Efeitos da naloxona, da metissergida e da fentolamina, por via subaracnóidea, sobre a modulação da dor, através do teste de formalina modificado, em ratos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pires, Oscar César
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5152/tde-08032010-094321/
Resumo: Aferentes nociceptivos primários se projetam da periferia para o corno posterior da medula espinhal onde ativam grande número de neurônios de segunda ordem e de projeção. Há evidências de que a passagem de informações nociceptivas pelo CPME seguindo para níveis rostrais do sistema nervoso central, sofre profundas influências excitatórias e inibitórias. A presente pesquisa teve como objetivo comparar os efeitos dos antagonistas de opióides (naloxona), de serotonina (metissergida) e de noradrenalina (fentolamina), administrados por via subaracnóidea, sobre as fases I, intermediária e II do teste da formalina modificado, em ratos. Para tanto, foram utilizados 35 ratos wistar machos, pesando entre 220 e 300 gramas, distribuídos aleatoriamente em cinco grupos (n = 7) para receber solução salina (GC), fentolamina (GF), naloxona (GN), metissergida (GM) ou fentolamina associada a metissergida (GFM). A indução da dor foi realizada com administração de solução de formalina na região dorsal da pata posterior direita. Todas as elevações da pata, não relacionadas à marcha foram consideradas e a contagem foi realizada continuamente durante o período de 60 minutos. O teste foi dividido em três fases; fase I, intermediária e fase II, sendo que a fase I compreendeu o número de elevações durante os primeiros 5 minutos, a fase intermediária do sexto ao vigésimo minuto e a fase II, do vigésimo primeiro ao sexagésimo minuto. A análise estatística dos resultados obtidos foi realizada utilizando o programa SPSS (Statistical Package for Social Sciences), adotando o nível de significância de 5%. Para as variáveis: peso, idade e fase I do teste, os grupos foram estatisticamente semelhantes. Nos cinco grupos estudados, a fase intermediária diferenciou-se das outras duas, enquanto que as fases I e II foram estatisticamente semelhantes. Para a variável fase intermediária foi encontrada uma diferença estatisticamente significante entre os grupos GF, GM e GFM quando comparados com os grupos GC e GN, e para a variável fase II foi encontrada diferença significante entre o grupo GN em comparação a todos os outros grupos. No presente estudo, a metissergida e a fentolamina se mostraram eficazes em inibir o efeito modulador espinhal da dor, sugerindo efeito noradrenérgico e serotoninérgico inibitório da transmissão nociceptiva espinhal, sem haver efeito somatório ou potencializador quando utilizados em associação. Entretanto, estes efeitos não foram observados com naloxona, e assim um efeito opióide modulador espinhal, na interfase do teste não ficou estabelecido. Durante a fase II, a naloxona causou redução da resposta nociceptiva à formalina, corroborando a hipótese de que exerça atividade sobre os receptores -opiáceos
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A presente pesquisa teve como objetivo comparar os efeitos dos antagonistas de opióides (naloxona), de serotonina (metissergida) e de noradrenalina (fentolamina), administrados por via subaracnóidea, sobre as fases I, intermediária e II do teste da formalina modificado, em ratos. Para tanto, foram utilizados 35 ratos wistar machos, pesando entre 220 e 300 gramas, distribuídos aleatoriamente em cinco grupos (n = 7) para receber solução salina (GC), fentolamina (GF), naloxona (GN), metissergida (GM) ou fentolamina associada a metissergida (GFM). A indução da dor foi realizada com administração de solução de formalina na região dorsal da pata posterior direita. Todas as elevações da pata, não relacionadas à marcha foram consideradas e a contagem foi realizada continuamente durante o período de 60 minutos. O teste foi dividido em três fases; fase I, intermediária e fase II, sendo que a fase I compreendeu o número de elevações durante os primeiros 5 minutos, a fase intermediária do sexto ao vigésimo minuto e a fase II, do vigésimo primeiro ao sexagésimo minuto. A análise estatística dos resultados obtidos foi realizada utilizando o programa SPSS (Statistical Package for Social Sciences), adotando o nível de significância de 5%. Para as variáveis: peso, idade e fase I do teste, os grupos foram estatisticamente semelhantes. Nos cinco grupos estudados, a fase intermediária diferenciou-se das outras duas, enquanto que as fases I e II foram estatisticamente semelhantes. Para a variável fase intermediária foi encontrada uma diferença estatisticamente significante entre os grupos GF, GM e GFM quando comparados com os grupos GC e GN, e para a variável fase II foi encontrada diferença significante entre o grupo GN em comparação a todos os outros grupos. No presente estudo, a metissergida e a fentolamina se mostraram eficazes em inibir o efeito modulador espinhal da dor, sugerindo efeito noradrenérgico e serotoninérgico inibitório da transmissão nociceptiva espinhal, sem haver efeito somatório ou potencializador quando utilizados em associação. Entretanto, estes efeitos não foram observados com naloxona, e assim um efeito opióide modulador espinhal, na interfase do teste não ficou estabelecido. Durante a fase II, a naloxona causou redução da resposta nociceptiva à formalina, corroborando a hipótese de que exerça atividade sobre os receptores -opiáceosPrimary nociceptive afferents are projected from the periphery to the dorsal horn of the spinal cord, where they activate a large number of second-order and spinal projection neurons. There are evidences that the passage of nociceptive information through the posterior horn of the spinal cord towards rostral levels of the central nervous system (CNS) are under profound excitatory and inhibitory influences. This research had as objective to compare the effects of the naloxone, methysergide and phentolamine, administered by intrathecal route, under phases I, II and intermediary of the modified formalin test in rats. Therefore, 35 male Wistar rats between 220 and 300 grams, randomly distributed in five groups (n = 7) to receive saline solution (GS), phentolamine (GF), naloxone (GN), methysergide (GM) or phentolamine associated to methysergide (GFM) were used. The induction of pain was performed with administration of formalin solution in the dorsal region of the posterior right paw. All paw lifting, not related to the march, were taken into account and the count was continuously performed during the 60 minute period. The test was divided into three phases: phase I, intermediary and phase II, whereas phase I comprised the number of elevations during the first five minutes, the intermediary phase from the sixth to the twentieth minute, and phase II, the number of elevations from the twentieth first minute up to the sixtieth minute to the sixtieth minute. The statistical analysis of the results obtained was performed using the program SPSS (Statistical Package for Social Sciences), adopting a 5% significance level. For the variables: Weight, age and phase I of the test, the groups were statistically similar. In the five studied groups, the intermediary phase was different from the other two, while phases I and II were statistically similar. For the intermediary phase variable it was found a statistically significant difference among groups GF, GM, GFM when compared with groups GS and GN, and for the phase II variable it was found significant difference between group GN when compared with groups GC, GF, GM and GFM. In this study, methysergide, a non-selective antagonist of receptors 5-HT and phentolamine, a non-selective adrenoceptor antagonist, were effective in inhibiting the spinal pain modulating effect, suggesting inhibitory noradrenergic and serotonergic effect of spinal nociceptive transmission. However, such effects were not noticed with naloxone, and thus, a modulating spinal opioid effect was not established in the test interphase. During phase II of the formalin test, naloxone causes the decrease of nociceptive response to formalin, suggesting that the k-opiate receptors are involved in naloxone-induced analgesia.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPosso, Irimar de PaulaPires, Oscar César2009-12-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5152/tde-08032010-094321/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:03Zoai:teses.usp.br:tde-08032010-094321Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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