Associação entre o índice de massa corporal, composição corporal com a capacidade de caminhar em obesos graves no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santarém, Gabriela Correia de Faria
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-09032020-163826/
Resumo: INTRODUÇÃO: A obesidade em seus diversos graus é um fator que diminuiu a capacidade de deslocamento motor, reduzindo a capacidade funcional. A utilização de índices de composição corporal total e segmentar no pós-operatório da cirurgia bariátrica poderá estimar com mais precisão, que o índice de massa corporal (IMC), a capacidade funcional durante deslocamento motor pelo teste de caminhada de seis minutos (TC6). Pacientes com menor redução da massa livre de gordura percentual (MLG %) no pós-operatório de cirurgia bariátrica apresentam melhor capacidade funcional. OBJETIVO: estudar a relação temporal entre a distância percorrida no TC6 (DTC6) e a redução do IMC, composição corporal total e segmentar no pós-operatório precoce (T1: 6 meses) e tardio (T2: 36 meses) de cirurgia bariátrica. MÉTODOS: A capacidade funcional foi avaliada em 77 pacientes que realizaram tratamento cirúrgico da obesidade por meio da DTC6 e a composição corporal através da bioimpedância elétrica (InBody 230®). Os pacientes foram classificados de acordo com a gravidade da obesidade no pré-operatório (T0): Grupo obeso mórbido (OM: IMC 40 a 49,9 kg/m2; n = 49) e Grupo superobeso (SO: IMC 50 a 59,9 kg/m2; n = 28) e de acordo com o percentual da perda do excesso de peso (%PEP >= 50%) no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica em: Grupo sucesso cirúrgico (GS: >= 50%; n = 35) e Grupo insucesso cirúrgico (GI: < 50%; n = 20). RESULTADOS: Foi encontrada diferença significativa (p < 0,001) na média da DTC6 entre os pacientes no T0/T1 e T0/T2 (T0: 518,6 ± 50,2 m; T1: 541,3 ± 55,6 m; T2: 559,8 ± 51,8 m). Houve aumento significativo (p < 0,05) na média da DTC6 entre T0/T1 e T0/T2 nos pacientes OM e SO, porém sem melhora significativa (p > 0,05) da DTC6 entre o T1/T2. Observou-se aumento significativo (p < 0,05) na média da DTC6 entre T0/T2 nos pacientes GS e GI. Não foi encontrada diferença significativa (p > 0,05) na DTC6 entre os pacientes OM/SO e GS/GI. Em todos os tempos (T0, T1 e T2) e grupos (OM, SO, GS, GI) a DTC6 apresentou correlação positiva forte a moderada (0,6 a 0,8; p < 0,05) com o valor percentual de massa livre de gordura de membros inferiores (MLGMI %) e não com o IMC. CONCLUSÕES: A massa livre de gordura corporal total e segmentar indicam melhor capacidade funcional. O IMC não é o melhor preditor de desempenho funcional no pós-operatório tardio da cirurgia bariátrica. A melhor capacidade funcional está associada a MLGMI %
id USP_94d5a2d8ec6d26bbc291666f2ef7d63b
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-09032020-163826
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Associação entre o índice de massa corporal, composição corporal com a capacidade de caminhar em obesos graves no pós-operatório tardio de cirurgia bariátricaAssociation between body mass index, body composition with walking capacity in severe obesity in the late postoperative period of bariatric surgeryAnthropometryAntropometriaBariatric surgeryBody compositionCaminhadaCirurgia bariátricaComposição corporalExercise testMovementMovimentoObesidade mórbidaObesity morbidTeste de esforçoWalkingINTRODUÇÃO: A obesidade em seus diversos graus é um fator que diminuiu a capacidade de deslocamento motor, reduzindo a capacidade funcional. A utilização de índices de composição corporal total e segmentar no pós-operatório da cirurgia bariátrica poderá estimar com mais precisão, que o índice de massa corporal (IMC), a capacidade funcional durante deslocamento motor pelo teste de caminhada de seis minutos (TC6). Pacientes com menor redução da massa livre de gordura percentual (MLG %) no pós-operatório de cirurgia bariátrica apresentam melhor capacidade funcional. OBJETIVO: estudar a relação temporal entre a distância percorrida no TC6 (DTC6) e a redução do IMC, composição corporal total e segmentar no pós-operatório precoce (T1: 6 meses) e tardio (T2: 36 meses) de cirurgia bariátrica. MÉTODOS: A capacidade funcional foi avaliada em 77 pacientes que realizaram tratamento cirúrgico da obesidade por meio da DTC6 e a composição corporal através da bioimpedância elétrica (InBody 230®). Os pacientes foram classificados de acordo com a gravidade da obesidade no pré-operatório (T0): Grupo obeso mórbido (OM: IMC 40 a 49,9 kg/m2; n = 49) e Grupo superobeso (SO: IMC 50 a 59,9 kg/m2; n = 28) e de acordo com o percentual da perda do excesso de peso (%PEP >= 