Redes, mediadores e domínios de cuidados na epidemia da síndrome congênita do Zika
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/187773 |
Resumo: | Com base de uma pesquisa etnográfica junto a mães, prestadores e gestores de serviços assistenciais de saúde e equipes pesquisa na epidemia do Zika no Brasil a partir de 2015 este trabalho apresenta a atuação de oito mulheres na mediação e formação de redes em diferentes domínios de cuidado que atravessam o ambiente emergencial. Discute o conceito de mediação como multifacetada, polissêmica e transitória ocorrendo no “saber correr atrás” (de benefícios) de atores na conexão entre domínios familiares de cuidado que se organizam por uma moral de relacionalidade cotidiana, do domínio de serviços de atendimento e gestão com uma moral de preservação do sistema de atendimento, e do domínio de pesquisadores com uma moral de conhecimento. Argumenta que a prática de mediação usa e preserva as redes no domínio do mediador, mostrando a sua conexão complementar a outro domínio através de ações especificas, expressando emoções em diferentes intensidades que contribuem à confiabilidade mutua e consecução de serviços. Exemplifica a atuação de quatro mediadoras dos serviços de atendimento e de gestão, duas de equipes de pesquisa, e duas de associações que representam as famílias. Termina realçando a importância do tempo emergencial na criação de mediação mais intensa enquanto a transitoriedade do evento da epidemia desfavorece continuidades. |
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Discute o conceito de mediação como multifacetada, polissêmica e transitória ocorrendo no “saber correr atrás” (de benefícios) de atores na conexão entre domínios familiares de cuidado que se organizam por uma moral de relacionalidade cotidiana, do domínio de serviços de atendimento e gestão com uma moral de preservação do sistema de atendimento, e do domínio de pesquisadores com uma moral de conhecimento. Argumenta que a prática de mediação usa e preserva as redes no domínio do mediador, mostrando a sua conexão complementar a outro domínio através de ações especificas, expressando emoções em diferentes intensidades que contribuem à confiabilidade mutua e consecução de serviços. Exemplifica a atuação de quatro mediadoras dos serviços de atendimento e de gestão, duas de equipes de pesquisa, e duas de associações que representam as famílias. Termina realçando a importância do tempo emergencial na criação de mediação mais intensa enquanto a transitoriedade do evento da epidemia desfavorece continuidades. Con base de una investigación etnográfica junto a madres, proveedores y gerentes de servícios asistenciales de salud y equipos de investigación durante la epidemia del Zika en Brasil a partir de 2015, el artículo presenta las acciones de ocho mujeres en la mediación y formación de redes en dominios de cuidados diferentes que entrecruzan el ambiente emergencial. Discute el concepto de mediación como multifacetada, polisémica e transitoria ocurriendo en el “saber correr atrás” (de beneficios) hecho por actores en la conexión entre dominios familiares de cuidados que se organizan por una moraleja de relacionalidad cotidiana, del domínio de servicios de asistencia e gerencia con una moraleja de preservación del sistema de asistencia, e del dominio de investigadores con una moraleja de conocimiento. Presenta el argumento que la prática de mediación usa y preserva las redes en el dominio do mediador, mostrando su conexión complementar a outro dominio a través de acciones específicas, expresando emociones en diferentes intensidades que contribuyen a la fiabilidad mútua y logro de servicios. Muestra describiendo actividades de cuatro mediadoras de los servícios de assistência y gerencia de salud, dos, duas de equipos de investigaciones y dos de asociaciones que representan las famílias. Termina enfatizando la importancia del tiempo de emergencia para la creación de mediación más intensa, bien como la transitoriedad del evento epidémico desfavorece continuidades. On the basis of ethnographic research with mothers, managerial and health care services and research teams during the Zika epidemic in Brazil since 2015, mediation activities of eight women in different care domains operating during the emergency situation are presented. The article discusses the concept of mediation as multifaceted, polysemic, and transitory, shown in cases of actors who “know how to go after” benefits in connections between family domains of care that are organized by a morality of everyday relationships, mangerial and professional care service domains by a morality of preservation of the service system network, and research domain, by a morality of knowledge. The practice of mediation is seen as preserving the social networks of mediators, who make complementary connections with other domains by way of specific acts, expressing emotions of different intensities which contribute to mutual confidence and the obtention of services. Examples are drawn for four mediators from the mangerial and health service care, two from research teams, and two from associations that represent the families. Final considerations emphasize the importance of the time of emergency for the creation of more intense mediation, while the transient nature of the epidemic as an event is unfavorable for continuity. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2023-05-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontextoapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/18777310.11606/1678-9857.ra.2022.187773Revista de Antropologia; v. 66 (2023); e187773Revista de Antropologia; Vol. 66 (2023); e187773Revista de Antropologia; Vol. 66 (2023); e187773Revista de Antropologia; Vol. 66 (2023); e1877731678-98570034-7701reponame:Revista de antropologia (São Paulo. 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