Campesinato, luta de classe e reforma agrária: a Lei de revisão agrária em São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-09022024-153717/ |
Resumo: | Este trabalho aborda os assentamentos implantados a partir da Lei de Revisão Agrária no estado de São Paulo, promulgada pelo Governador Carvalho Pinto em 1960. Através desta lei houve a desapropriação de cinco áreas, nos municípios de Marília, Jaú, Campinas, Itapeva e Meridiano. O desvendamento da proposição de uma reforma agrária, naquele período histórico, revelou que os conflitos sociais grassam no campo há mais de meio século. Tais conflitos são conflitos de classe, de uma sociedade que é eminentemente contraditória. O campesinato luta por sua reprodução na própria terra e essa luta tem uma especificidade, justamente pela característica desta classe, assentada em uma forma econômica singular que, por sua vez, ancora-se em sua ordem moral. A reforma agrária, que é buscada através da luta camponesa por sua reprodução, cria marcas no território. Territorializa-se e transforma a experiência das famílias que a vivenciam. Desta forma, o campesinato, ao ser assentado, transforma frações do território tornando-as unidades territoriais específicas: os sítios camponeses. A pesquisa realizada nas cinco áreas de assentamento da Lei de Revisão Agrária revelou que essa vivência - quando a família se reproduz na terra - é traduzida de uma maneira extremamente positiva pelo campesinato, indicando a reforma agrária como fruto da luta de classes e, ao mesmo tempo, como um imperativo da justiça social. |
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Campesinato, luta de classe e reforma agrária: a Lei de revisão agrária em São PauloPeasants, Class Struggle and Agrarian Reform: the Agrarian Revision Law in São PauloAgrarian ReformAgrarian Revision Law and SettlementCampesinatoClass StruggleLei de Revisão Agrária e AssentamentoLuta de ClassePeasantsReforma AgráriaEste trabalho aborda os assentamentos implantados a partir da Lei de Revisão Agrária no estado de São Paulo, promulgada pelo Governador Carvalho Pinto em 1960. Através desta lei houve a desapropriação de cinco áreas, nos municípios de Marília, Jaú, Campinas, Itapeva e Meridiano. O desvendamento da proposição de uma reforma agrária, naquele período histórico, revelou que os conflitos sociais grassam no campo há mais de meio século. Tais conflitos são conflitos de classe, de uma sociedade que é eminentemente contraditória. O campesinato luta por sua reprodução na própria terra e essa luta tem uma especificidade, justamente pela característica desta classe, assentada em uma forma econômica singular que, por sua vez, ancora-se em sua ordem moral. A reforma agrária, que é buscada através da luta camponesa por sua reprodução, cria marcas no território. Territorializa-se e transforma a experiência das famílias que a vivenciam. Desta forma, o campesinato, ao ser assentado, transforma frações do território tornando-as unidades territoriais específicas: os sítios camponeses. A pesquisa realizada nas cinco áreas de assentamento da Lei de Revisão Agrária revelou que essa vivência - quando a família se reproduz na terra - é traduzida de uma maneira extremamente positiva pelo campesinato, indicando a reforma agrária como fruto da luta de classes e, ao mesmo tempo, como um imperativo da justiça social.This work approaches the settlements made from \"Agrarian Revision Law\" on the São Paulo estate, promulgated by the governor Carvalho Pinto in 1960. Through that law there were dispossess of five areas, in the municipal districts of Marília, Jaú, Campinas, Itapeva e Meridiano. The uncover of the proposition of an agrarian reform, in that historical period, unveil that the social conflicts prevail in country half century long ago. Such conflicts are class struggle, from a society that is highly contradictory. The peasants fight for the reproduction on your own lar1d and that battle has a specifying, precisely by the characteristic of this class, settled in a singular economic form, which by its turn, is hooked in its moral order. The agrarian reform, which is pursued by means of peasants struggle for your reproduction, creates marks on the territory. Territorializes and transforms the experience from the families that existences it. From this manner, the peasants, by the means of your settlement, transform fractions of the territory making it specifics territorial unities: the peasant ranches. The research realízed on the five areas of settlement from \"Agrarian Revision Law\" revealed that this existence- when the family multiplies on land - is traduced in a manner extremely positive by the peasants, indicating the agrarian reform as a consequence of class struggle and, at same time, as a social justice peremptory.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPOliveira, Ariovaldo Umbelino deBombardi, Larissa Mies2006-01-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-09022024-153717/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-02-09T17:52:03Zoai:teses.usp.br:tde-09022024-153717Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-02-09T17:52:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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