50%) no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica em: Grupo sucesso cirúrgico (GS: >= 50%; n = 35) e Grupo insucesso cirúrgico (GI: < 50%; n = 20). RESULTADOS: Foi encontrada diferença significativa (p < 0,001) na média da DTC6 entre os pacientes no T0/T1 e T0/T2 (T0: 518,6 ± 50,2 m; T1: 541,3 ± 55,6 m; T2: 559,8 ± 51,8 m). Houve aumento significativo (p < 0,05) na média da DTC6 entre T0/T1 e T0/T2 nos pacientes OM e SO, porém sem melhora significativa (p > 0,05) da DTC6 entre o T1/T2. Observou-se aumento significativo (p < 0,05) na média da DTC6 entre T0/T2 nos pacientes GS e GI. Não foi encontrada diferença significativa (p > 0,05) na DTC6 entre os pacientes OM/SO e GS/GI. Em todos os tempos (T0, T1 e T2) e grupos (OM, SO, GS, GI) a DTC6 apresentou correlação positiva forte a moderada (0,6 a 0,8; p < 0,05) com o valor percentual de massa livre de gordura de membros inferiores (MLGMI %) e não com o IMC. CONCLUSÕES: A massa livre de gordura corporal total e segmentar indicam melhor capacidade funcional. O IMC não é o melhor preditor de desempenho funcional no pós-operatório tardio da cirurgia bariátrica. A melhor capacidade funcional está associada a MLGMI %BACKGROUND: Obesity in various degrees is a factor that decreases motor displacement capacity, reducing functional capacity. The use of total and segmental body composition in the postoperative period of bariatric surgery may more accurately estimate than the body mass index (BMI), functional capacity as assessed by the six-minute walk test (6MWT). Similarly, patients with lower fat-free mass percentage reduction (FFM %) in the postoperative period of bariatric surgery have better functional capacity. OBJECTIVE: To correlate the distance walked during the six-minute walk test (6MWD) with body mass index and total, and segmental body composition according to the obesity severity and success or failure surgical in the early postoperative period (T1: 6 months) and late postoperative period (T2: 36 months) of bariatric surgery. METHODS: Functional capacity was evaluated in 77 patients who underwent surgical treatment of obesity. Functional capacity was assessed with 6MWD and body composition by bioelectrical impedance analysis (InBody 230®). The patients were classified according to the preoperative severity of bariatric surgery (T0): Morbidly obese group (MO: BMI 40 to 49.9 kg/m2; n = 49) and super obese group (SO: BMI 50 to 59.9 kg/m2; n = 28) and according to the percentage of excess of loss weight (%PEP >= 50%) in the late postoperative period of bariatric surgery, patients were divided: surgical success group (SG: >= 50%; n = 35) and surgical failure group (FG: < 50%; n = 20). RESULTS: A significant difference (p < 0.001) was found in the 6MWD mean between patients T0/T1 and T0/T2 (T0: 518.6 ± 50.2 m; T1: 541.3 ± 55.6 m; T2: 559.8 ± 51.8 m). There was a significant increase (p < 0.05) in the average of the 6MWD between T0/T1 and T0/T2 in patients MO and SO, with no significant (p > 0.05) in the 6MWD between T1/T2. There was a significant increase (p < 0.05) in the average of the 6MWD between T0/T2 in patients SG and FG. No significant difference (p > 0.05) was found in the 6MWD between patients MO/SO and SG/FG. At all times (T0, T1 and T2) and groups (MO, SO, SG, FG), the 6MWD showed a strong to moderate positive correlation (0.6 to 0.8; p < 0.05) with the percentage of FFM of lower limbs (FFMLL %) but not with BMI. CONCLUSION: Total and segmental body fat free mass indicate better functional capacity. BMI is not the best predictor of postoperative functional capacity of bariatric surgery. The best functional capacity is pointed out by FFMLL %Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCleva, Roberto deSantarém, Gabriela Correia de Faria2019-12-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-09032020-163826/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-03-09T22:49:02Zoai:teses.usp.br:tde-09032020-163826Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-03-09T22:49:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Associação entre o índice de massa corporal, composição corporal com a capacidade de caminhar em obesos graves no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica
Association between body mass index, body composition with walking capacity in severe obesity in the late postoperative period of bariatric surgery
title Associação entre o índice de massa corporal, composição corporal com a capacidade de caminhar em obesos graves no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica
