Reconfigurando a cidade: arte e ocupação no Hotel Cambridge em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Flynn, Alex
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Vital, Selma
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Plural (São Paulo. Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/plural/article/view/153618
Resumo: Neste artigo, exponho como os praticantes da arte contemporânea incorporam desobediência epistêmica e o conceito de ocupação para proporem uma reconfiguração da cidade. Primeiro, argumento que há cada vez mais reflexão sobre a ressignificação do espaço urbano, provocada por um tipo particular de prática de arte contemporânea intersticial; em seguida, defendo que os contextos em que essas práticas ocorrem sugere que artistas trabalhando com tais paradigmas encontram, e respondem a, uma noção totalmente diferente de “participação” do que aquela articulada por Claire Bishop (2004, 2012) ou Nicolas Bourriaud (2002). A localização é essencial ao que caracteriza e forma a prática artística. Situadas na fronteira porosa entre espaços de arte contemporânea institucionais e não-institucionais e frequentemente integradas às complexas lutas pelo direito à cidade, essas práticas ocorrem dentro de redes e hierarquias, que derivam de múltiplos modos de vida. É esta encruzilhada de eixos – o horizontal e o vertical, o efêmero e o utópico – que dá a tal reconfiguração seu potencial único, enquanto também oferece uma teorização da já amplamente observada iminência da arte.
id USP-61_303217a7b39351a054c5c36324462864
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/153618
network_acronym_str USP-61
network_name_str Plural (São Paulo. Online)
repository_id_str
spelling Reconfigurando a cidade: arte e ocupação no Hotel Cambridge em São PauloReconfiguring the city: art and occupation at the Hotel Cambridge in São PauloFazer-cidadeArte contemporâneaDesobediência epistêmicaHotel CambridgePolítica prefigurativaRight to the cityContemporary artEpistemic disobedienceHotel CambridgePrefigurative politicsNeste artigo, exponho como os praticantes da arte contemporânea incorporam desobediência epistêmica e o conceito de ocupação para proporem uma reconfiguração da cidade. Primeiro, argumento que há cada vez mais reflexão sobre a ressignificação do espaço urbano, provocada por um tipo particular de prática de arte contemporânea intersticial; em seguida, defendo que os contextos em que essas práticas ocorrem sugere que artistas trabalhando com tais paradigmas encontram, e respondem a, uma noção totalmente diferente de “participação” do que aquela articulada por Claire Bishop (2004, 2012) ou Nicolas Bourriaud (2002). A localização é essencial ao que caracteriza e forma a prática artística. Situadas na fronteira porosa entre espaços de arte contemporânea institucionais e não-institucionais e frequentemente integradas às complexas lutas pelo direito à cidade, essas práticas ocorrem dentro de redes e hierarquias, que derivam de múltiplos modos de vida. É esta encruzilhada de eixos – o horizontal e o vertical, o efêmero e o utópico – que dá a tal reconfiguração seu potencial único, enquanto também oferece uma teorização da já amplamente observada iminência da arte.In this article, I present how contemporary art practitioners engage with epistemic disobedience and the concept of occupation in order to propose a reconfiguration of the city. First, I argue that there is ever more reflection on the resignification of urban space brought about by a particular type of interstitial practice of contemporary art; and second, that the contexts in which these practices occur mean that artists working with such paradigms encounter, and respond to, an entirely different notion of ‘participation’ than that articulated by Claire Bishop (2004, 2012) or Nicolas Bourriaud (2002). Central to what characterizes and forms this artistic practice is its location: situated on the porous border between institutional and non-institutional spaces of contemporary art, and often embedded in complex struggles regarding the right to the city, such processes occur within networks and hierarchies, deriving of multiple modes of life. And it is this crossing of axes – the horizontal and the vertical, the ephemeral and the utopian – that gives such reconfiguration its unique potential, while also putting forward a theorisation of the widely observed imminence of art.