Inconsciente, linguagem e pensamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Burgarelli, Cristovão Giovani
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Santos, Dayanna Pereira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Estilos da Clínica (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/estic/article/view/137789
Resumo: Este artigo pretende, a partir da elaboração freudiana a respeito do aparelho psíquico, discutir a noção de pensamento. Fundamentando-se na concepção de inconsciente que se faz presente desde os textos iniciais de Freud, ele tomará como questão tanto a capacidade racional, atribuída ao ser humano, depreendida do “eu penso” cartesiano, quanto o pensamento teórico. Após explicitar que o aparelho psíquico, para Freud, se constitui como aparelho de linguagem e de memória, buscará situar o que costumamos denominar como razão, capacidade cognoscente ou domínio científico de um pensamento como efeitos do inconsciente. Sob esse prisma, destaca-se o fato de Freud, ao desenvolver sua elaboração sobre o “inconsciente”, ter como objetivo apresentar uma estrutura particular que precede, abrange e justifica tais capacidades, e não indicar a ausência de consciência e de fenômenos psíquicos. Para tanto, parte-se do pressuposto de que o aparelho de linguagem não coincide com a ideia de um aparelho feito para a linguagem, mas um construído por linguagem – ele não existe sem linguagem e sem ser falante.
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