Influência do vírus da “tristeza dos citros” sobre a absorção e translocação do zinco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Koller, Otto Carlos
Data de Publicação: 1975
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20240301-144012/
Resumo: A presente investigação teve por objetivo, estudar o efeito do vírus da “Tristeza dos Citros” sobre a concentração do zinco nas folhas, nos caules e nas raízes de plantas cítricas (Citrus spp.), formadas por três variedades copa, enxertadas sobre três porta-enxertos. Com isso procurou-se verificar se a moléstia afeta a absorção e a translocação do zinco. As variedades copa testadas foram: “limoeiro”-galego (Citrus aurantifolia , (Christm.) Swing.) laranjeira-pera e laranjeira- valência (Citrus sinensis, Osb.). Os porta-enxertos testados foram: laranjeira-azeda (Citrus aurantium, L.); laranjeira-caipira (Citrus sinensis, Osb.) e "limoeiro"-cravo (Citrus limonia, Osb.). As plantas eram isentas das moléstias de vírus conhecidas. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, ao abrigo de pulgões transmissores do vírus da “Tristeza”. As plantas foram cultivadas em vasos, repletos de areia de rio lavada, e foram alimentadas com solução nutritiva completa, de Hoagland e Arnon. Foraro. utilizados ao todo 54 plantas, sendo que 27 delas foram inoculadas com o vírus da “Tristeza”, com o auxílio de “pulgões preto” (Toxoptera citricidus, Kirk.). As 27 plantas restantes não foram inoculadas. Para a determinação dos teores de zinco nos tecidos, as plantas foram divididas em cinco partes: folhas formadas antes e folhas formadas após a inoculação; caules formados antes e caules formados após a inoculação e raízes de plantas inoculadas-e não inoculadas. A investigação mostrou que: A presença do vírus afetou diferentemente a concentração do zinco nas folhas das plantas tolerantes e intolerantes. Nas folhas das plantas intolerantes, os teores de zinco foram mais baixos. A moléstia diminuiu a translocação do nutriente nos caules das plantas intolerantes, e aparentemente não a afetou nos caules das tolerantes. Nas folhas novas do “limoeiro” -galego, e nas folhas velhas da laranjeira-pera, a presença do vírus ocasionou diminuição na concentração de zinco, e nas folhas novas da laranjeira-valência, aumento. Nas plantas intolerantes, a moléstia provocou migração de zinco das folhas velhas, que foi mais acentuada nas copas de “limoeiro “-galego. Os sintomas da moléstia, nas plantas intolerantes, assemelharam-se mais a deficiências de boro, do que de zinco. Somente quando enxertada sobre laranjeira-azeda, a laranjeira-valência apresentou leves sintomas foliares da moléstia. A presença do vírus provocou diminuição na concentração de zinco nas raízes das plantas formadas por copas de “limoeiro” -galego enxertadas sobre laranjeira-azeda. Aparentemente não afetou a concentração do zinco nas raízes das demais plantas.
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As plantas foram cultivadas em vasos, repletos de areia de rio lavada, e foram alimentadas com solução nutritiva completa, de Hoagland e Arnon. Foraro. utilizados ao todo 54 plantas, sendo que 27 delas foram inoculadas com o vírus da “Tristeza”, com o auxílio de “pulgões preto” (Toxoptera citricidus, Kirk.). As 27 plantas restantes não foram inoculadas. Para a determinação dos teores de zinco nos tecidos, as plantas foram divididas em cinco partes: folhas formadas antes e folhas formadas após a inoculação; caules formados antes e caules formados após a inoculação e raízes de plantas inoculadas-e não inoculadas. A investigação mostrou que: A presença do vírus afetou diferentemente a concentração do zinco nas folhas das plantas tolerantes e intolerantes. Nas folhas das plantas intolerantes, os teores de zinco foram mais baixos. A moléstia diminuiu a translocação do nutriente nos caules das plantas intolerantes, e aparentemente não a afetou nos caules das tolerantes. Nas folhas novas do “limoeiro” -galego, e nas folhas velhas da laranjeira-pera, a presença do vírus ocasionou diminuição na concentração de zinco, e nas folhas novas da laranjeira-valência, aumento. Nas plantas intolerantes, a moléstia provocou migração de zinco das folhas velhas, que foi mais acentuada nas copas de “limoeiro “-galego. Os sintomas da moléstia, nas plantas intolerantes, assemelharam-se mais a deficiências de boro, do que de zinco. Somente quando enxertada sobre laranjeira-azeda, a laranjeira-valência apresentou leves sintomas foliares da moléstia. A presença do vírus provocou diminuição na concentração de zinco nas raízes das plantas formadas por copas de “limoeiro” -galego enxertadas sobre laranjeira-azeda. Aparentemente não afetou a concentração do zinco nas raízes das demais plantas.The objective of the present study has been to determine the effect of the “Tristeza” virus disease on the concentration of zinc in leaves, stems and roots of citrus plants ties budded on three different roostocks. (Citrus spp.), of three varieties budded on three different roostocks. This permitted a further investigation about the effect of the disease on the absorption and translocation of zinc. The scion varieties studied were: Mexican lime (Citrus aurantifolia, (Christm.) Swing.); Pera orange and Valencia orange (Citrus sinensis, Osb.). The roostocks were: sour orange (Citrus aurantium, L.); local sweet orange (Citrus sinensis, Osb.); and Rangpur lime (Citrus limonia, Osb.). The plants were free of “Tristeza” virus. The experiment was carrieà out in green-house, protected against aphids, the vectors of the "Tristeza" vírus. The plants were cultivated in pots, with washed ri ver sand, and were treated with Hoagland and Arnon complete nutrient solution. A total of 54 plants were utilized in the experiment. 27 of them were inoculated with the “Tristeza” vírus, throught out aphid vector (Toxoptera citricidus, Kirk.).; the other 27 plants were not inoculated. Five different parts were considered, for determination of zinc concentration in tissues: leaves formed before the inoculation, leaves formed after the inoculation, btems developed before the inoculation, stems developed after the inoculation, and roots of inoculated and not :inoculated plants. The results of the study allowed the following conclusions: The presence of the vírus affected the concentrations of zinc in leaves of tolerant plants differently from intolerant ones. The concentrations of zinc were lower in the leaves of intolerant plants. The disease was responsible for the decrease in the translo cation of the nutrient throught out stems of intolerant plants, but apparantly it did not affect the translocation in the tolerant plants. The virus promoted a decrease in zinc concentration in the new leaves of Mexican lime, and in the old leaves of Pera orange; however, it determined an increase in zinc concentration in the new leaves of Valencia orange. In jntolerant plants, the disease determined a migration of zinc from the old leaves, specially in Mexican lime. Toe symptoms of the disease in intolerant plants appeared more likely boron deficiency than zinc deficiency symptoms. The plants of Valencia orange did not show any disease symptoms ; however, when this variety was grafted on sour orange, its leaves showed some symptoms. The presence of virus lowered the zinc concentration in roots of plants formed by Mexican lime over sour orange. Apparently it did not affect the concentration in roots of other plants.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMoreira, Celio SoaresKoller, Otto Carlos1975-04-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20240301-144012/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-28T18:43:45Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-144012Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-28T18:43:45Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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