Capuchinhos bretões no Estado do Brasil: estratégias políticas e missionárias (1642-1702)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gabrielli, Cassiana Maria Mingotti
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-02022010-174614/
Resumo: Esta pesquisa tem como objeto de estudo a experiência missionária dos capuchinhos franceses, da província de Bretanha, no Estado do Brasil, entre os anos de 1642 e 1702. A chegada destes missionários não integrava os percursos coloniais portugueses, visto que estavam sujeitos à Sagrada Congregação de Propagação da Fé, e não ao padroado régio, além de serem súditos de El Rei Cristianíssimo, Luís XIII. Mesmo assim, estes religiosos puderam se estabelecer no Brasil, auxiliando na guerra de Restauração de Pernambuco. O trabalho missionário dos capuchinhos bretões entre os índios tapuias, no sertão nordeste, se iniciou apenas em 1670, atuando no avanço da colonização para o interior do território, juntamente com a atividade pecuária e a busca por minas de ouro, prata e salitre. Nesse sentido, colaboraram com a ocidentalização da empresa colonial portuguesa, mas nem por isso deixaram de entrar em conflito com agentes da mesma colonização. Contudo, a partir de 1687, novos capuchinhos franceses estiveram impedidos de entrar no Estado do Brasil e, em 1702, os últimos religiosos deixaram a colônia. Visando a uma melhor compreensão da permanência destes missionários na colônia, fez-se necessário uma investigação acerca das relações políticas e diplomáticas entre Portugal e França, durante o século XVII. A partir desta abordagem, será possível esclarecer o motivo pelo qual foram tolerados pela Coroa portuguesa, durante os sessenta anos em que missionaram no Estado do Brasil, bem como as causas que motivaram a sua saída da colônia.
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