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2018-11-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/plural/article/view/15361810.11606/issn.2176-8099.pcso.2018.153618Plural; v. 25 n. 2 (2018): Teoria Social Urbana e Direito à Cidade: um debate interdisciplinar; 20-45Plural; Vol. 25 Núm. 2 (2018): Teoria Social Urbana e Direito à Cidade: um debate interdisciplinar; 20-45Plural; Vol. 25 No. 2 (2018): Teoria Social Urbana e Direito à Cidade: um debate interdisciplinar; 20-452176-80990104-6721reponame:Plural (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/plural/article/view/153618/150073https://www.revistas.usp.br/plural/article/view/153618/180149http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFlynn, AlexVital, Selma2022-03-29T16:05:05Zoai:revistas.usp.br:article/153618Revistahttp://www.revistas.usp.br/pluralPUBhttp://www.revistas.usp.br/plural/oaiplural@usp.br||2176-80992176-8099opendoar:2022-03-29T16:05:05Plural (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Reconfigurando a cidade: arte e ocupação no Hotel Cambridge em São Paulo
Reconfiguring the city: art and occupation at the Hotel Cambridge in São Paulo
title Reconfigurando a cidade: arte e ocupação no Hotel Cambridge em São Paulo
spellingShingle Reconfigurando a cidade: arte e ocupação no Hotel Cambridge em São Paulo
Flynn, Alex
Fazer-cidade
Arte contemporânea
Desobediência epistêmica
Hotel Cambridge
Política prefigurativa
Right to the city
Contemporary art
Epistemic disobedience
Hotel Cambridge
Prefigurative politics
title_short Reconfigurando a cidade: arte e ocupação no Hotel Cambridge em São Paulo
title_full Reconfigurando a cidade: arte e ocupação no Hotel Cambridge em São Paulo
title_fullStr Reconfigurando a cidade: arte e ocupação no Hotel Cambridge em São Paulo
title_full_unstemmed Reconfigurando a cidade: arte e ocupação no Hotel Cambridge em São Paulo
title_sort Reconfigurando a cidade: arte e ocupação no Hotel Cambridge em São Paulo
author Flynn, Alex
author_facet Flynn, Alex
Vital, Selma
author_role author
author2 Vital, Selma
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Flynn, Alex
Vital, Selma
dc.subject.por.fl_str_mv Fazer-cidade
Arte contemporânea
Desobediência epistêmica
Hotel Cambridge
Política prefigurativa
Right to the city
Contemporary art
Epistemic disobedience
Hotel Cambridge
Prefigurative politics
topic Fazer-cidade
Arte contemporânea
Desobediência epistêmica
Hotel Cambridge
Política prefigurativa
Right to the city
Contemporary art
Epistemic disobedience
Hotel Cambridge
Prefigurative politics
description Neste artigo, exponho como os praticantes da arte contemporânea incorporam desobediência epistêmica e o conceito de ocupação para proporem uma reconfiguração da cidade. Primeiro, argumento que há cada vez mais reflexão sobre a ressignificação do espaço urbano, provocada por um tipo particular de prática de arte contemporânea intersticial; em seguida, defendo que os contextos em que essas práticas ocorrem sugere que artistas trabalhando com tais paradigmas encontram, e respondem a, uma noção totalmente diferente de “participação” do que aquela articulada por Claire Bishop (2004, 2012) ou Nicolas Bourriaud (2002). A localização é essencial ao que caracteriza e forma a prática artística. Situadas na fronteira porosa entre espaços de arte contemporânea institucionais e não-institucionais e frequentemente integradas às complexas lutas pelo direito à cidade, essas práticas ocorrem dentro de redes e hierarquias, que derivam de múltiplos modos de vida. É esta encruzilhada de eixos – o horizontal e o vertical, o efêmero e o utópico – que dá a tal reconfiguração seu potencial único, enquanto também oferece uma teorização da já amplamente observada iminência da arte.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-11-24
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/plural/article/view/153618
10.11606/issn.2176-8099.pcso.2018.153618
url https://www.revistas.usp.br/plural/article/view/153618
identifier_str_mv 10.11606/issn.2176-8099.pcso.2018.153618
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/plural/article/view/153618/150073
https://www.revistas.usp.br/plural/article/view/153618/180149
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
text/xml
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
dc.source.none.fl_str_mv Plural; v. 25 n. 2 (2018): Teoria Social Urbana e Direito à Cidade: um debate interdisciplinar; 20-45
Plural; Vol. 25 Núm. 2 (2018): Teoria Social Urbana e Direito à Cidade: um debate interdisciplinar; 20-45
Plural; Vol. 25 No. 2 (2018): Teoria Social Urbana e Direito à Cidade: um debate interdisciplinar; 20-45
2176-8099
0104-6721
reponame:Plural (São Paulo. Online)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Plural (São Paulo. Online)
collection Plural (São Paulo. Online)
repository.name.fl_str_mv Plural (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv plural@usp.br||
_version_ 1797221634620260352