Variações do feminino: circuitos do universo trans na Paraíba
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/89117 |
Resumo: | Neste artigo, apresentamos resultados de uma pesquisa etnográfica, realizada entre 2008 e 2011, a respeito de trajetórias e sociabilidades de travestis, transexuais e transformistas na Paraíba. A investigação analisou circuitos que perpassam municípios em diferentes escalas, inclusive áreas rurais e indígenas, que se interconectam e criam rupturas: o da prostituição, o dos concursos de beleza (Miss Gay e Top Drag Queen) e o dos movimentos lgbts (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Os concursos de beleza e as redes de prostituição conformam um conjunto que dá visibilidade a corpos e pessoas que realizam um jogo mimético com o feminino, onde a participação do público é essencial. Constroem-se modelos de beleza que se projetam em estilos metropolitanos e revelam uma feminilidade versátil, complementar à homossexualidade. Em contrapartida, as(os) atoras(os) do movimento lgbt procuram reagir a esses modelos de beleza mas acionam os circuitos dos concursos em ocasiões estratégicas, como as paradas gays, que têm se irradiado para o interior da Paraíba, da cidade para o campo. |
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Variações do feminino: circuitos do universo trans na ParaíbaFemale variations: Circuits of the trans universe in ParaíbaTransexualidadesociabilidadecidademimeseAntropologiaTransexualitysociabilitycitymimesisAnthropologyNeste artigo, apresentamos resultados de uma pesquisa etnográfica, realizada entre 2008 e 2011, a respeito de trajetórias e sociabilidades de travestis, transexuais e transformistas na Paraíba. A investigação analisou circuitos que perpassam municípios em diferentes escalas, inclusive áreas rurais e indígenas, que se interconectam e criam rupturas: o da prostituição, o dos concursos de beleza (Miss Gay e Top Drag Queen) e o dos movimentos lgbts (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Os concursos de beleza e as redes de prostituição conformam um conjunto que dá visibilidade a corpos e pessoas que realizam um jogo mimético com o feminino, onde a participação do público é essencial. Constroem-se modelos de beleza que se projetam em estilos metropolitanos e revelam uma feminilidade versátil, complementar à homossexualidade. Em contrapartida, as(os) atoras(os) do movimento lgbt procuram reagir a esses modelos de beleza mas acionam os circuitos dos concursos em ocasiões estratégicas, como as paradas gays, que têm se irradiado para o interior da Paraíba, da cidade para o campo. In this article we describe the results of an ethnographic study held between 2009 and 2011, concerning to transvestites, transsexuals and transformist's trajectories and sociability in Paraíba, Brazil. The investigation analyzed circuits that pass townships on different scales, including rural and indigenous areas that interconnect and create disruptions: the prostitution, the beauty contests (Miss Gay and Top drag queen) and LGTB movement (lesbian, gay, bisexuals, transvestites and transsexuals). Beauty contests and prostitution networks comprise a set that gives visibility to bodies and persons who perform a mimetic play with the feminine universe where public participation is essential. They build up models of beauty that proj- ect themselves in metropolitan styles and flighty femininity, a complement to homosexuality. In contrast, the subjects of LGBT movement seeking to respond to these standards of beauty but them triggering circuit of competitions on strategic occasions, such as gay pride parades, which have been irradiated from the town to the countryside. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2014-12-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/8911710.11606/2179-0892.ra.2014.89117Revista de Antropologia; v. 57 n. 2 (2014); 377-411Revista de Antropologia; Vol. 57 No 2 (2014); 377-411Revista de Antropologia; Vol. 57 Núm. 2 (2014); 377-411Revista de Antropologia; Vol. 57 No. 2 (2014); 377-4111678-98570034-7701reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/89117/92009Nascimento, Silvana de Souzainfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-03T03:59:21Zoai:revistas.usp.br:article/89117Revistahttp://www.revistas.usp.br/raPUBhttp://www.revistas.usp.br/ra/oairevista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br1678-98570034-7701opendoar:2020-07-03T03:59:21Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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