Conhecimento perceptivo segundo Aristóteles

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aggio, Juliana Ortegosa
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-10012008-114644/
Resumo: A dissertação examina a relação entre conhecimento e sensação, sensação e pensamento, ser e perceber segundo Protágoras, Platão e Aristóteles, com o objetivo de mostrar o que é a percepção segundo o paradigma sofístico e o platônico e, por fim, qual é o lugar da tese aristotélica sobre a percepção diante desses dois paradigmas. Como resultado da investigação, temos que, para Aristóteles, diferentemente de Protágoras, a sensação não é responsável por todos os julgamentos, nem por discriminar todos objetos cognoscíveis; também para Aristóteles e diferentemente de Platão, o extremo oposto não é verdadeiro, a saber, que a sensação não discrimina seus próprios objetos. Conhecimento e sensação, portanto, não devem ser idênticos ou distintos de modo absoluto, nem o ser é absolutamente ser percebido, nem o ser percebido é absolutamente indeterminado, mas, para Aristóteles, o ser é, em parte, percebido e determinado pela faculdade perceptiva e, em parte, conhecido pelo intelecto. A dissertação, deste modo, pretende elucidar como o ser é conhecido pela percepção segundo Aristóteles, tratando assim de um ponto extremamente controverso, a saber: como a sensação discrimina seus próprios objetos sem a intervenção do pensamento, se tal discriminação resume-se apenas em processos fisiológicos ou é também uma atividade da alma e, se é também uma atividade da alma, em que sentido a alteração física ocorrida no corpo, conjuntamente com uma certa atividade da alma, constituem a percepção.
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