Envelhecimento funcional e capacidade para o trabalho em servidores forenses
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-12072021-181546/ |
Resumo: | Com o gradual envelhecimento das populações de trabalhadores, toma-se ainda mais importante detectar alterações na saúde para evitar o envelhecimento funcional precoce. A auto-avaliação da capacidade para o trabalho, através de instrumento padronizado e validado, é um procedimento complementar aos exames médicos periódicos e admissionais. Informa a perda de capacidade para o trabalho, podendo ser utilizada como subsídio para ações que irão manter e melhorar a saúde dos trabalhadores. O principal objetivo deste estudo foi o de avaliar o Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT) e variáveis associadas. Este estudo foi conduzido em dois momentos, 1997 e 2001, em funcionários do TRF3, em São Paulo, Capital. As principais variáveis demográficas associadas à perda da capacidade de trabalho foram: gênero, faixa etária, tempo de serviço, estado conjugal e hábito de fumar. As doenças e lesões referidas pelos trabalhadores que tiveram diagnóstico médico e que contribuíram para a perda de capacidade para o trabalho foram: ósteo-musculares, infecções repetidas do trato respiratório, sinusite crônica, distúrbio emocional leve, gastrite e ou irritação duodenal e obesidade. As análises ergonômicas do trabalho indicaram que os Analistas e Técnicos Judiciários estavam submetidos principalmente a exigências de caráter cognitivo. Os Auxiliares Judiciários estavam expostos a exigências físicas e cognitivas. Os principais fatores organizacionais e psicossociais referidos pelos participantes do ano de 2001 como responsáveis pelo desgaste no trabalho, foram: dificuldade de relacionamento interpessoal, falta de perspectiva de ascensão profissional, exigências excessivas da quantidade e qualidade do trabalho, uso de premiação de forma injusta e vários fatores relacionados à falta de controle no trabalho, entre outros. Na busca de soluções para a melhoria da qualidade de vida no trabalho devem ser abordados elementos relacionados à organização e fatores psicossociais do trabalho, comumente excluídos do leque de ações em Saúde no Trabalho. As intervenções devem ser precedidas por ampla participação dos funcionários. Isto permitirá alcançar o consenso e comprometimento nas ações necessárias à prevenção da perda precoce da capacidade para o trabalho, permitindo a continuidade do trabalhador na vida ativa e saudável. |
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Envelhecimento funcional e capacidade para o trabalho em servidores forensesFunctional aging and working capacity of forensic workersAgingAvaliação da Capacidade de TrabalhoCondições de TrabalhoEnvelhecimentoErgonomiaErgonomicsQualidade de VidaQuality of LifeWork Capacity EvaluationWorking ConditionsCom o gradual envelhecimento das populações de trabalhadores, toma-se ainda mais importante detectar alterações na saúde para evitar o envelhecimento funcional precoce. A auto-avaliação da capacidade para o trabalho, através de instrumento padronizado e validado, é um procedimento complementar aos exames médicos periódicos e admissionais. Informa a perda de capacidade para o trabalho, podendo ser utilizada como subsídio para ações que irão manter e melhorar a saúde dos trabalhadores. O principal objetivo deste estudo foi o de avaliar o Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT) e variáveis associadas. Este estudo foi conduzido em dois momentos, 1997 e 2001, em funcionários do TRF3, em São Paulo, Capital. As principais variáveis demográficas associadas à perda da capacidade de trabalho foram: gênero, faixa etária, tempo de serviço, estado conjugal e hábito de fumar. As doenças e lesões referidas pelos trabalhadores que tiveram diagnóstico médico e que contribuíram para a perda de capacidade para o trabalho foram: ósteo-musculares, infecções repetidas do trato respiratório, sinusite crônica, distúrbio emocional leve, gastrite e ou irritação duodenal e obesidade. As análises ergonômicas do trabalho indicaram que os Analistas e Técnicos Judiciários estavam submetidos principalmente a exigências de caráter cognitivo. Os Auxiliares Judiciários estavam expostos a exigências físicas e cognitivas. Os principais fatores organizacionais e psicossociais referidos pelos participantes do ano de 2001 como responsáveis pelo desgaste no trabalho, foram: dificuldade de relacionamento interpessoal, falta de perspectiva de ascensão profissional, exigências excessivas da quantidade e qualidade do trabalho, uso de premiação de forma injusta e vários fatores relacionados à falta de controle no trabalho, entre outros. Na busca de soluções para a melhoria da qualidade de vida no trabalho devem ser abordados elementos relacionados à organização e fatores psicossociais do trabalho, comumente excluídos do leque de ações em Saúde no Trabalho. As intervenções devem ser precedidas por ampla participação dos funcionários. Isto permitirá