Conhecimento de idosos sobre seus direitos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Maristela Santini
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7131/tde-05052009-104744/
Resumo: Este estudo objetivou identificar o conhecimento dos idosos a respeito dos seus direitos; conhecer, sob a perspectiva dos idosos, a influência da legislação/Estatuto do Idoso no seu cotidiano e descrever as sugestões dos idosos para o respeito aos seus direitos. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, de abordagem quantitativa e com coleta de dados prospectiva, através de entrevista. A amostra é probabilística, aleatória e estratificada por sexo e idade. Foi composta por 63 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, freqüentadores de três Núcleos de Convivência de Idosos (NCI). As variáveis foram analisadas descritivamente, permitindo a verificação da freqüência absoluta e relativa das respostas. Para a comparação entre variáveis foi utilizada a análise de variância a um fator e o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, com nível de significância de 5%. Do total de entrevistados, a maioria é do sexo feminino (95,2%), brasileira (95,2%), viúva (50,8%), aposentada (54,0%) e atendida na rede pública de saúde (57,1%). Os participantes, ainda, possuem idade média de 73,56 ± 6,72 anos, renda média de R$ 857,05 ± R$ 657,36 e freqüentaram a escola em média 4,19 ± 3,67 anos. Além disso, 38,1% moram sozinhos, 79,4% em residência própria, 93,7% utilizam como meio de transporte o público, 74,6% realizam atividades de lazer e 73,0% não recebem apoio para as atividades do dia-a-dia. Questionados se conheciam os direitos dos idosos, 49,2% responderam que sim e os direitos mais citados foram gratuidade no transporte (50,0%), prioridade no atendimento (38,1%) e existência de assentos preferenciais nos meios de transporte (28,6%). Quanto ao respeito a esses direitos, 25,0% acreditam que são respeitados e 44,4% que são respeitados parcialmente. Comparando as médias das variáveis idade, renda e escolaridade com as respostas obtidas quanto ao conhecimento dos direitos dos idosos e se os entrevistados acreditam que esses direitos são respeitados, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Quanto à atenção aos idosos, 57,1% acreditam terem ocorrido mudanças, sendo as mais evidentes a melhoria no atendimento (38,9%), a ampliação dos direitos (19,4%) e as mudanças ocorridas nos transportes (13,9%). Em relação ao Estatuto do Idoso (EI), a maioria afirmou ter ouvido falar (84,1%), mas não leu o documento (52,8%) ou leu parcialmente (26,4%). Quanto à interferência do EI na vida do idoso, 34,9% acreditam que está havendo e 37,7% que não. Quando interrogados se sentiram-se amparados pelo EI, 63,5% disseram que não e 14,3% que sim. Sobre o respeito ao EI, 49,1% acreditam que alguns direitos são respeitados. Quanto às medidas necessárias para que haja mais respeito aos direitos do idoso, os entrevistados responderam que é necessário conscientizar/educar a população (22,2%) e que os governantes sejam mais atuantes (14,3%). Conclui-se que o conhecimento dos direitos dos idosos independe de fatores como idade, renda e escolaridade. Apesar de a maioria já ter ouvido falar no EI, na prática, seus benefícios não estão sendo sentidos por todos os idosos. Para que haja maior respeito aos direitos dos idosos é necessário educar a população e ter uma atuação mais efetiva dos governantes
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Para a comparação entre variáveis foi utilizada a análise de variância a um fator e o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, com nível de significância de 5%. Do total de entrevistados, a maioria é do sexo feminino (95,2%), brasileira (95,2%), viúva (50,8%), aposentada (54,0%) e atendida na rede pública de saúde (57,1%). Os participantes, ainda, possuem idade média de 73,56 ± 6,72 anos, renda média de R$ 857,05 ± R$ 657,36 e freqüentaram a escola em média 4,19 ± 3,67 anos. Além disso, 38,1% moram sozinhos, 79,4% em residência própria, 93,7% utilizam como meio de transporte o público, 74,6% realizam atividades de lazer e 73,0% não recebem apoio para as atividades do dia-a-dia. Questionados se conheciam os direitos dos idosos, 49,2% responderam que sim e os direitos mais citados foram gratuidade no transporte (50,0%), prioridade no atendimento (38,1%) e existência de assentos preferenciais nos meios de transporte (28,6%). Quanto ao respeito a esses direitos, 25,0% acreditam que são respeitados e 44,4% que são respeitados parcialmente. Comparando as médias das variáveis idade, renda e escolaridade com as respostas obtidas quanto ao conhecimento dos direitos dos idosos e se os entrevistados acreditam que esses direitos são respeitados, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Quanto