Viver sem guerra? Poderes locais e relações de gênero no cotidiano popular
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por eng |
Título da fonte: | Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/186647 |
Resumo: | Neste texto, analisamos os efeitos de gênero que a guerra movida pelo Estado contra o Tráfico de Drogas produz na vida cotidiana das famílias que habitam as periferias do Rio de Janeiro. Ao privilegiar narrativas de mulheres, consideramos que as relações de gênero são “feitas” ao mesmo tempo em que fazem o fazer da guerra. Ao acompanhar situações que envolveram maus-tratos físicos e morais, ameaças e assassinatos enfrentados por mulheres, discutimos como crime, território e violência se embebem nas relações de família e de vizinhança. A temporalidade da guerra que já dura quase quarenta anos é lida como um passado tecido na intimidade das relações e como um presente sempre atualizado na experiência das relações de gênero posicionadas pela guerra contínua. |
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Viver sem guerra? Poderes locais e relações de gênero no cotidiano popularLiving without war? Local powers and gender relations in popular daily life Statedrug traffickingfamilygender relationsmistreatmentdeathswar on drugsEstadotráfico de drogasfamíliarelações de gêneromaus-tratosmortesguerra às drogasNeste texto, analisamos os efeitos de gênero que a guerra movida pelo Estado contra o Tráfico de Drogas produz na vida cotidiana das famílias que habitam as periferias do Rio de Janeiro. Ao privilegiar narrativas de mulheres, consideramos que as relações de gênero são “feitas” ao mesmo tempo em que fazem o fazer da guerra. Ao acompanhar situações que envolveram maus-tratos físicos e morais, ameaças e assassinatos enfrentados por mulheres, discutimos como crime, território e violência se embebem nas relações de família e de vizinhança. A temporalidade da guerra que já dura quase quarenta anos é lida como um passado tecido na intimidade das relações e como um presente sempre atualizado na experiência das relações de gênero posicionadas pela guerra contínua.In this paper, we analyze the effects that the war promoted by the State against the Drug Traffic produces in terms of gender in the daily life of families inhabiting the peripheries of Rio de Janeiro. By emphasizing the narratives of women, we consider that the gender relations are ‘made’ at the same time as they make the war making. By accompanying situations involving physical and moral ill treatment, threats and murders faced by women, we argue how crime, territory and violence are embedded in family and neighborhood relations. The temporality of war, lasting already 40 years, is read as a past woven in the intimacy of the relations and as a present always updated in the experiences of gender relations framed by the constant war.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2021-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherapplication/pdftext/xmlapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/18664710.11606/1678-9857.ra.2021.186647Revista de Antropologia; v. 64 n. 2 (2021); e186647Revista de Antropologia; Vol. 64 No 2 (2021); e186647Revista de Antropologia; Vol. 64 Núm. 2 (2021); e186647Revista de Antropologia; Vol. 64 No. 2 (2021); e1866471678-98570034-7701reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/186647/173569https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/186647/174786https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/186647/177512Copyright (c) 2021 Revista de Antropologiahttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessBirman, PatríciaPierobon, Camila2021-12-08T17:32:45Zoai:revistas.usp.br:article/186647Revistahttp://www.revistas.usp.br/raPUBhttp://www.revistas.usp.br/ra/oairevista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br1678-98570034-7701opendoar:2021-12-08T17:32:45Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Neste texto, analisamos os efeitos de gênero que a guerra movida pelo Estado contra o Tráfico de Drogas produz na vida cotidiana das famílias que habitam as periferias do Rio de Janeiro. Ao privilegiar narrativas de mulheres, consideramos que as relações de gênero são “feitas” ao mesmo tempo em que fazem o fazer da guerra. Ao acompanhar situações que envolveram maus-tratos físicos e morais, ameaças e assassinatos enfrentados por mulheres, discutimos como crime, território e violência se embebem nas relações de família e de vizinhança. A temporalidade da guerra que já dura quase quarenta anos é lida como um passado tecido na intimidade das relações e como um presente sempre atualizado na experiência das relações de gênero posicionadas pela guerra contínua. |
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