alcançar o consenso e comprometimento nas ações necessárias à prevenção da perda precoce da capacidade para o trabalho, permitindo a continuidade do trabalhador na vida ativa e saudável.The self-evaluation of working ability through a validated and standardized instrument is a complementary procedure to periodical and initial medical exams aiming to maintain and improve workers\' health. While the working population is continuously aging, it becomes more important the early detection of their health changes to prevent them from precocious functional aging. The objective of this study is to evaluate the working ability index (WAI) and associated variables. This study was conducted in two periods, 1997 and 2001, applied to a cross sectional survey of employees working for the TRF3, São Paulo, Brazil. The main demographic variables associated to loss of working ability were: gender, age bracket, time on job, marital status and smoking habit. The diseases and injuries diagnosed by physicians and reported by workers, and led to decrease of WAI were: muscle-skeletal, repeated infections of upper respiratory tract, chronic sinus infection, minor emotional disturbance, gastritis and/or duodenal ulcers and obesity. The ergonomic analysis of the work showed that the forensic clerks were submitted mainly to cognitive demands. Forensic ancillary workers were exposed to physical and cognitive demands. Searching the main organizational and psychosocial factors of work strains, the participants of the research made in 2001 reported the following: difficulties in the interpersonal relationship, lack of perspective in the professional progress, excessive work quality and quantity demands, unfair premiums, and other factors related to lack of work supervision. Aiming to develop solutions to improve quality of life quality at work, elements related to work organization and psychosocial factors are to be included among the actions to be taken. The interventions have to be preceded by an ample participation of workers. A consensus and adherence have to be reached to the required actions to prevent the early loss of working capacity, allowing the worker to continue with his active and healthy life.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFischer, Frida MarinaBellusci, Silvia Meirelles2003-05-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-12072021-181546/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-07-13T00:23:02Zoai:teses.usp.br:tde-12072021-181546Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-07-13T00:23:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Com o gradual envelhecimento das populações de trabalhadores, toma-se ainda mais importante detectar alterações na saúde para evitar o envelhecimento funcional precoce. A auto-avaliação da capacidade para o trabalho, através de instrumento padronizado e validado, é um procedimento complementar aos exames médicos periódicos e admissionais. Informa a perda de capacidade para o trabalho, podendo ser utilizada como subsídio para ações que irão manter e melhorar a saúde dos trabalhadores. O principal objetivo deste estudo foi o de avaliar o Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT) e variáveis associadas. Este estudo foi conduzido em dois momentos, 1997 e 2001, em funcionários do TRF3, em São Paulo, Capital. As principais variáveis demográficas associadas à perda da capacidade de trabalho foram: gênero, faixa etária, tempo de serviço, estado conjugal e hábito de fumar. As doenças e lesões referidas pelos trabalhadores que tiveram diagnóstico médico e que contribuíram para a perda de capacidade para o trabalho foram: ósteo-musculares, infecções repetidas do trato respiratório, sinusite crônica, distúrbio emocional leve, gastrite e ou irritação duodenal e obesidade. As análises ergonômicas do trabalho indicaram que os Analistas e Técnicos Judiciários estavam submetidos principalmente a exigências de caráter cognitivo. Os Auxiliares Judiciários estavam expostos a exigências físicas e cognitivas. Os principais fatores organizacionais e psicossociais referidos pelos participantes do ano de 2001 como responsáveis pelo desgaste no trabalho, foram: dificuldade de relacionamento interpessoal, falta de perspectiva de ascensão profissional, exigências excessivas da quantidade e qualidade do trabalho, uso de premiação de forma injusta e vários fatores relacionados à falta de controle no trabalho, entre outros. Na busca de soluções para a melhoria da qualidade de vida no trabalho devem ser abordados elementos relacionados à organização e fatores psicossociais do trabalho, comumente excluídos do leque de ações em Saúde no Trabalho. As intervenções devem ser precedidas por ampla participação dos funcionários. Isto permitirá alcançar o consenso e comprometimento nas ações necessárias à prevenção da perda precoce da capacidade para o trabalho, permitindo a continuidade do trabalhador na vida ativa e saudável. |
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