à atenção aos idosos, 57,1% acreditam terem ocorrido mudanças, sendo as mais evidentes a melhoria no atendimento (38,9%), a ampliação dos direitos (19,4%) e as mudanças ocorridas nos transportes (13,9%). Em relação ao Estatuto do Idoso (EI), a maioria afirmou ter ouvido falar (84,1%), mas não leu o documento (52,8%) ou leu parcialmente (26,4%). Quanto à interferência do EI na vida do idoso, 34,9% acreditam que está havendo e 37,7% que não. Quando interrogados se sentiram-se amparados pelo EI, 63,5% disseram que não e 14,3% que sim. Sobre o respeito ao EI, 49,1% acreditam que alguns direitos são respeitados. Quanto às medidas necessárias para que haja mais respeito aos direitos do idoso, os entrevistados responderam que é necessário conscientizar/educar a população (22,2%) e que os governantes sejam mais atuantes (14,3%). Conclui-se que o conhecimento dos direitos dos idosos independe de fatores como idade, renda e escolaridade. Apesar de a maioria já ter ouvido falar no EI, na prática, seus benefícios não estão sendo sentidos por todos os idosos. Para que haja maior respeito aos direitos dos idosos é necessário educar a população e ter uma atuação mais efetiva dos governantesThis study aimed to identify the elderly peoples knowledge regarding to their rights; discover, on the elderlys perspective, the influence of laws/Elderly Statute on their routine and describe elderly peoples suggestions for respecting their rights. Its a descriptive, exploratory research of quantitative approach and with prospective data collection through interviews. The sample is probabilistic, random and stratified by gender and age. It was made of 63 individuals whose age was 60 or older, attending three Elderly Living Centers (ELC). Variables were analyzed descriptively, allowing the verification of absolute and relative frequency of answers. For comparing the variables, it was used variance analysis of a factor and the Kruskal-Wallis non-parametrical test, with a significance level of 5%. From the total of interviewed people, most of them were from female gender (95.2%), Brazilian (95.2%), widow(er) (50.8%), retired (54.0%) and used the health public network (57.1%). Participants also had the average age of 73.56 ± 6.72 years old, average income of R$ 857,05 ± R$ 657,36 and attended school in average for 4.19 ± 3.67 years. Besides that, 38.1% lived alone, 79.4% had their own housing, 93.7% used public transportation, 74.6% had leisure activities and 73.0% didnt have support for their daily activities. When questioned if they knew elderly rights, 49.2% answered yes and the most mentioned rights were free transportation (50.0%), priority in attendance (38.1%) and the existence of preferential seats in the means of transportation (28.6%). Related to respecting these rights, 25.0% believe they are respected and 44.4% they are partially respected. Comparing the average of age, income and education variables to the answers obtained regarding to knowledge of elderly peoples rights and if the respondents believe these rights are respected, it was not found statistically significant differences among the groups. In relation to attention to elders, 57.1% believe that changes have happened, being most evident the improvement in attendance (38.9%), a amplification of rights (19.4%) and the changes made in the transportation (13.9%). In relation to the Elderly Statute (ES), most appointed that they have heard of it (84.1%), but they havent read the document (52.8%) or have read partially (26.4%). Regarding to the interference of ES on the elders lives, 34.9% believe that it has occurred and 37.7% it hasnt. When asked if they felt protected by the ES, 63.5% said no and 14.3% answered yes. In relation to the ES, 49.1% believe that some rights are respected. As the necessary attitudes for the elderly peoples rights to be more respected, the respondents replied that its necessary to aware/educate the population (22.2%) and policymakers should be more active (14.3%). It is concluded that knowledge of elderly peoples rights is independent of factors like age, income, and education. Although most of them have heard of ES, in practice, its benefits havent been felt by all of the elderly people. In order to have more respect to elderly peoples rights, its necessary to educate the population and have a more effective attitude from policymakersBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMassarollo, Maria Cristina Komatsu BragaMartins, Maristela Santini2008-12-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7131/tde-05052009-104744/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:59Zoai:teses.usp.br:tde-05052009-104744Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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