Estudo sobre o vírus do nanismo amarelo da cevada, em trigo, no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caetano, Vanderlei da Rosa
Data de Publicação: 1972
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144647/
Resumo: O amarelo prevalente em trigais do Rio Grande do Sul é causado por vírus idêntico ao conhecido na língua inglesa pelo no de “BARLEY YELLOW DWARF VIRUS”, traduzido por vírus do nanismo amarelo da cevada (VNAC). A infecção do trigo pelo VNAC além dos sintomas do amarelo, reduz o perfilhamento e o desenvolvimento das plantas, o número de grãos por espiga, o peso dos grãos e consequentemente a produção. No período compreendido entre 1967 e 1971 o VNAC ocorreu de maneira generalizada nas diferentes regiões tritícolas do Rio Grande do Sul, causando perdas que podem ser estimadas conservadoramente entre 20 e 30%. O VNAC tem largo círculo de hospedeiras entre gramíneas cultivadas e da vegetação espontânea do Estado. A maioria das variedades de trigo testadas com as estirpes mais comuns, mostraram-se suscetíveis e intolerantes; poucas apresentaram certo nível de resistência e tolerância, destacando-se entre elas Norim 69, IAS-28 e Pel 14410-64. O VNAC não é transmitido pela semente, nem por métodos de inoculação mecânica. Sua transmissão nas lavouras é feita por várias espécies de pulgão. Acyrthosiphum (Metopolophium) dirhodum foi o principal vetor do VNAC nas lavouras durante o período destes estudos, seguindo-se em importância Rhopalosiphum padi, Macrosiphum (Sitobion) avenae, Schizaphis graminum e R. maidis. Sob condições ótimas A. dirhodum pode infetar 75% das plantas sobre as quais foram colonizados individualmente. O VNAC ocorre sob a forma de várias estirpes que se diferenciam por sua patogenicidade nas hospedeiras e eficiência com que são transmitidas pelas diferentes espécies vetaras. Plantações de trigo no Rio Grande do Sul feitas em fins de maio ou princípios de junho em geral sofrem menores perdas pelo VNAC do que as mais precoces ou mais tardias. A delimitação precisa das épocas de plantio mais apropriadas para as várias regiões fisiográficas do Rio Grande do Sul em relação ao controle ou redução das perdas provocadas pela moléstia necessita ainda de maiores estudos de epidemiologia. O uso de variedades resistentes ou tolerantes ao VNAC depende da associação destas características a outras de produtividade e resistência a outras moléstias. Entre as variedades cultivadas no Estado ou que foram testadas experimentalmente nenhuma incorpora todas estas características favoráveis, mas as três já mencionadas poderão ser utilizadas em programas de melhoramento. A magnitude do problema representado pelo VNAC na cultura do trigo do Rio Grande do Sul justifica plenamente a atenção dada e os investimentos que vêm sendo feitos pelo governo e entidades interessadas para a procura de soluções que certamente produzirão dividendos amplamente satisfatórios em futuro próximo.