spellingShingle Associação entre o índice de massa corporal, composição corporal com a capacidade de caminhar em obesos graves no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica
Santarém, Gabriela Correia de Faria
Anthropometry
Antropometria
Bariatric surgery
Body composition
Caminhada
Cirurgia bariátrica
Composição corporal
Exercise test
Movement
Movimento
Obesidade mórbida
Obesity morbid
Teste de esforço
Walking
title_short Associação entre o índice de massa corporal, composição corporal com a capacidade de caminhar em obesos graves no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica
title_full Associação entre o índice de massa corporal, composição corporal com a capacidade de caminhar em obesos graves no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica
title_fullStr Associação entre o índice de massa corporal, composição corporal com a capacidade de caminhar em obesos graves no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica
title_full_unstemmed Associação entre o índice de massa corporal, composição corporal com a capacidade de caminhar em obesos graves no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica
title_sort Associação entre o índice de massa corporal, composição corporal com a capacidade de caminhar em obesos graves no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica
author Santarém, Gabriela Correia de Faria
author_facet Santarém, Gabriela Correia de Faria
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Cleva, Roberto de
dc.contributor.author.fl_str_mv Santarém, Gabriela Correia de Faria
dc.subject.por.fl_str_mv Anthropometry
Antropometria
Bariatric surgery
Body composition
Caminhada
Cirurgia bariátrica
Composição corporal
Exercise test
Movement
Movimento
Obesidade mórbida
Obesity morbid
Teste de esforço
Walking
topic Anthropometry
Antropometria
Bariatric surgery
Body composition
Caminhada
Cirurgia bariátrica
Composição corporal
Exercise test
Movement
Movimento
Obesidade mórbida
Obesity morbid
Teste de esforço
Walking
description INTRODUÇÃO: A obesidade em seus diversos graus é um fator que diminuiu a capacidade de deslocamento motor, reduzindo a capacidade funcional. A utilização de índices de composição corporal total e segmentar no pós-operatório da cirurgia bariátrica poderá estimar com mais precisão, que o índice de massa corporal (IMC), a capacidade funcional durante deslocamento motor pelo teste de caminhada de seis minutos (TC6). Pacientes com menor redução da massa livre de gordura percentual (MLG %) no pós-operatório de cirurgia bariátrica apresentam melhor capacidade funcional. OBJETIVO: estudar a relação temporal entre a distância percorrida no TC6 (DTC6) e a redução do IMC, composição corporal total e segmentar no pós-operatório precoce (T1: 6 meses) e tardio (T2: 36 meses) de cirurgia bariátrica. MÉTODOS: A capacidade funcional foi avaliada em 77 pacientes que realizaram tratamento cirúrgico da obesidade por meio da DTC6 e a composição corporal através da bioimpedância elétrica (InBody 230®). Os pacientes foram classificados de acordo com a gravidade da obesidade no pré-operatório (T0): Grupo obeso mórbido (OM: IMC 40 a 49,9 kg/m2; n = 49) e Grupo superobeso (SO: IMC 50 a 59,9 kg/m2; n = 28) e de acordo com o percentual da perda do excesso de peso (%PEP >= 50%) no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica em: Grupo sucesso cirúrgico (GS: >= 50%; n = 35) e Grupo insucesso cirúrgico (GI: < 50%; n = 20). RESULTADOS: Foi encontrada diferença significativa (p < 0,001) na média da DTC6 entre os pacientes no T0/T1 e T0/T2 (T0: 518,6 ± 50,2 m; T1: 541,3 ± 55,6 m; T2: 559,8 ± 51,8 m). Houve aumento significativo (p < 0,05) na média da DTC6 entre T0/T1 e T0/T2 nos pacientes OM e SO, porém sem melhora significativa (p > 0,05) da DTC6 entre o T1/T2. Observou-se aumento significativo (p < 0,05) na média da DTC6 entre T0/T2 nos pacientes GS e GI. Não foi encontrada diferença significativa (p > 0,05) na DTC6 entre os pacientes OM/SO e GS/GI. Em todos os tempos (T0, T1 e T2) e grupos (OM, SO, GS, GI) a DTC6 apresentou correlação positiva forte a moderada (0,6 a 0,8; p < 0,05) com o valor percentual de massa livre de gordura de membros inferiores (MLGMI %) e não com o IMC. CONCLUSÕES: A massa livre de gordura corporal total e segmentar indicam melhor capacidade funcional. O IMC não é o melhor preditor de desempenho funcional no pós-operatório tardio da cirurgia bariátrica. A melhor capacidade funcional está associada a MLGMI %
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-12-04
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-09032020-163826/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-09032020-163826/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1809090542074593280