e Fusarium spp.). A contribuição e relação dessas variáveis para a supressividade a R. solani foram quantificadas por análise de coeficientes de trilha. Quando se avaliaram todas as amostras em conjunto, somente variáveis abióticas apresentaram correlação com a supressão a R. solani, mas o conjunto das variáveis explicou somente 51% da variação total. Entretanto, quando as amostras foram agrupadas e analisadas considerando o tipo de cobertura vegetal, o conjunto de variáveis explicou mais de 90% da variação da supressividade. Para as áreas de floresta e pasto/pousio, as quais foram classificadas como as mais supressivas, algumas variáveis abióticas e a hidrólise de diacetato de fluoresceína apresentaram correlação com a supressão de R. solani e o conjunto de variáveis explicou mais de 98% da supressividade nesses solos.
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