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spelling Estudo sobre o vírus do nanismo amarelo da cevada, em trigo, no Rio Grande do SulStudies on the barley yellow dwarf virus on wheat in Rio Grande do Sul, BrazilTRIGOVÍRUS DO NANISMO-AMARELO-DA-CEVADAO amarelo prevalente em trigais do Rio Grande do Sul é causado por vírus idêntico ao conhecido na língua inglesa pelo no de “BARLEY YELLOW DWARF VIRUS”, traduzido por vírus do nanismo amarelo da cevada (VNAC). A infecção do trigo pelo VNAC além dos sintomas do amarelo, reduz o perfilhamento e o desenvolvimento das plantas, o número de grãos por espiga, o peso dos grãos e consequentemente a produção. No período compreendido entre 1967 e 1971 o VNAC ocorreu de maneira generalizada nas diferentes regiões tritícolas do Rio Grande do Sul, causando perdas que podem ser estimadas conservadoramente entre 20 e 30%. O VNAC tem largo círculo de hospedeiras entre gramíneas cultivadas e da vegetação espontânea do Estado. A maioria das variedades de trigo testadas com as estirpes mais comuns, mostraram-se suscetíveis e intolerantes; poucas apresentaram certo nível de resistência e tolerância, destacando-se entre elas Norim 69, IAS-28 e Pel 14410-64. O VNAC não é transmitido pela semente, nem por métodos de inoculação mecânica. Sua transmissão nas lavouras é feita por várias espécies de pulgão. Acyrthosiphum (Metopolophium) dirhodum foi o principal vetor do VNAC nas lavouras durante o período destes estudos, seguindo-se em importância Rhopalosiphum padi, Macrosiphum (Sitobion) avenae, Schizaphis graminum e R. maidis. Sob condições ótimas A. dirhodum pode infetar 75% das plantas sobre as quais foram colonizados individualmente. O VNAC ocorre sob a forma de várias estirpes que se diferenciam por sua patogenicidade nas hospedeiras e eficiência com que são transmitidas pelas diferentes espécies vetaras. Plantações de trigo no Rio Grande do Sul feitas em fins de maio ou princípios de junho em geral sofrem menores perdas pelo VNAC do que as mais precoces ou mais tardias. A delimitação precisa das épocas de plantio mais apropriadas para as várias regiões fisiográficas do Rio Grande do Sul em relação ao controle ou redução das perdas provocadas pela moléstia necessita ainda de maiores estudos de epidemiologia. O uso de variedades resistentes ou tolerantes ao VNAC depende da associação destas características a outras de produtividade e resistência a outras moléstias. Entre as variedades cultivadas no Estado ou que foram testadas experimentalmente nenhuma incorpora todas estas características favoráveis, mas as três já mencionadas poderão ser utilizadas em programas de melhoramento. A magnitude do problema representado pelo VNAC na cultura do trigo do Rio Grande do Sul justifica plenamente a atenção dada e os investimentos que vêm sendo feitos pelo governo e entidades interessadas para a procura de soluções que certamente produzirão dividendos amplamente satisfatórios em futuro próximo.A yellowing disease known to have been present in wheat plantings in the Rio Grande do Sul State in Brazil for ever 40 years was demonstrated to be associated with infection by the barley yellow dwarf virus (BYDV). Surveys and tests carried out in the period 1967 through 1971 indicated that BYDV is quite widespread throughout the wheat planting areas of the state, inducing losses estimated conservatively at 20-30 per cent. The BYDV has a wide host range among the cereal species planted in Rio Grande do Sul and also among weeds and forage species of the grass family. The BYDV occurs in the wheat plantings as a complex of different strains that could be differentiated on the basis of host plants and virus-vector relationships. Acyrthosiphum (Metopolophium) dirhodum was the most important vector of BYDV in the state during the period of the present investigations, followed by Rhopalosiphum padi, Macrosiphum (Sitobion) avenae, Shizaphis graminum e R. maidis. Under optimal conditions, individual aphids (A. dirhodum) were able to invest 75% of the plants on which they fed. Wheat is sown in Rio Grande do Sul from April to July. Plantings started in the end of May and early in June generally suffer smaller losses than earlier or later ones. However, further studies are required for a more precise determination of the best sowing dates for the different areas in the state where wheat is grown. At present, none of the wheat varieties grown in Rio Grande do Sul combines an adequate level of resistance or tolerance to BYDV with resistance to other pathogenies, high yields and product of good quality. The varieties Norin 69, IAS 28, and Pel 14410-64, especially the first two, showed an adequate level of resistance and tolerance to BYDV. These three varieties are not satisfactory in many other respects, but could be used in breeding programs as sources of resistance or tolerance to BYDV.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGalli, FerdinandoCaetano, Vanderlei da Rosa1972-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144647/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-06T20:25:50Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-144647Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-06T20:25:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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