O tempo da fronteira. Retorno à controvérsia sobre o tempo histórico da frente de expansão e da frente pioneira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1996 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/86141 |
Resumo: | O tema da fronteira é um tema recorrente na literatura brasileira de Ciências Sociais. Apesar das tentativas de alguns antropólogos de importar as idéias que F. Turner desenvolveu para explicar o deslocamento da fronteira nos Estados Unidos, e que tratam da influência da fronteira na formação do caráter nacional americano, essas idéias, a rigor, não se aplicam no caso brasileiro. Geógrafos e antropólogos, entre os anos 30 e 50, realizaram pesquisas de campo que se tornaram essenciais para uma concepção sociológica da fronteira enraizada no que há de historicamente singular e sociologicamente relevante no caso brasileiro. É a partir dessas referências que o autor formula a sua tese de que a fronteira é, simultaneamente, lugar da alteridade e expressão da contemporaneidade dos tempos históricos. A unidade do diverso, pressuposto metodológico da dialética, encontra aí o lugar mais adequado e mais rico para a investigação científica. |
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O tempo da fronteira. Retorno à controvérsia sobre o tempo histórico da frente de expansão e da frente pioneiraThe time of the frontier. Return to the controversy concerning historical period of the expansion frontier and the pioneer frontierFrontierHistorical periodFrontier periodSocial movementsPeonageExpansion frontierPioneer frontierFronteiraTempo históricoTempo de fronteiraMovimentos sociaisPeonagemFrente de expansãoFrente pioneira.O tema da fronteira é um tema recorrente na literatura brasileira de Ciências Sociais. Apesar das tentativas de alguns antropólogos de importar as idéias que F. Turner desenvolveu para explicar o deslocamento da fronteira nos Estados Unidos, e que tratam da influência da fronteira na formação do caráter nacional americano, essas idéias, a rigor, não se aplicam no caso brasileiro. Geógrafos e antropólogos, entre os anos 30 e 50, realizaram pesquisas de campo que se tornaram essenciais para uma concepção sociológica da fronteira enraizada no que há de historicamente singular e sociologicamente relevante no caso brasileiro. É a partir dessas referências que o autor formula a sua tese de que a fronteira é, simultaneamente, lugar da alteridade e expressão da contemporaneidade dos tempos históricos. A unidade do diverso, pressuposto metodológico da dialética, encontra aí o lugar mais adequado e mais rico para a investigação científica.The Frontier is a recurrent theme in the Brazilian literature on Social Sciences. Despite attemps by certain anthropologists in importing notions which F. Turner developed for explaining the expanding frontier of the USA, and which deal with the influence of the frontier on the constitution of American national character, strictly speaking such notions do not apply to the Brazilian case. Geographers and anthropologists, in the period extending from the 30's to the 50's carried out field surveys which provided essential elements for a sociological concept of the frontier as rooted in what is historically unique and sociologically relevant for the Brazilian case. Based on these references, the author puts forth his thesis suggesting that the frontier is, at once, the site of otherness and the expression of contemporaneity of historical epochs. It is here that the unity of the diverse, a methodological presupposition of dialectics, offers the most appropriate and rewarding space for scientifc investigation.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas1996-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/8614110.1590/ts.v8i1.86141Tempo Social; Vol. 8 No. 1 (1996); 25-70Tempo Social; v. 8 n. 1 (1996); 25-70Tempo Social; Vol. 8 Núm. 1 (1996); 25-701809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/86141/88825Copyright (c) 1996 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMartins, José de Souza2023-07-04T13:53:27Zoai:revistas.usp.br:article/86141Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-07-04T13:53:27Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O tema da fronteira é um tema recorrente na literatura brasileira de Ciências Sociais. Apesar das tentativas de alguns antropólogos de importar as idéias que F. Turner desenvolveu para explicar o deslocamento da fronteira nos Estados Unidos, e que tratam da influência da fronteira na formação do caráter nacional americano, essas idéias, a rigor, não se aplicam no caso brasileiro. Geógrafos e antropólogos, entre os anos 30 e 50, realizaram pesquisas de campo que se tornaram essenciais para uma concepção sociológica da fronteira enraizada no que há de historicamente singular e sociologicamente relevante no caso brasileiro. É a partir dessas referências que o autor formula a sua tese de que a fronteira é, simultaneamente, lugar da alteridade e expressão da contemporaneidade dos tempos históricos. A unidade do diverso, pressuposto metodológico da dialética, encontra aí o lugar mais adequado e mais rico para a investigação científica. |
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