Avaliação da fragilidade em indivíduos submetidos à cirurgia cardíaca

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bottura, Camila
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-06042018-095710/
Resumo: A síndrome da fragilidade, definida como a redução da reserva energética e da resistência aos estressores, associada à indicação tardia de alguns procedimentos cirúrgicos, resulta em maior ocorrência de situações de risco para os pacientes cardiopatas, com maior predisposição para o desenvolvimento de complicações pós-operatórias, que estão relacionadas a um aumento nos casos de readmissão hospitalar e tempo prolongado de internação. Com o objetivo de melhorar o manejo pós-operatório e aperfeiçoar nossa avaliação da gravidade, prevenção e estratificação de risco, a fisioterapia pré-operatória utiliza testes funcionais que traduzem a real condição física e pulmonar do paciente, permitindo a identificação de fatores potencialmente de risco. Como forma de avaliar a prevalência de fragilidade na população candidata a cirurgia cardíaca, a associação dos testes funcionais com fragilidade e a morbidade e mortalidade peri e pósoperatória, avaliamos os candidatos à cirurgia cardíaca de acordo com os cinco critérios de propostos por Fried: perda de peso não intencional, sinais de depressão, redução da força de preensão palmar, baixo nível de atividade física e redução da velocidade da marcha, além da capacidade pulmonar (manovacuometria, ventilometria e peak flow), da tolerância ao esforço (TC6) e função cognitiva (MEEM). Após a cirurgia foram coletadas informações com relação ao procedimento cirúrgico e recuperação pós-operatória e então os indivíduos foram divididos em dois grupos: frágeis e não frágeis e subdivididos de acordo com a faixa etária em idosos e não idosos. Foram avaliados 100 indivíduos, sendo 59 valvopatas e 41 coronariopatas; 13% foram considerados não-frágeis, 70% pré-frágeis e 17% frágeis; a pressão inspiratória máxima foi significativamente menor nos indivíduos frágeis (52±21 contra 75±33 nos não-frágeis; p=0,044), assim como a força de preensão palmar (31±11 contra 22±8; p=0,007); 11 pacientes evoluíram com óbito após o procedimento, sendo 7,2% dos não frágeis contra 29,4% dos indivíduos frágeis (p=0,019). A partir dos resultados encontrados podemos concluir que a prevalência de fragilidade nos pacientes candidatos a cirurgia cardíaca foi alta, mesmo entre os indivíduos não considerados idosos e que além disso, os indivíduos frágeis apresentaram menor força de preensão palmar, menor capacidade vital e menores pressões inspiratórias e expiratórias que as observadas em pacientes não-frágeis, bem como maior mortalidade hospitalar.
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Como forma de avaliar a prevalência de fragilidade na população candidata a cirurgia cardíaca, a associação dos testes funcionais com fragilidade e a morbidade e mortalidade peri e pósoperatória, avaliamos os candidatos à cirurgia cardíaca de acordo com os cinco critérios de propostos por Fried: perda de peso não intencional, sinais de depressão, redução da força de preensão palmar, baixo nível de atividade física e redução da velocidade da marcha, além da capacidade pulmonar (manovacuometria, ventilometria e peak flow), da tolerância ao esforço (TC6) e função cognitiva (MEEM). Após a cirurgia foram coletadas informações com relação ao procedimento cirúrgico e recuperação pós-operatória e então os indivíduos foram divididos em dois grupos: frágeis e não frágeis e subdivididos de acordo com a faixa etária em idosos e não idosos. Foram avaliados 100 indivíduos, sendo 59 valvopatas e 41 coronariopatas; 13% foram considerados não-frágeis, 70% pré-frágeis e 17% frágeis; a pressão inspiratória máxima foi significativamente menor nos indivíduos frágeis (52±21 contra 75±33 nos não-frágeis; p=0,044), assim como a força de preensão palmar (31±11 contra 22±8; p=0,007); 11 pacientes evoluíram com óbito após o procedimento, sendo 7,2% dos não frágeis contra 29,4% dos indivíduos frágeis (p=0,019). A partir dos resultados encontrados podemos concluir que a prevalência de fragilidade nos pacientes candidatos a cirurgia cardíaca foi alta, mesmo entre os indivíduos não considerados idosos e que além disso, os indivíduos frágeis apresentaram menor força de preensão palmar, menor capacidade vital e menores pressões inspiratórias e expiratórias que as observadas em pacientes não-frágeis, bem como maior mortalidade hospitalar.Frailty syndrome, defined as the reduction of energy reserve and resistance to stressors, associated with late indication of some surgical procedures, results in a higher occurrence of risk situations for the patients with heart disease, with a greater predisposition to the development of postoperative complications, which are related to an increase in cases of hospital readmission and high length of stay. In order to improve postoperative management and our assessment of severity, prevention and risk stratification, preoperative physiotherapy uses functional tests that translate the patient\'s actual physical and pulmonary condition, allowing the identification of potentially risk factors. As a way of evaluating the prevalence of frailty in population for cardiac surgery, the association of functional tests with frailty, and peri and postoperative morbidity and mortality, we evaluated the candidates for cardiac surgery according to five criteria proposed by Fried: loss of weight, depression, low handgrip strength, low level of physical activity and reduction of walking speed, as well as lung capacity (manovacuometry, ventilometry and peak flow), effort tolerance (6MWT) and cognitive function (MMSE). After surgery, information was collected regarding the surgical procedure and postoperative recovery and then, subjects were divided into two groups: fragile and nonfragile and subdivided according to the age group in the elderly and not elderly. We evaluated 100 individuals, being 59 valvopaths and 41 coronary disease; 13% were considered nonfragile, 70% pre-fragile and 17% fragile; the maximum inspiratory pressure was significantly lower in the fragile individuals (52 ± 21 vs 75 ± 33 in non-fragile, p = 0.044), as well as the handgrip strength (31 ± 11 vs. 22 ± 8, p = 0.007); 11 patients died after the procedure (7.2% non-fragile versus 29.4% fragile individuals; p = 0.019). From the results found, we can conclude that the prevalence of frailty in cardiac surgery patients was high, even among individuals not considered elderly, and, in addition, fragile individuals had lower handgrip strength, lower vital capacity and lower inspiratory pressures and expiratory rates than those observed in non-fragile patients, as well as higher in-hospital mortality.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRodrigues, Alfredo JoseBottura, Camila2017-10-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-06042018-095710/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-09-20T19:49:24Zoai:teses.usp.br:tde-06042018-095710Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-09-20T19:49:24Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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